Editorial

Um amigo muito estimado tem uma “FlorBela” , a poetisa, sentada à janela do mundo. A peça é de Pedro Fazenda e hoje permite à poetisa, a partir da Quinta de Santa Rita, um olhar eterno sobre o lado este da cidade de Évora. Todavia ela nem sempre esteve ali. Conheci-a na cidade, no Pátio de S. Miguel , quase debruçada sobre o velho Colégio Espírito Santo (actual “centro” da Universidade de Évora) e com um horizonte que dos “coutos “ orientais da cidade se prolongava, nos dias verdadeiramente transparentes , até Évora-Monte . Mas as coisas da vida são como se fazem. Depois de um par de anos vendo o mundo a partir da cidade , e de mais alguns por outras andanças e paragens, Florbela sentou-se definitivamente para observar a cidade. E lá a encontrará nos anos vindouros quem a souber procurar. À janela, de onde a poetisa gostava de apreciar se não o Mundo, pelo menos o Mar (“Da Minha Janela”, 1923).

À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.

DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.

Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.

A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.

Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.

Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)

terça-feira, novembro 30

10985 º Dia

Novembro, 30
05,00-07,0: Luísa Martins, releitura de tese…
08,00-11,00: Regulamento do MEHAA
11,00-13,00: Preparação de sessão do SMDT
15,00-17,00: Luísa Martins, releitura de tese
18,00-20,00: Seminário de MDT: História Económica e Regional. Temas e Estratégias de Investigação. Desenho dos Projectos.
HAF

10984º Dia

Novembro, 29
I
08,00-10.00: Luísa Martins , releitura da tese de doutoramento
10,00-13,00: Preparação de sessão SMDT:
15,00-17,30: ISCED vária: Correspondência académica e programação das actividades de Janeiro de 2011
18,00-20.00 Seminário MDT: Nacionalismo e Luta de Libertação. Organizações e Actores. Temas e Estratégias de Investigação. Desenho dos Projectos.
II
A Universidade de Évora e sua reputação no mercado do ES de Angola: um tema que é urgente entrar na agenda dos órgãos da nossa Universidade .
HAF

domingo, novembro 28

10983º Dia

Novembro, 28
HAF

10982º Dia

Novembro,27
08,30-12,3o: Um novo roteiro como caminheiro da cidade …..
15,00-20,00: Revisão de regulamento do MEHAA
HAF

10981º Dia

Novembro,26~
08,30-12,3o:Leitura de trabalhos
15,00-18,00: Reunião de coordenação do MEHAA
18,00- 20,30; S_MDT: Memória.
HAF

10980º Dia

Novembro,25
I
08,30-11,00: MEHAA: Desenho de Plano
11,00-14,00: Reunião PCh.
15,00-17,00: Vários
18,00- 20,30; S_MDT: Memória.
HAF

10979º Dia

Novembro,24
I.
08,00:12,00: ISCED. Leitura de trabalhos.
15.00-17,30: Preparação do seminário
18,00-20,30: SDT…. E desta vez foi a porta do anfiteatro…
II. No dia da Greve Geral….
No dia em que o país se mobiliza e para em protesto, eu subscrevo a “Petição para uma Nova Economia”.
E o “O mundo dos outros” : “Vamos à luta e a viver com gosto até que consigamos dar um desgosto a quem nos tem tramado: os banqueiros e os teddy boys” (António Leirão, UÉ).
HAF

10978º Dia

Novembro, 23
I
07,30-13.00: ISCED. Leitura de trabalhos. Reunião do ISCED ( a ECS da UÉ e o Plano estratégico do ISCED)
17,00-20,30: da “odisseia” do mobilidade automóvel em algumas zonas de Luanda.. ao Seminário de Metodologia e Desenho de Tese
21.00: Jantar com R.
II- “Premio Docentia Santiago Zapata“
A AEHE- Asociación Española de Historia Economica , “decidió nominar al Premio Docentia de Historia Económica, recientemente creado, como Premio Docentia Santiago Zapata, en reconocimiento a su pionera preocupación por la renovación permanente de la enseñanza docente universitaria y habiendo sido nuestro primer galardonado con dicho Premio, que recibió en Toledo el pasado 24 de junio de 2010 en el marco del IX Encuentro de Didáctica de la Historia Económica.” Vale a pena perder uns minutos “En memoria de Santiago Zapata Blanco (1948-2010)” [http://www.aehe.net/noticias/10-11-15.html]
HAF

