Editorial

Um amigo muito estimado tem uma “FlorBela” , a poetisa, sentada à janela do mundo. A peça é de Pedro Fazenda e hoje permite à poetisa, a partir da Quinta de Santa Rita, um olhar eterno sobre o lado este da cidade de Évora. Todavia ela nem sempre esteve ali. Conheci-a na cidade, no Pátio de S. Miguel , quase debruçada sobre o velho Colégio Espírito Santo (actual “centro” da Universidade de Évora) e com um horizonte que dos “coutos “ orientais da cidade se prolongava, nos dias verdadeiramente transparentes , até Évora-Monte . Mas as coisas da vida são como se fazem. Depois de um par de anos vendo o mundo a partir da cidade , e de mais alguns por outras andanças e paragens, Florbela sentou-se definitivamente para observar a cidade. E lá a encontrará nos anos vindouros quem a souber procurar. À janela, de onde a poetisa gostava de apreciar se não o Mundo, pelo menos o Mar (“Da Minha Janela”, 1923).

À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.

DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.

Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.

A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.

Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.

Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)

terça-feira, julho 31

11592º Dia

Dia 31 de Julho de 2012
I
Tutorias de teses
REDE ESTER
Leitura de Teses
II
O Comunicado do CRUP sobre o Orçamento 2013
A um momento é preciso resistir, dizer não...

Depois....mudar.
HAF

11591º Dia

Dia 30 de Julho de 2012
Reunião com RJL
Despacho CC ECS e NICPRI.UÉ .Mais sinais de desinstitucionalização das práticas académicas: será a Lusófona uma referência ??????.
Leitura de Teses
HAF

11590º Dia

Dia 29 de Julho de 2012
I
Dia «cinzento» ..... com leituras entrecortadas de variedades.
II
Gosto muito dos trabalhos de Joana Vasconcelos. A artista plástica montou uma Exposição em Versailles a convite do curadoria do Palácio. Tudo perfeito, depois de respondido um par de questões: quanto custou? Qual o contributo do Estado ( e o dos mecenas ) para esta instalação? Quais as virtudes, para além do reforço do prestígio internacional da artista, que justificam tal dispêndio público, num momento em que o «Governo insiste em cobrar mais aos funcionários públicos» (Expresso, de ontem)?
HAF

sábado, julho 28

11589º Dia

Dia 28 de Julho de 2012
I
Dia de Stº SCP ou a, nos últimos dois anos, visita anual a Alvalade, também para ver o estado da cadeira LV24-33-3. Desta vez, um novo hino (do ano) a abrir um treino interessante (3-1).
II
Os nossos jornais desportivos passaram ao lado dos Jogos Olímpicos que ontem tiveram uma extraordinária sessão de abertura. Registo aqui uma invulgaridade que diminui a imprensa desportiva escrita em Portugal.
III
Parece que, por motivos ambientais, o povo na China volta a querer abrir a pestana. Li que o grande líder, usando argumentos sólidos (que não se limitou ao bastão policial), voltou a cegar a populaça levantada. Por improvável que possa parecer um dos grandes redutos de «colonialismo interno» pode vir a tremer forte nos tempos que se aproximam...
HAF

11588º Dia

Dia 27 de Julho de 2012
I
Despacho do CC ECS UÉ
Leitura de Teses.
Candidaturas e seus procedimentos: Que critérios terão sido usados por cada um dos Reitores para a indicação, no CRUP, dos assessores académicos para o Projecto LIFAU (Timor) ? A “coisa” não é transparente e permite especular – como já ouvi muitas vozes – sobre a atribuição de algumas sinecuras a amigos . Eu li de forma positiva a «mensagem» que comunicou os resultados. Outros não o fizeram e, pedidos esclarecimentos, tiveram respostas opacas. Veremos o andamento …e o que nos chega de Timor.
II
Abertura dos XXXº Jogos Olímpicos da Era Moderna.
Um surpreendente espetáculo centrado no «individualismo» britânico.
III
“Não há goleadas nos treinos” (José Mourinho)
III
Peter Godwin: Quando um crocodilo come o sol. Memórias do Zimbabué ou a Implusão de uma nação, Lisboa, Bizâncio, 2008
HAF

