09,00-13,00: Correspondência do General João de Almeida (1938-39)
12,00-16,00: Tutoria (teses de Mestrado)
16,00-18,00: Reunião da Mesa do CC ECS UÉ
18,00-20,00: Correspondência e Diversos
II
Leonor Figueiredo: Sita Valles, Revolucionária, Comunista até à Morte (1951-1977), Lisboa, Aletheia Editores, 2010. Há já uns dias que ando com esta história incómoda que culmina num olhar complementar sobre o golpe-purga-massacre de 27 de Maio 1977 em Angola. A fotografia da capa do livro, a mesma da revista expresso de 1992, é uma das mais conhecidas desta jovem revolucionária romântica e ousada, maldita para o PCP e o MPLA. Há alguma literatura sobre o assunto mas a pesquisa mais consistente parece ser a de Dalila e Álvaro Mateus: Purga em Angola. O 27 de Maio de 1977 (ed. ASA, 2º ed. 2007)
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25 de Outubro de 1910. Terça Feira (DN). O “Assumpto do dia” foi o« “O Reconhecimento da República Portuguesa”, num momento em que “já dois estados” o tinham feito (Brasil e Argentina) aqui interpretado como um acto de “confraternidade internacional” daquelas repúblicas da América do Sul, que agiram pelo interesse de “Estado” e pelo “coração”. A expectativa é que estados da Europa, mesmo que apenas movidos pelos interesses de Estado “o reconhecimento não se fará esperar por muito tempo” sendo certo que Portugal “não irá mendigar o reconhecimento das suas novas instituições”. Enquanto isso, especulava-se sobre a possibilidade do rei deposto ir residir para Bruxelas.
Por iniciativa do Ministério do Interior e decisão do Conselho de Ministros foi constituía uma “comissão encarregada de um plano integral da reforma da instrucção pública” .
Noticia de revelo foi ainda o naufrágio do paquete português “Lisboa”, “no promontório de Paternoster-Point, ao norte do Cabo da Boa Esperança “ havendo alguns mortos e perda do navio da “Empreza Nacional de Navegação” que custra 136.000 libras andava segurado em 80 mil libras. Era a segunda viagem que fazia para “as nossas possessões”. No “bello barco” -- de 145 metros, 7,5 toneladas, com duas maquinas de 7300 cavalos que consumiam 65 toneladas de carvão por dia; com 10 barcos salva-vidas (para 600 pessoas) , 4 guindastres hidráulicos, rede telefónica, 2 telégrafos; 40 camarotes de 1ª classe (108 passageiros) , 16 camarotes de 2ª classe (70 pessoas), 18 camarotes de 3º classe (150 passageiros) e uma “coberta especial com beliches para 200 colonos”; três cozinhas, uma delas “a vapor, na qual se podia fazer uma refeição para 1000 pessoas em duas horas e meia”; e tinha ainda “padaria, lavandaria, estendal de secar a roupa, 45 retretes, 25 casas de banho, barbearia, tipografia, 4 “hospitais para 20 doentes” e outros serviços – saíram de Lisboa cerca de 160 passageiros , metade dos quais com destino a África Oriental.
HAF