segunda-feira, novembro 22

10977º Dia

Novembro, 22
08,00-13,30: ISCED. Entre outras coisas recebi alunos… um deles, professor, falou dos seus interesses históricos - uma data negra – e dos problemas profissionais que teve com isso num passado recente. Por isso vai fazer uma pesquisa sobre as igrejas africanas. Outros parecem-me menos sensíveis a supostas “pressões”. Tratei de actualizar algumas correspondência electrónica.
17,30-19.25: Seminário MDT… uma sessão incompleta no “dia do educador” e num início de noite com uma quebra “local” na energia eléctrica. Um mundo em que os elementos básicos do dia a dai nos podem surpreender. A expectativa de haver net no Forum ou nele cruzar com o FS foram goradas. Volto aos “papéis”.
No final do dia, Web no fórum…voilá.
Haf

10976º Dia

Novembro, 21
07,01-08.30: Uma viagem normal mesmo nos aeroportos. A eficiência do “4 de Fevereiro” é cada vez maior. Há dois anos perdiam-se horas com as formalidades, “gasosas” e outras complicações. Agora, mesmo com a normal demora na recolha da bagagem, dificilmente necessitamos de meia-hora para abandonar o aeroporto. E não cruzei com “gasoseiros” (!!!): E cá fora o motorista… novo, e meu xará.
12,45-…. O resto do dia foi p.m.c . e dos meus “papéis” , e , mais para o fim da tarde, a longa caminhada até à 1ª de Maio e Sagrada Família.
HAF

10975º Dia

Novembro, 20
07,00-11,00: Seminário MHAA (ISCED, Luanda): materiais
16,00-…. Évora-Lisboa-Luanda (TAP). Um avião quase cheio… de emigrantes jovens, incluindo famílias ou parte dela em processo de “reunião” ao que foi adiante. Angola poderá ser a França do Séc. XXI.
HAF

10974º Dia

Novembro,19
09,30-13,00: DHPR&R
14,00-17,00: Correspondência e despacho académicos
17,30-21,00: Seminário II/DT (DHC e MEHE)
II. uma bela 1ª página