11587º Dia

Dia 26 de Julho de 2012
I
10.00-11,30: Reunião de «vagas».
ESTER Seminar: visão geral dos projectos e papers
Leitura de Teses
II
Moçambique: a maldição da abundância?
“Um autoritarismo insidioso, disfarçado de empreendedorismo e de aversão à política, germina na sociedade como erva daninha” [Boaventura Sousa Santos] . O texto está publicado na Visão, de hoje. Nela interessam textos como este. Mas se quiser pode ler ainda história de "Como Miguel se tornou Relvas", com o picante de um telemóvel que viveu à pala autárquica e as bases da conexão angolana do Sr. Relvas.
III
Peter Godwin: Quando um crocodilo come o sol. Memórias do Zimbabué ou a Implusão de uma nação, Lisboa, Bizâncio, 2008
HAF

11586º Dia

Dia 25 de Julho de 2012
ESTER Seminar: visão geral dos projectos e papers
Discussão de Tese de Mestrado orientada ( MRRC: A União Europeia e a SADC: Cooperação e Educação. O Caso de Angola, MRIEE, UÉ”). Os quase mínimos
II
A Carta ao FMI
Carta de resignação de Peter Doyle, economista sénior do Fundo Monetário Internacional (18-07-2012). Use bem o seu tempo. Leia a carta.

HAF

11585º Dia

Dia 24 de Julho de 2012
I
Teses. Leituras forçadas, algumas parecem infindáveis
II
O jornal Expresso começou a distribuir, em folhetim semanal, «o melhor da nossa história». As capas são espantosas. Presumo que ao abrir cada um dos volumes soe a republicana « A Portuguesa». Presumo ainda que o que ficar de fora deve considerar-se o pior ou o assim assim da nossa história. Nem mais.
HAF

11584º Dia

Dia 23 de Julho de 2012
A partir de Burgau…..«vai estudar Relvas» , o não-Dr ou o «doutor creditino»

domingo, julho 22

11583º Dia

Dia 22 de Julho de 2012
I
Burgau. Leitura de teses. Reconhecimento de candidaturas….
II
Grupo Vai Estudar Relvas
O português que empunhou um cartaz «Vai Estudar Relvas» no Tour serviu de inspiração para a criação de uma nova página no Facebook, «Vai Estudar Relvas», «um grupo que serve para homenagear esse soldado desconhecido».
Está tudo narrado no Diário Digital [http://diariodigital.sapo.pt/news] de hoje, m notícia ilustrada com este magnífico cartoon.

HAF

11582 º Dia

Dia 21 de Julho de 2012
Burgau. Leitura de teses. Reconhecimento de candidaturas...em busca de um lugar um pouco mais ao sol.
HAF

11581º Dia

Dia 20 de Julho de 2012
I
Despacho do CC ECS.UÉ
Despacho do NICPRI.UÉ
II
Peter Godwin: Quando um crocodilo come o sol. Memórias do Zimbabué ou a Implusão de uma nação, Lisboa, Bizâncio, 2008
e
Maria da Conceição Neto: In Town and Out of Town. A Social History of Huambo (Angola) 1902-1961, SOAS-UL,2012
HAF

11580º Dia

Dia 20 de Julho de 2012
I
Despacho do CC ECS.
Leitura de teses e CVs. É , de facto, extraordinária a fome de «vagas» nesta casa.
II
JHS (1919-2012), um historiador «inventivo» e um exímio comunicador. Popularizado como o «Senhor História», com uma meta-narrativa nacional-tradicional que, na sua versão televisiva, tendia a começar assim: “ Foi aqui...”. A televisão fez dele um grande divulgador de uma História cis-portuguesa (adaptação a partir de Armitage), uma espécie de narrativa histórica de “lugares” concretos com localizações específicas dentro do mundo português.
Foi jurista e professor (liceu e ICSPU-UTL) , político activo na década final do Estado Novo ( deputado da NA e procurador-corporativo, Ministro da Educação Nacional, embaixador), editor de uma História de Portugal, em 6 Vols (ed. Alfa, 1985-86, com várias edições), e, como autor, a sua obra mais popular foi a História Concisa de Portugal (1978), com numerosíssimas edições e traduções, e algumas recensões muito críticas. Cruzamo-nos um par de vezes. No plano “historiográfico”, desempenhou um papel secundário.
HAF

