Tenho lido nos últimos dias em blogues e jornais diversas opiniões sobre a derrota de Portugal face à Alemanha nos quartos de final do campeonato europeu. Além dos comentários dos profissionais, a imprensa tem requerido a opinião de um vasto “ jet-set” opinativo que ninguém sabe muito bem o que é que já fez de relevante na vida. E eles, inteligentes em tudo, explicam logo a coisa e as causas: um selecionador ( Scolari ) bom de conversa e na crença (“nacionalista”, “beato”) mas mau treinador (técnico) ; o estilo “na maior” da equipa técnica portuguesa e o estilo profissional (fato e gravata…sapatinho engraxado, meinha branca, etc…nos “peks”) da equipa técnica germânica; os defesas que não deram uma para a caixa, o guarda redes que é um nabo , etc. etc. As tontarias do costume para explicar a simples derrota da “melhor selecção” , da selecção que podia e devia ter ido mais longe, que…que… que apenas perdeu porque a outra selecção era e foi melhor. De facto a coisa é muito mais simples: o jogo foi muito bom e os alemães foram os melhores em campo. Ponto final.
É por isso reconfortante ler algumas declarações como a do selecionador da Holanda, Van Basten: “É pena que tenhamos tido problemas de ordem física. Os russos jogaram muito melhor do que nós e mereceram a vitória. Vou ter de me conformar com o facto de terem sido realmente melhores. Fizemos jogos memoráveis na primeira fase, mas hoje não conseguimos reeditar essa performance”. Foi só isto o que aconteceu, num e noutro caso.
II. O regresso dos Vampiros (ou do Capitalismo sem dimensão social) ou "quando a esmola paga taxa".
HAF