III. O HVET e as cobaias canídeas: esclarecimento oficial
Hospital Veterinário - Repondo a Verdade
Caros Colegas, Alunos e Funcionários da Universidade de Évora
Ontem, dia 18 de Novembro respondi a várias interpelações de órgãos da comunicação social, dei entrevistas pelos mais diversos meios, quase ininterruptamente entre as 9h e as 18 horas. Espero que compreendam a razão por só agora me dirigir à academia, acreditem que é esgotante.
Começo por um breve historial, no dia 17, após sete horas de reunião do Conselho Científico da ECT-UÉ, fui surpreendido pela abordagem duma jornalista do JN, que me relata uma série de denúncias, todas anónimas, sobre a utilização dos animais do Canil pelo Curso de Medicina Veterinária dentro do Hospital Veterinário. Comecei por dizer à senhora jornalista que preferia uma discussão aberta e clara com os denunciantes para esclarecermos toda a situação, por que da forma como me foram apresentados os casos, baseado na confiança que os colegas me merecem, só podiam ser invenções ou adulterações da realidade. Informou-me que as declarações eram confidenciais e isso estaria fora de questão. Esclareci-a do que se passava na realidade, de cerca de 20 minutos de conversa telefónica a jornalista fez a selecção que é pública. Confirmei junto de docentes, alunos e funcionários que as declarações como eram apresentadas não tinham fundamento, quer durante o período que sou Director do HVET (7 meses), quer em períodos anteriores.
Enquadramento
Aos alunos de medicina veterinária da Universidade de Évora é facultada a possibilidade aprender em contexto de hands on. Preocupa-nos que os alunos adquiram conhecimentos e adquiram competências e que no day one (dia seguinte à conclusão do curso) saibam fazer de forma responsável e competente as tarefas para que estão habilitados profissionalmente, respeitando a ética e a deontologia. Lamento, nestes poucos casos, que a mensagem não tenha passado. O antedito faz parte das recomendações europeias da formação e acreditação da profissão veterinária. Muitos alunos, hoje em dia, querem seguir a sua carreira como médicos veterinários de animais de companhia (leia-se cães, gatos, aves, etc.). Para lhes dar as competências necessárias há duas hipóteses ou criamos cães destinados a esse fim, que serão abatidos após determinadas intervenções, uma vez que os alunos não podem actuar em cães que sejam utentes externos do hospital, a não ser como observadores, ou em alternativa o procedimento que temos seguido. Dizem as boas práticas de bem estar animal que deve haver redução do número de animais envolvidos para fins didácticos ou ensaios, minimização de abates, compatibilizar o uso dos mesmos animais para múltiplos fins, anular ou reduzir a dor e, preferencialmente, que as actuações nos animais resultem em benefício da própria espécie (preparar bem os veterinários que irão no futuro atender centenas de cães, enquadra-se ou não?). Nos canis das câmaras municipais abatem-se animais, quase sempre por incúria de donos irresponsáveis, é um facto que lamentamos. Perante esta realidade, a que somos totalmente alheios, abordaram-se os serviços competentes da CME com vista a cumprir com preceituado para a experimentação animal (minimização compatibilização etc.).
Acordo com a CME
O hospital Veterinário da Universidade de Évora dispõe de uma incineradora, tanto quanto julgo saber única na região, prestamos serviços de incineração a canis municipais, clínicas, serviços responsáveis pela remoção de animais mortos por atropelamento nas estradas, Liga de Protecção à Natureza, privados etc. Temos alguns protocolos em que permitem aos utentes a redução de custos da incineração e, em contrapartida, a Universidade aproveita a oportunidade para fins didácticos ou científicos do material enviado. Por exemplo estamos a colaborar num projecto para determinar até que ponto os animais silvestres atropelados são portadores de determinadas patologias que os fragilizem e lhes diminuam os reflexos de defesa, com vista a poder criar condições, no futuro, que reduzam essas mortes. È neste alinhamento que surge o acordo com a CME, nós não cobramos pela incineração e em contrapartida pudemos usar os cadáveres para utilização das aulas. Pontualmente, pedimos que nos sejam enviados alguns animais vivos cuja eutanásia esteja eminente, comprometendo-nos a usar os animais cumprindo as mais rigorosas regras de ética, se houver lugar a uma intervenção cirúrgica é sempre praticada sob anestesia profunda, da qual não acordam. È aquilo, que mesmo nos humanos, se considera eutanásia de luxo, nem sequer a agonia ante morte os animais sofrem.
Dispenso-me de comentar os disparates técnicos, que me envergonham enquanto docente e enquanto médico veterinário (só um exemplo "cesarianas em cadelas não grávidas" demonstrativo de não se saber o que é uma cesariana ou o que é um útero de cadela.).
José Tirapicos Nunes | Director do Hospital Veterinário [Cf, UELine, 19-11-2011]
HAF

quinta-feira, novembro 18

10973º Dia

Novembro,18
I
08,30-13,00: DHPR&R
15,00-18,00: Preparação de Seminário de Integração (Dout. Hist. Contemporânea) e Desenho de Tese (MEHE)
18,30-20.00: Dossier ISCED.
II. Hoje, terceira quinta feira de Novembro, Dia da Filosofia (UNESCO)
Faz falta a filosofia na Universidade: “A Filosofia assegura e garante aquele espírito crítico que é absolutamente necessário para uma atitude mais interveniente e mais responsável por parte das pessoas na vida social”[ José Gama].
A Universidade de Évora, através do seu Departamento de Filosofia, assinala o dia com a «2ª sessão das Jornadas Ibéricas "A Técnica em José Ortega y Gasset"».
Num plano mas geral é bom que o Dia da Filosofia não ande muito longe do “Dia Internacional da Tolerância” (16 de Novembro)
III
A Universidade de Évora não necessita de notícias como a que hoje foi publicada no Jornal de Notícias sobre o nosso Hospital Veterinário: “Cães vivos usados como cobaias na universidade (de Évora)“ . Um jornal que não leio mas para cuja notícia os meus amigos me chamaram a atenção. Até ao momento as explicações públicas são confusas e não se viu uma refutação substancial (que é o que importa). Aguardemos o esclarecimento institucional. E se não necessitamos desta forma de visibilidade, torna-se claro que nos é indispensável um “código de conduta académica” que lamentavelmente não temos.
III
Nuno Roque da Silveira: Um outro lado da Guerra. Zemba, Angola, 1963-1964 [Ed. Colibri, 2010].
HAF