11579º Dia

Dia 19 de Julho de 2012
I
Um texto a «Pensa(r) o Desporto na Era Global» (para apresentação das Actas da 40ª Conferência Anual Associação Internacional para a Filosofia do Desporto ( FEDEUP e NICPRI.UÉ, Setembro 2012)
Leitura de teses
II
As novas deduções no IRS.
As famílias portuguesas poderão deduzir no IRS até 250 euros de IVA pago a partir de 2013 . Segundo cálculos que leio por aí, para ter tal dedução, a despesa terá de ser superior a 26 mil euros em reparação automóvel, alojamento, em restauração e cabeleireiros, isto é, 2228 euros por mês.; para deduzir metade, aquelas despesas rondarão em 1100 euros/mês. Como só raramente vou ao mecânico e ao cabeleireiro, e só ocasionalmente ao restaurante… vou focalizar-me no consumo do café. Tomarei 61,1 bicas com recibo por dia. Assim participo da solução “genial” que visa combater a evasão fiscal e contribuir para a equidade fiscal. Não estou empolgado mas, com tanto «delta», seguramente passarei a estar. É o que dá viver num país de talentosos alvitreiros e pantomineiros.
III
Maria da Conceição Neto: In Town and Out of Town. A Social History of Huambo (Angola) 1902-1961, Thesis submitted for the degree of PhD in History_Department of History, School of Oriental and African Studies, University of London, June 2012
HAF

quarta-feira, julho 18

11578º Dia

Dia 18 de Julho de 2012
I
Leitura de Tese
II
Mandela Day
O dia do aniversário de “fundador” da Nação Arco-Íris é, desde 2010, celebrado como «Nelson Mandela Day» (Declaração da ONU de 2009).
Um bom dia para começar a ler:
Charlene Smith: Mandela: In Celebration of a Great Life, Random House Struik, June 2012
« Hope is the parent of change, and greatness can only occur when that which we believe to be impossible is challenged. Nelson Mandela and those who fought injustice in South Africa lived Abraham Lincoln’s words: “The probability that we may fail in the struggle ought not to deter us from the support of a cause we believe to be great.”» (excerto)
III
A Suiça Africana: O que o Zimbabué chegou a ser (ainda é?) em África e na África Austral.
Das memórias de Peter Godwin [Quando um crocodilo come o sol. Memórias do Zimbabué ou a Implusão de uma nação, Lisboa, Bizâncio, 2008], um zimbabueano branco residente nos EUA, transcrevo um trecho das impressões que registou na sua visita em março de 1997:
«(…). O que eu vejo, porém, são escolas que funcionam: canetas e papel e um ensino quase universal responsável pela população com o maior índice de literacia de África. Ela compara ao Primeiro Mundo, onde os privilégios são tratados como direitos. Eu comparo à África apocalítica que pulsa à nossa volta, onde os direitos são apenas para os privilegiados. Depois de fazer reportagens de guerra em Moçambique, Angola, Uganda, Somália e Sudão, o Zimbabué faz-me sentir como se estivesse na Suiça.» (p.42)
HAF

11577º Dia

Dia 17 de Julho de 2012
I
Teses em Leitura
Reunião com estudantes do MEHE
Reunião Balanço (PEG) dos trabalhos de investigação e «distribuição» de compromissos para Setembro a Novembro p.f.: HEPS-NET meeting; MOSAIC Conference; ESTER Seminar; Colóquio Cidades através da História; Congresso da APHES)
II
Peter Godwin: Quando um crocodilo come o sol. Memórias do Zimbabué ou a Implusão de uma nação (cont.)
HAF

