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O primeiro dia de Luanda. O aeroporto, com todos os seus vícios, foi transposto, 3 horas depois. Uma recepção entusiática pela comunidade “emigrante” residente na UMA, e festejada em grande ( uma mariscada…) .
Todavia, os momentos principais foram outros : o re-encontro com FIK, uma pessoa do “meu tempo” e com quem partilhei tempos importantes e duros daquele “tempo”. Uma longa conversa, com os inevitáveis momentos de regresso ao passado mas também sobre o “estado presente” de muita, demasiada gente. Planos a curto prazo. Gente a ver em breve, tudo quase furiosamente decidido. Um eventual programa mais ambicioso para o final da semana (uma ida ao Huambo?) . Talvez se possa concretizar. A visita à Praia do Bispo, com o seu extenso prolongamento abarracado a caminho do mar. Ao cimo o mausoléu de AN . Um bairro com demasiados problemas, mas a igreja está recuperada e a escola também . As pessoas pobres… vidas difíceis, com casas cujos quintais se tornaram quartos de aluguer. Pavimento inexistente. Afloramentos de esgoto, etc. … Mas caminhei livremente pela Rua da Escola e pelos seus becos à procura de sinais do passado: o III Beco , nº 26, Drtº . E encontrei o que podia encontrar.
Uma volta pela cidade….e cola-se-me a incómoda sensação de uma história parcial, de falsos vencedores, se assim quizermos dizer. Um drama desintegrador. Regresso difícil, como era de esperar.
HAF