10972º Dia

Novembro,17
08,30-12,15: DHPR&R
13,00-17,00: Despacho NICPRI.UE e CC ECS EU
17,30-20,30: Seminário Desenho de Tese.
HAF

10971ºDia

Novembro,16
I
08,30-20,00: Preparação de Seminários do Mestrado História de Àfrica e Angola, Estudos Históricos Europeus e do programa de Doutoramento em História Contemporânea.
17,00-18.00: Revisão da proposta do Regulamento de Avaliação da Actividade dos Docentes.
II
Inácio Rebelo de Andrade: De uma Angola de Antigamente. Fotos Recolhidas e legendadas (Evocação Ilustrada) . Lisboa, Ed. Colibri, 2010
HAF

segunda-feira, novembro 15

10970º Dia

Novembro,15
I
Lisboa, Consulado de Angola, ANTT e DN
II
SZB cremado. Hoje. Em Badajoz. Até sempre...
HAF

domingo, novembro 14

10969º Dia

Novembro,14
I
Um dia com a mente em Badajoz e em anos de amizade.
II
Santiago Zapata Blanco (1948-2010)
A última conferência de Zapata em Portugal terá sido na Feira Internacional da Cortiça (Coruche, 28-30 de Maio), onde apresentou o livro cuja edição coordenou: Suredes i indústria surera: avui, ahir i demá. Alcornocales e industria corchera: hoy, ayer y mañana. Cork oak woodlands and cork industry: present, past and future(2009). Falámos disso, da minha ida a (e projectos para) Luanda, do PEG e da Teresa uns dias antes. Foi a nossa última troca de mensagens.
HAF