11576 º Dia

Dia 16 de Julho de 2012
I
Teses em leitura
II
Uma «seismic shift»: a partir de 2014, o acesso aberto e livre à investigação académica no UK
«Universities and science minister David Willetts has unveiled a new government initiative to make publicly funded research freely available online in open standard formats, the Guardian has reported . (….)» (Royal Statistical Soceiety News, 2012)
« (…) The present academic publishing system obstructs the free communication of research findings. By erecting paywalls, commercial publishers prevent scientists from downloading research papers unless they pay substantial fees. Libraries similarly pay huge amounts (up to £1m or more per annum) to give their readers access to online journals.
There is general agreement that free and open access to scientific knowledge is desirable. The way this might be achieved has come to the fore in recent debates about the future of scientific and scholarly journals.
The announcement by the UK government's universities and science minister, David Willetts [ http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2012/may/01/open-free-access-academic-research] of free access to all publicly funded research findings, Jimmy Wales's appointment as a government adviser and Dame Janet Finch's working group set up to advise on open access, all reflect the importance of this issue. Nevertheless, we have a real concern that the process of opening up academic publication may exclude some key interests as a result of the methods used to achieve it. (...)»
[in The Guardian, by John Bynner , emeritus professor of social sciences in education, Institute of Education, University of London. Harvey Goldstein is professor of social statistics, University of Bristol, cf. 13-07-2012]
III
Angola, Planalto Central. « A vila do Bailundo, sede do município com o mesmo nome, ascendeu à categoria de vila a 16 de Julho de 1902, através do decreto-lei nº 54 do Boletim Oficial nº1. Foi fundada pelo português Teixeira da Silva.»
Na era da «ocupação militar» de Angola por parte de Portugal, viveu-se então a «Guerra do Bailundo» (1902-1904), com a qual se concluiu a conquista portuguesa do planalto central.
Há uma “narrativa imperial “ deste episódio da ocupação:
Francisco Cabral Moncada: A Campanha do Bailundo em 1902 , Luanda, 1903
Aguiam, Balthasar d' (ed.):A revolta do Bailundo e os Conselhos de Guerra de Benguella, Lisboa, 1903
Teixeira Moutinho: Em Legítima Defesa. Resposta ao Livro (1ª edição) do Exmo. Snr. Conselheiro Cabral Moncada Intitulado A Campanha do Bailundo, Lisboa, 1904
Bello de Almeida: Operações Militares de 1904 na Região do Bimbe (Bailundo), Lisboa, 1944
Azevedo, António de: A Guerra do Bailundo. Porto, 1955.
Lavradio, Marquês do:A Campanha do Bailundo, Lisboa, 1935.
Mas o tema tem também uma narrativa histórica («estudos históricos») em que foram pioneiros os trabalhos de René Pelissier. Mas o que quero aqui destacar o contributo da moderna Historiografia angolana. Mais do que o estudo «nacionalista» de Elias Sanjukila [Reino do Bailundo (sua História na Resistência Tenaz contra o Colonialismo Português), Huambo, 1997] destaco (e aproveito para aqui referenciar) pela consistência académica, a recente tese de doutoramento de Maria da Conceição Neto: In Town and Out of Town. A Social History of Huambo (Angola) 1902-1961, Thesis submitted for the degree of PhD in History, Department of History, School of Oriental and African Studies, University of London, 2012.
A data acima evocada foi celebrada na vila, com diversos actos políticos e culturais, com a presenta de um amplo grupo de excursionistas de Luanda [cf. http://www.opais.net/pt/revista/]
HAF

