I
9.00-12.00: Sessão (especial) E19-20:SNSE: Wolfgand Becker/Good Bye Lenin! (2003). Um debate exploratório sobre as dinâmicas e etapas da formação da “ Sociedade Europeia”
12.30-14.30: duas horas …de anestesia…e uma tarde perdida….
19.00-21.00: documentos para aulas HIE (MRIEE/Luanda)
22.00…. um olho no correio e outro no noite eleitoral… e segui o debate na SIC , que na intervenção de alguns analistas teve algum interesse.
II A NOITE ELITORAL NOS EUA É SEGURAMENTE A DA MORTE RADICAL DO BUSHISMO : UMA BOA NOTÍCIA PARA O MUNDO SE......
Uma sondagem da Gallup revela que 74% dos “Voters Have High Personal Investment in Election Outcome”. Há também indícios de uma forte corrida ao voto.
É com muita satisfação e optimismo que vejo a eleição de Obama. Não por ser negro. Não por ser um candidato que se definiu a partir das margens ao partido e que rompeu com a tendência à formação de dinastias políticas no seio dos principais partidos estado-unidenses. Estes factos tiveram alguma influência na formação da minha opi-nião, mas o factor essencial é que desde o início me pareceu ser Barak o melhor candidato à presidência, o melhor preparado para conduzir o presente e o futuro próximo, com ideias e soluções mais articuladas, sensatas e menos desintegradoras [e nesta apreciação tive em consideração todos os candidatos, republicanos e democratas que disputaram as primárias].
A minha convicção neste desfecho ficou definida no verão do ano passado. Não sou pois um Clinton recém-obanizado. Acho que Obama será bom para os Americanos e redefinirá a sua identidade. Ao fazê-lo ajudará a Europa/União Europeia a aprender a viver de forma mais independente e responsável, no plano regional e internacional, seguindo o seu próprio caminho. E livra-nos [por quase uma década] dos adversários sub-reptícios [os republicanos; e alguns democratas] de uma evolução pluridimen-sional mais equilibrada da União Europeia, ao nível tanto da integração sistémica como social [essencial para a identidade comum] . Espero esta noite uma vitória (que pode não ser à justa) de Obama [ são 1.23 do dia 5.11.08. ]
Devo confessar que reconheço individualidade e carácter a MacCain mas não vi nada de expressivamente novo em relação ao Buchismo...e esse é um ponto de fractura essen-cial. O meu despreso intelectual e ético em realção a J.W. Bush não se estende de todo nem a McCain, nem à sua “caricata” ou “naif” (mas nada estúpida) candidata à Vice-Presidente Palin, que me parece ter futuro, não necessariamente político (ela terá oportunidade de escolher entre diversos caminhos, sendo o da política uma grande possibilidade, mas não a única).
Acima de tudo MacCain falou sobre o seu passado, Barack sabe o que quer e pode fazer para o futuro (tem tempo, se não houver alguma ruptura violenta, o que não é de todo imponderável): Os americanos perceberam isso e os cartoons que se seguem iluminam algumas das principais razão porque os resultados finais virão a ser o que serão. O que presumo vir a ser a actual tragédia política republicana nos EUA é uma boa notícia para o mundo.
III.
E o SCP de Paulo Bento alcança mais um feito: o acesso à fase dos 8º da UEFA Champions League. Registe-se aqui o resultado: SCP 1 – Shakhtar 0
HAF
Editorial
Um amigo muito estimado tem uma “FlorBela” , a poetisa, sentada à janela do mundo. A peça é de Pedro Fazenda e hoje permite à poetisa, a partir da Quinta de Santa Rita, um olhar eterno sobre o lado este da cidade de Évora. Todavia ela nem sempre esteve ali. Conheci-a na cidade, no Pátio de S. Miguel , quase debruçada sobre o velho Colégio Espírito Santo (actual “centro” da Universidade de Évora) e com um horizonte que dos “coutos “ orientais da cidade se prolongava, nos dias verdadeiramente transparentes , até Évora-Monte . Mas as coisas da vida são como se fazem. Depois de um par de anos vendo o mundo a partir da cidade , e de mais alguns por outras andanças e paragens, Florbela sentou-se definitivamente para observar a cidade. E lá a encontrará nos anos vindouros quem a souber procurar. À janela, de onde a poetisa gostava de apreciar se não o Mundo, pelo menos o Mar (“Da Minha Janela”, 1923).
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)