sábado, novembro 13

10968º Dia

Novembro, 13
Santiago Zapata Blanco (23.09.1948 -13.10.2010)
Um dia doloroso. A notícia chegou assim: “Santiago Zapata ha fallecido en Badajoz esta última noche. […]”. Tinha apenas 62 anos.
Um amigo de mais de duas décadas e um dos mais importantes historiadores agrários de Espanha. Deixou importantes contributos para a História da Economia da Extremadura espanhola desde 1800, História Agrária contemporânea de Espanha, História Económica florestal contemporânea, e na última década e meia, sobre “el negocio corchero desde 1900”. Um académico exemplar.
Influenciados pelos trabalhos de Pierre Vilar, fundamos a Sociedade Espanhola de História Agrária, ainda como Seminário de História Agrária (SEHA, Murcia, 1990),de que Santi foi um dos principais mentores, e à qual logo se associou o Boletim de História Agraria, depois transformado em “História Agrária. Revista de História Rural” .
Deixou obra extensa e relevante. Das dezenas de publicações que assinou, destaco em primeiro lugar algumas das associadas ao “GEHR” : uma trintena de publicações (1979-2002), centradas na reconstituição da estatística e na análise histórica da economia agrária espanhola . A primeira foi em 1980, [GEHR (1980): Los precios del trigo y la cebada en España, 1891-1907, Madrid, Banco de España, 197 pp..] e a última em 2006 [GEHR (2006): Bibliografía económica del subsector forestal español, ss. XIX-XX, Madrid, Instituto de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria. (CD-ROM). No intermédio publicaram-se livros essenciais como “Estadísticas históricas de la producción agraria española, 1859-1935” [Madrid, Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación, 1.231 pp..] Para mais detalhes sobre a produção do GEHR, um dos mais importantes grupos de investigação histórica de Espanha ver: http://szapata.qwair.net/wp-content/uploads/2010/10/CV-GEHR1.pdf.
Entre as publicações mais recentes são particularmente relvantes títulos como
Zapata, S. (2010): La “revolución vitivinícola” y sus efectos sobre el negocio corchero, (s. l.), Asociación Española de Historia Económica, (Documentos de Trabajo, nº DT-AEHE-1002)
Zapata, S. (ed.) (2009) , Suredes i indústria surera: avui, ahir i demá. Alcornocales e industria corchera: hoy, ayer y mañana. Cork oak woodlands and cork industry: present, past and future, Barcelona, Museu del Suro de Palafrugell,
Zapata, S.; Parejo, F. M.; Branco, A.; Gutierrez, M.; Jiménez, J. I.; Piazzetta, R.; and Voth, A. (2009): “Manufacture and Trade of Cork Products: an International Perspective”, en Aronson, J.; Pereira, J. S.; y Pausas, J. G. (eds.), Cork Oak Woodlands on the Edge. Ecology, Adaptive Management, and Restoration, Washington D. C., Island Press, pp. 189-200.
Zapata, S. (2006): Series de deflactores corcheros desde 1900, Madrid, Asociación Española de Historia Económica, (Documentos de Trabajo, nº DT-AEHE-0605).
Barciela, C.; Giráldez, J.; GEHR; y López, I. (2005): “Sector agrario y pesca”, en Carreras, A. y Tafunell, X. (coords.), Estadísticas históricas de España, siglos XIX y XX, Pamplona, Fundación BBVA, Vol. I, pp. 245 356.
Zapata, S. (2002): “Del suro a la cortiça. El ascenso de Portugal a primera potencia corchera del mundo”, Revista de Historia Industrial, 22, pp. 109-137. Zapata-(2002)
Germán, L.; Llopis, E.; Maluquer de Motes, J.; y Zapata, S. (eds.) (2001): Historia económica regional de España, siglos XIX y XX, Barcelona, Crítica. 4
Zapata, S. (2001): “La madera en España (c. 1850-c. 1950). Un primer esbozo”, Revista de Historia Económica, 2, pp. 287-343
Gallego, D.; Jiménez, J. I.; Sebastián, J. A.; Zambrana, J. F.; y Zapata, S. (2000): “Forest Policy and Public Forest Production in Spain, 1855-1936”, en Agnoletti, M. y Anderson, S. (eds.), Forest History: International Studies on Socio-economic and Forest Ecosystem Change, Oxon y New York, CABI e IUFRO, pp. 313-320.
(ver mais em http://szapata.qwair.net/curriculo)
Uma carreira de historiador académico (profissional) que por diversas vezes se cruzou com a minha. Quando, com outros, criamos o SEHA . Na série de Congressos de História Ágraria, para onde viajamos muitas vezes juntos (assim como para os Encontros da APHES). Levou-me a António Miguel Bernal. Foi um historiador atento à História Agrária e Económica Portuguesas, sobre a qual escreveu. Santi foi vogal no Júri que discutiu a minha tese de doutoramento (1993) e mais tardearguente da tese de doutoramento de Paulo Eduardo Guimarães (Universidade de Évora) . Recenseou o meu livro, O Alentejo no século XIX. Economia e atitudes Económicas [Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda. 1996] em Historia Agraria [nº 15, (1998), pp. 269-271). (disponível em http://www.seha.info/revista/pdf/HA15_resenas.pdf).
Recentemente honrou-me com o convite como “evaluator” em Zapata, S. (ed.) (2009) , Suredes i indústria surera: avui, ahir i demá. Alcornocales e industria corchera: hoy, ayer y mañana. Cork oak woodlands and cork industry: present, past and future, Barcelona, Museu del Suro de Palafrugell; e Aronson, J.; Pereira, J. S.; y Pausas, J. G. (eds.) (2009, Cork Oak Woodlands on the Edge. Ecology, Adaptive Management, and Restoration, Washington D. C., Island Press.
Foi Catedrático de Universidad de Historia e Instituciones Económicas “, da la Facultad deCiencias Económicas y Empresariales de la Universidad de Extremadura, onde desempenhou várias funções de relevo. Jubilou-se em setembro de 2009, um dia depois de fazer 60 anos. Escreveu aos amigos e colegas uma longa mensagem: " Por qué me he jubilado? Razones e Intenciones ». Voltarei a este texto. Passou a viver entre Badajoz e Madrid. Foi membro da Asociación Española de Historia Económica e da APHES e esteve ligado a várias revistass. Não nos víamos há ano e meio. E não nos veremos mais . Não consigo avaliar a dimensão do que eu perco.
HAF