11575 º Dia

Dia 15 de Julho de 2012
I
Dia Branco
Carlos Barbosa, a entrevista mostra um elefante inútil.
II
A pergunta a que a semana finda não deu resposta: quem são os outros 88 não-Drs (a expressão é de MEC) que se licenciaram na Lusófona com base num esquema similar ao do Sr. Relvas?
III
Peter Godwin: Quando um crocodilo come o sol. Memórias do Zimbabué ou a Implusão de uma nação, Lisboa, Bizâncio, 2008 (ed. orig. 2006)
HAF

sábado, julho 14

11574º Dia

Dia 14 de Julho de 2012
Dia Branco (finalmente)…no local onde a Família Real apanhou a barcaça, o mais depressa que pode, abandonando esta «choldra» queiroziana.
Na revisão dos Jornais (Expresso, Público, I, e desportivos (menos Bola): enquanto são mais fortes os sinais de que somos goverdados por baratas (claramente tontas), o SCP reforça-se enquanto emagrece o orçamento (um bom exemplo para outras instituições não desportivas).
HAF

11568º-11573º Dia

Dia 08 a 13 de Julho de 2012
I
e ainda...
Arguição 1 (11 de Julho)
Ana Paula Montes Leal: O Arquivo da Casa Ferreira (1751-1896), Universidade de Évora, 2011 (Tese de Mestrado). Médio Mais
Arguição 2 (13 de Julho):
Ema Pires: Paraísos desfocados: Nostalgia Empacotada e Conexões Coloniais em Malaca, ISCTE, 2012 (PhD T.). Excelente.
Júri Concurso P.A. (ISCTE)
Seminário ESTER NETWORK: seleção de candidatos.
Despachos...miscelânea.
II
OOSTINDIE Gert: Postocolonial Netherlands. Sixty-five years of forgeting, commemorating, silencing, Amsterdam University Press, 2010
HAF

11567º Dia

Dia 07 de Julho de 2012
Leituras várias
Às voltas com a História das «Couloured Communities»
GREEN J.P. and P.MORGAN:Atlantic History.A Critical Appraisal , Oxford UP, 2009
ADHIKARI Mohamed: “From Narratives of Miscegenation to Post-Modernist Re-Imagining: Toward a Historiography of Coloured Identity in South Africa”, African Historical Review, 2008, 40:1, 77-100
E com teses….
Ana Paula Montes Leal: O Arquivo da Casa Ferreira (1751-1896), Universidade de Évora, 2011 (Tese de Mestrado).
Ema Pires: Paraísos desfocados: Nostalgia Empacotada e Conexões Coloniais em Malaca, ISCTE, 2012 (PhD T.)
HAf

11566º Dia

Dia 06 de Julho de 2012
Leituras para discussão
Ema Pires: Paraísos desfocados: Nostalgia Empacotada e Conexões Colonais em Malaca, ISCTE, 2012 (PhD T.)
Ana Paula Montes Leal: O Arquivo da Casa Ferreira (1751-1896), Universidade de Évora, 2011 (Tese de M. )
HAF

quinta-feira, julho 5

11565º Dia

Dia 05 de Julho de 2012
I
Parecer externo (UNL)
Ema Pires: Paraísos desfocados: Nostalgia Empacotada e Conexões Colonais em Malaca, ISCTE
II
E hoje é o «Independence Day» para a Argélia . Foi há 50 anos
O País celebrará o cinquentenário durante um ano.
Em Paris, capital da antiga potência colonial pode ver-se:
Exposition sur l’Algérie en guerre. “Une exposition de photographies [de três grandes fotógrafos: Kryn Taconis, Nicolas Tikhomiroff e Marc Riboux] , réalisées entre 1957 et 1962, reflétant le quotidien des algériens en temps de guerre” (aberta ao público até 8 de setembro na Magnum Gallery)

III
No País da Batota ou o País das Maravilhas para os «relvas»
São um quase-desperdício as palavras gastas com o Sr. Relvas e a U. Lusófona: chico-espertismo, batota e bandoleirismo (actuação em «bando») compulsivo, são a «cultura partilhada». Uma cultura - que explica a incompetência - há muito instalada entre a nossa elite política. O Eng. Belmiro já notou isso há umas semanas atrás. Quantos membros da elite política do «grande centrão» estão em igual circunstâncias e são titulares de turbo-licenciaturas de “universidade” privadas obtidas em condições similares às proporcionadas ao extraordinário Sr. Relvas? “Paletes deles”, diria o HJ. Em tempos escrevi aqui sobre a tragédia da «nova era política» marcada pela chegada dos diplomados das privadas ao governo do país. Na altura poderia ver-se aí alguma radicalidade de opinião que, obviamente, não tem.
Afinal um empreendedorismo baseado num código bandoleiro(veja-se o caso dos enfermeiros), é um,a alternativa a quê?
HAF

