I
A “última manhã” (Lagos,Mercado)

Burgau, uma familiar tarde de Tic-Tac e a I. a iniciar-se na apeneia com um tiro “fatal”(a descoberta de um novo "sabor", o de predador)

II
No “Público” passei os olhos pela notícia que, nas primeiras páginas, se referiu ao presumido (e real) impacto das restrições, retenções e cortes financeiros dos fundos do OGE destinados ao Ensino Superior Público. As preocupações são grandes para os Politécnicos, que já as expressaram de uma forma clara, e para as Universidades, as do regime tradicional e as que evoluíram para Fundação, com apreciações mais discretas.
As questões da racionalização do trabalho (que inclui também a revisão da oferta formativa e a concentração de recursos) e do despedimento de docentes (por falta de orçamento) reforçam o seu peso na agenda da gestão das Universidades. Estas instituições há muito tempo que tinham a obrigação de saber que isso seria inevitável e deviam ter preparado e colocado em marcha um plano radical (por isso sensato) que permitisse matizar o impacto das mudanças que agora, por imposição externa, vão ter de fazer. Nem todas fizeram o trabalho de casa com a inclusão deste cenário que já era previsível pelo menos há dois anos atrás. É provável que agora reajam ( se adaptem) com a proverbial inconsistência e temor com que foram lideradas no passado.
O assunto é relevante, merece mais informação (do governo mas também das instituições) e a ele voltaremos mais adiante. Mas uma coisa é absolutamente segura: o futuro será mais do mesmo, pelo que as instituições devem empenhar-se seriamente em encontrar soluções de organização e financiamento consistentes. Para o efeito devem ser pró-activas no redesenho da rede nacional do Ensino Superior Público, por exemplo escolhendo os melhores parceiros para futuras alianças. Independentemente da solução de escala (individualizada ou associada/integrada a outras instituições), é fundamental alterar o escopo (esfera de acção) para superar a excessiva dependência do financiamento do Estado. É de facto indispensável um aumento expressivo da quota das receitas próprias no bolo geral. Para uma parte expressiva das Universidades , tal objectivo (que deve ser colocado numa fasquia “ideal” de 55%) é quase impossível de ser alcançado no “mercado interno”.
III
Tem corrido em Luanda, há vários dias...

HAF