10967º Dia

Novembro, 12
07.00-12,00: DHPR&R
13.00-14,30: Despacho CC ECS UE
14,30-16,00: Reunião de Júri (Reconhecimento de Habilitações)
16,30-17,30: Despacho da Direcção do ACTAE-NICPRI.UÉ
18,00-20,00: Sessão de abertura do MEHE e Dout. H: Contemporânea
HAF

10966º Dia

Novembro, 11
I
09,00-20,00: Reunião da Mesa do CC ECS e Sessão do CC ECS: regulamento da avaliação da docente. Prolongado por um encontro inesperado.
II
Há 35 anos atrás, desembarcado em Lisboa. Proveniência. C.R. Caira , via Windhoek.

Da memória fotográfica não se incluem registos da outra proclamação da independência (RDA). Conhecida é "a fotografia" do Presidente RPA. Ainda sobre a época há a oportunidade de ver “OS DIAS DA INDEPENDÊNCIA – ANGOLA 1975”, Fotografias de Joaquim Lobo em Exposição no Arquivo Municipal de Lisboa ( 12.11.2010 -15-01-2011).
HAF

10965º Dia

Novembro, 10
I
07,30-14,00: DH1ªRR
16,00-17,00: Despacho Actae-Nicpri.Ué
17,00-21,00: Regulação da Avaliação da Actividade Docente
II
Artur F. Coimbra: Paiva Couceiro e a Contra-Revolução Monárquica (1910-1919) […]
HAF

10964º Dia

Novembro,9
I
08,30-16,00: DH1ªRR
16,00-19,00: CC ECS UE
II
Artur F. Coimbra: Paiva Couceiro e a Contra-Revolução Monárquica (1910-1919), Tese M. , Universidade do Minho, 2000
HAF

segunda-feira, novembro 8

10963º Dia

Novembro,8
I
08,30-13,00: DH1ªRR
14,30-17,00: Despacho CC ECS e programas de DHC e MEHE
17,30-…. DH1ªRR
II
Jardo Muekalia: Angola: A Segunda Revolução. Memórias da Luta pela Democracia. Lido o livro… uma leitura indispensável para melhor perceber a vida política angolana entre 1975 e meados dos anos 1990s.
III
08 de Novembro de 1910. Segunda-Feira (DN) […]
HAF

10962ºDia

Novembro,7
I
08,00- 14,00: DH1ªRR
II: A China , os Acordos e Contratos
Os acordos e contratos assinados ontem com a China são de relevantes, para a estratégia chinesa ( China vs Europa-Portugal-África Austral) e para Portugal. Mas a cerimónia em si, o semblante e o comportamento dos actores, pese embora o eventual ajustamento à cortesia oriental, indiciou agachamento.
III
07 de Novembro de 1910. Domingo (DN) […]
HAF

10962º Dia

Novembro, 6
I
08.00-13,00: DH1ªRR
II
Jardo Muekalia: Angola: A Segunda Revolução. Memórias da Luta pela Democracia. [cont.]
III
06 de Novembro de 1910. Sábado (DN) […]
HAF

10962º Dia

Novembro, 5
I
06,00-09,30: Évora-Coimbra
09,30-17,00: CC NICPRI.UÉ: Uma longa agenda. Decisões relevantes.
14,30-16,00: Ceis20
16,00-18,00: Roundtable.
II
Jardo Muekalia: Angola: A Segunda Revolução. Memórias da Luta pela Democracia. [cont.]
III
05 de Novembro de 1910. Sexta-Feira (DN) […]
HAF