11564º Dia

Dia 04 de Julho de 2012
Pareceres sobre adequação de CVs para Séniores
Almoço IIFA. no comment
II
O “[EUA]Independence Day” é também hoje o “God particle Day”
HAF

terça-feira, julho 3

11563º Dia

Dia 03 de Julho de 2012
Apreciação de CVs (concursos)
Correspondência Académica
Candidatura Projeto LIFAU
Abertura de vagas…. Finalmente um passo.
Ema Pires:Paraísos desfocados: Nostalgia Empacotada e Conexões Colonais em Malaca, ISCTE
HAF

11562º Dia

Dia 02 de Julho de 2012
Diário Popular, edição aérea, 1957
Pareces académicos.
Ema Pires: Paraísos desfocados: Nostalgia Empacotada e Conexões Colonais em Malaca, ISCTE
II
A Equipe de Arbitragem e a Final do Euro
No sábado vimos um ministro ( o «Relvas», claro) no Aeroporto à espera da seleção portuguesa de futebol. Ontem, foi um secretário de estado receber as atletas medalhadas no Europeu de Atletismo. Hoje faltou alguém do governo à chegada da equipe de arbitragem dirigida pelo sr. Proença : presumo que o governante escalado (adjunto de um secretário de estado?) tenha perdido o táxi. Só pode !
HAF

domingo, julho 1

11561º Dia

Dia 01 de Julho de 2012
I
Dia branco
II
Terminou ontem “ o estatuto de refugiado para os angolanos que deixaram o país durante a guerra e se encontram nos países vizinhos. Em autocarros e camiões, foram repatriados milhares de cidadãos angolanos que viviam na República Democrática do Congo, no Congo Brasaville, no Botswana e na Zâmbia.” Concluído o programa de repatriamento organizado, “é possível fazer um balanço definitivo: mais de 600 mil angolanos regressaram para as suas áreas de origem em Angola. Os que não puderam regressar, deixam de ser considerados refugiados, segundo o estatuto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).” (Jornal de Angola, de 30 de Junho)

Em 2011, Anelise Zanoni escreveu sobre o tema “… O refugiado é uma pessoa que deixa seu país for falta de proteção da sua e vida e busca desesperadamente um país que o acolhe e lhe proporciona protecção. Em Angola havia muitos deslocados internos no próprio país, não usufruindo da proteção internacional como os demais refugiados, e, sim, passando por sofrimentos muito piores, tais como fome, insegurança, ataques, mortes e todo tipo de violência e insegurança, usados principalmente para soldados na guerra civil.
O leste do país, por exemplo, foi a região mais afetada pela guerra, e as pessoas fugiram para os países vizinhos ou então quem conseguia passar pelas minas e tantos outros obstáculos veio para a capital, Luanda, que cresceu muito e de forma irregular.
No tempo da guerra civil cerca de 800 mil angolanos se refugiavam em outros países. Sem falar naqueles que fugiram de qualquer maneira e sem registros. De 2003 até 2007 haviam regressado 409.450 refugiados. Agora, em 2011, esta previsto o retorno de mais angolanos na condição de refugiado, sendo 111.589 da República Democrática do Congo, 2.653 deo Congo, 5.904 da Namíbia, 506 de Botswana, 16.267 da Zâmbia o que toliza um número de 137.919 para pessoas retornarem para seu país, Angola. Existem ainda muitos angolanos refugiados na Europa e nas Américas. Por exemplo, no Brasil existem 1.688 angolanos na condição de refugiado.» (Cf. «A Vida dos Refugiados em Angola», Revista do Instituto Humanitas Unisinos, nº 362, 23-05-2011)
Estimam-se em 1,7 milhões os refugiados de 38 anos de guerra em Angola.
III
SCP: 106 Anos.

HAF