I
Manuel Villaverde Cabral :”Portugal e a Europa. Diferenças e semelhanças”, Análise Social, 118-119 , 1992, pp. 943-954
Leonce BEKEMANS e Robert PICHT (eds): European Societies between Diversity and Convergence , Bruges/College d´Europe, Presses Interuniversditaires uroperennes, 1993
II
Maria Fernanda Rollo: “Portugal 1900. Uma Granja e um banco” (Dossier “República”, Público)
III
A notícia do dia: a ascensão da China a segunda potência económica “nominal” [maior PIB em dólar do mundo] depois dos EUA. Alguns comentadores acham mesmo que já é a primeira economia do mundo: “Quando a produção é avaliada pela Paridade do Poder de Compra (PPC) as coisas mudam. O valor da produção chinesa é bem maior e o PIB per capita (produção total dividida pela população, que chegou a 6,5 mil dólares em 2008, segundo o FMI) é quatro vezes maior em PPC que em dólar. A PPC é uma medida mais realista porque exclui os efeitos de eventual valorização ou depreciação do câmbio e apura de forma mais confiável os preços relativos das mercadorias nos diferentes países.” (http://www.cbcde.org.br/home/), um ciclo de crescimento associado às reformas pós 1978, que incluiu a parazo uma certa internalização da estratégia DengXiaopingana de "One country, two systems”. Sobre a evolução da economia chinesa ver p.ex. C.A. Medeiros: “A China como um Duplo Pólo na Economia Mundial e a Recentralização da Economia Asiática”[http://www.ie.ufrj.br/eventos/seminarios/
pesquisa/]
Contrariamente à uma ideia muito popular, o crescimento económico chinês traduziu-se também numa melhoria da posição da China Continental no ranking do IDH [índice de desenvolvimento humano, medida comparativa, com dados normalizados, que inclui três dimensões do desenvolvimento humano: “living a long and healthy life (measured by life expectancy), being educated (measured by adult literacy and gross enrolment in education) and having a decent standard of living (measured by purchasing power parity, PPP, income)”[Amartya Sen e Mahbub ul Haq, 1990]. Com a 92ª posição em 2009 (o Relatório do Desenvolvimento Humano 2009 – tem em consideração os dados normalizados de 2007) , a “China Continental” melhorou um pouco a sua situação em relação a 2000 (96ª posição). Duas notas adicionais. A primeira para salientar que foram os avanços na educação que mais contribuíram para o IDH da China em 2009
[http://hdrstats.undp.org/en/countries/country_fact_sheets/cty_fs_CHN.html]. Em segundo lugar tal melhoria não impediu que a China se mantenha na “terceira categoria” de países , os de médio desenvolvimento humano , abaixo do grupo dos países com alto (44 países) e muito alto (38 países, incluindo Portugal (34ª) , Desenvolvimento Humano [Low HDI (0.000 to 0.499), Medium HDI (0.500 to 0.799), High HDI (0.800 to 0.899), Very High HDI (0.900 to 1.000)]. Ou como se destaca em relatório da ONU, na China” The Human Development Index - going beyond income”.
No ranking dos “melhores países do mundo” da Newsweek (ver este diário o 10881 º Dia) a China ocupa a 59 nona posição, muito distante do Japão (9º) e acima da índia , outro gigante da Ásia do Sul (78º lugar). Na comparação entre a China e a índia escreve-se: “China and India don’t break the top 50 in Newsweek’s overall rankings, as measures of health, education, and quality of life continue to lag. Growth, however, remains strong in both countries, as they avoided the worst of the global economic slowdown. India continues to attract plenty of foreign investment and is finally pouring some of it into infrastructure—long its Achilles’ heel. Still, China ranked higher than India in the bulk of our categories, and, ironically, a major reason for that may have been the absence of democracy. In the long run, the inherent tension between free markets and one-party rule may cause problems for the emerging power, but for now the two are working hand in hand, streamlining policy decisions over deficits and spending. Meanwhile, India’s leaders remain mired in debate and stifled by bureaucracy. As Richard Kang, the director of research for Emerging Global Advisors, puts it, if the Chinese want to build a dam, “it just gets done.” (cf. http://www.newsweek.com )
Vale a pena também olhar para os indicadores da pobreza humana na China:
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