10961º Dia

Novembro,04
I
08,00-18,00 :DH1ªRR…à volta de João de Almeida.
19,00-20,30: Artur Ferreira COIMBRA: Paiva Couceiro e a Contra-revolução Monárquica, 1910-1919, Mestrado HICMC, U. Minho , 2000
II
Jardo Muekalia: Angola: A Segunda Revolução. Memórias da Luta pela Democracia. [cont.]
III
04 de Novembro de 1910. Quinta-Feira (DN) […]
HAF

quarta-feira, novembro 3

10960º Dia

Novembro,03
I
Organização do ano lectivo do MEHE, do programa de Doutoramento em História Contemporânea e do CC do NICPRI.UÉ (Coimbra)
II
Jardo Muekalia: Angola: A Segunda Revolução. Memórias da Luta pela Democracia. [cont.]
III
Duzentos anos depois do colapso da Monarquia Absoluta e cem anos depois da queda da Monarquia , a Terceira República está mergulhada nos vícios que enfraqueceram aquelas: o “ausentismo” da realidade e o rentismo dos negócios público-privados, no caso da primeira; a incompetência, a corrupção e o desvario da elite política no caso da segunda. O que nos safa de mais uma investida militar é o laço que nos amarrou à União Europeia. Felizmente.
Seja como fôr, considerando o desempenho geral das elites dirigentes portuguesas na última década, o comportamento recente do governo e dos partidos que estão de uma forma ou de outra na esfera de acesso ao poder, a assustadora incompetência de que dão sinais ostensivos (a história do “esquecimento” da orçamentação de 800 milhões de euros nas despesas primárias é um exemplo degradante), se os tivesse enfiados numa carruagem do metropolitano e dispusesse de um spray amarelo , escreveria no vidro das janelas, como “Na mais alta solidão” de Lobo Antunes, “vão os dois (ou três) à merda” , e já , que bem merecem.
IV
03 de Novembro de 1910. Quarta-Feira(DN) […]
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terça-feira, novembro 2

10959º Dia

Novembro,02
08,00-13,00 :DH1ªRR…
14,15-18,30: Sessão do CC UÉ
18,30-20,00: Despacho CC ECS UÉ (reconhecimentos)
II
Jardo Muekalia: Angola: A Segunda Revolução. Memórias da Luta pela Democracia. [cont.]
III
02 de Novembro de 1910. Terça-Feira (DN) […]
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segunda-feira, novembro 1

10958º Dia

Novembro, 01
DH1ªRR…. E o regresso....
II
Jardo Muekalia: Angola: A Segunda Revolução. Memórias da Luta pela Democracia. [cont.]
III
01 de Novembro de 1910. Segunda-Feira (DN) […]
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10957º Dia

Outubro, 31
I
DH1ªRR
II
Jardo Muekalia: Angola: A Segunda Revolução. Memórias da Luta pela Democracia. Lisboa, Sextante Editora, 2010
«Quero partilhar com os leitores desta obra parte da experiência que vivi quando jovem, durante o pro-cesso de independência do país, os anos de guerrilha que se seguiram à proclamação da independência, e o processo de negociação que conduziu às primeiras eleições da história de Angola. Esta é, antes de mais, uma narração dos acontecimentos, vistos do meu ponto de vista, como parte de uma geração, na altura adolescente, que se viu arrastada pelo vendaval da revolução, numa corrida imposta por vontades, desacordos e ambições da geração mais velha. (…) Esta obra não pretende ser história absoluta. Ela é, como disse acima, apenas uma narração da minha trajectória na luta pela inclusão democrática, relato de uma vida entregue e moldada pela "revolução".» [Jardo Muekalia [Preâmbulo] ]
Jardo Muekalia nasceu (1959) e viveu os primeiros 18 anos de vida no mesmo território onde nasceu [uma parte] e viveu toda a minha família. Estudou, em parte, onde eu estudei ou estudaram os meus irmãos e amigos “de sempre”. É um filho da Missão do Dondi (Bela Vista/ Cachiungo, Huambo) Não o conheci pessoalmente naquela época: cinco anos de diferença na idade (eu nasci em 1954) eram uma grande distância. Não o conheço actualmente. Mas mantemos amigos comuns. Fez um trajecto que foi comum a muitos outros e poderia ter sido o de outros tantos. Aderiu à UNITA (JURA) em 1974, e tornou-se guerrilheiro do Movimento aos 16 anos (1976) . “Fez a sua formação militar em Rabat, Marrocos, tendo mais tarde integrado a Missão Externa da UNITA (1983). Chefiou a representação da UNITA em Londres e, durante 10 anos, representou oficialmente o Partido em Washington (1988) , onde assegurou o programa mais ambicioso de ajuda norte-americana a uma entidade não-estatal africana.” Representação que na fase final teve o formato de “ Centre for Democracy in Angola” a que presidiu. As notas biográficas com que cruzei destacam ainda o facto de ter “ conduzi[do] várias missões diplomáticas em África e na Europa, particip[ado] nas negociações de paz em Abidjan e Lusaka e [ter estado] presente em todas as cimeiras Eduardo dos Santos/Jonas Savimbi realizadas no exterior. » É reformado das forças armadas angolanas com a patente de brigadeiro. É Mestre em Relações Internacionais pelo Institute of World Politics, “a Graduate School of National Security and International Affairs, Washington). Nas eleições angolanas de 2008, foi o coordenador eleitoral da UNITA.
Sobre o livro escreveu Jerry Bender ( Universidade da Califórnia Sul): « Este é o tipo de livros que nos faz virar as páginas rapidamente para descobrirmos o que vem a seguir. Durante duas décadas considerei Jardo como um amigo mas nunca imaginei que fosse capaz de escrever um livro tão impressionante. Este livro deve ser lido em todo o espaço de expressão portuguesa e eventualmente traduzido para outras línguas» (ver badana). Foi de facto assim: 122 páginas esta noite.
III
31 de Outubro de 1910.Domingo(DN) [...]
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10956º Dia

Outubro, 30
I
30 anos de carreira universitária. De facto tudo começou, formalmente com a tomada de posse, após concorrido concurso público , às 11,30 de 30 de Outubro de 1980. Tinha então 26 anos, acabara de me licenciar em História na FLU Coimbra, e queria ser um historiador profissional centrado na História Agrária Portuguesa do Séc. XIX. Assim acabou por ser até aos anos 1990. Do ponto de vista da instituição, uns dias antes abrira a licenciatura em História e Ciências Sociais. Em breve o Departamento de História e Literatura seria dividido em dois departamentos, sendo um deles o de História. Uma boa razão para um dia branco e solitário.
II
Leonor Figueiredo: Sita Valles, Revolucionária, Comunista até à Morte (1951-1977),…. Chegou ao fim. Finalmente liberto-me desta história terrível. E , definitivamente, Sita Valles estava em 2ª gravidez quando foi presa. O que falta saber é se foi fuzilada naquele estado ou pós-parto ? E, na segunda hipótese, onde para a criança ? Uma adopção à moda dos militares argentinos ? Uma história “envergonhante”.
III
30 de Outubro de 1910. Sábado Feira (DN) [...]
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10955º Dia

Outubro, 29
I
09.00-13.00: Despacho Mesa CC ECS e Reconhecimento de habilitações dos candidatos aos mestrados
14,30-17.00: Dicionário de História da 1º República e do Republicanismo ( DH1ªRR)
II
Leonor Figueiredo: Sita Valles, Revolucionária, Comunista até à Morte (1951-1977)….
III
29 de Outubro de 1910. Sexta Feira (DN) […]
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10954º Dia

Outubro, 28
I
7.00-10.00: Lisboa, Consulado de A.
10,30-14,00: ANTT
14,30-21,00: ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas : reunião e biblioteca.
II
Leonor Figueiredo: Sita Valles, Revolucionária, Comunista até à Morte (1951-1977)….
III
28 de Outubro de 1910. Quinta Feira (DN)[...]
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