o9.00-12.30: preparação do Seminário HCTN-Desenho da Tese (MEHE)
14.30-16.00: Provas orais e lançamento de notas
16.00- 17.00: alinhamento de agendas, tópicos e fontes para propostas de teses de mestrado
17.15-20.00: Seminário HCTN-Desenho da Tese
02.00-05.00: Debate B Omaba vs McCain (vr. comentários infra III)
A agência Lusa divulgou esta noite a “proposta” de Xavier Darcos, ministro da educação francês , para a criação “de um programa Erasmus para professores”, num discurso proferido no encerramento do Dia Europeus das Línguas, uma proposta que Eva Almunia, secretária de estado espanhola para a Educação e Formação considerou a proposta "muito interessante" dado que "se os professores leccionarem por toda a Europa, ficarão mais preparados para formar os alunos". [Lusa , 26 de Setembro de 2008, 23:04]
Trata-se de facto de uma ideia/projecto que Xavier Darcos já promove há diversos meses. Europeísta convicto, e partidário do uso da Educação como factor de cidadania europeia – o seu gabinete , entre junho e agosto p.p, , teve outra iniciativa de grande interesse , a “operação” "Mon cahier d’Europe" - o Ministro da Educação da França, já em maio p.p., num débat no forum "Les rendez-vous des Européens “ (8.05.08) , defendeu um “Erasmus des professeurs”. Na altura declarou : "Peut-être que nous avons plus besoin de changer l'esprit des adultes que des jeunes, je crois, (...) pour les faire adhérer à l'Europe”. A eficácia fo projecto Erasmus como mecanismo de interconhecimento e aproximação leva mesmo forças polítricas emergentes , como os Newuropeans , a sugerir a criação de instrumentos similares para criar condições de páz estáveis em regiões vizinhas com relações históricas marcadas pela voilência (caso da Palestina-Isreal)
Seria uma boa notícia esta proposta acolher a concordância do Conselho de Educação que se reunirá em Bruxelas no próximo 21 de Novembro.
O serão prolongou-se madrugada dentro. Assistir debates entre os candidato democrata e republicano á Presidência dos EUA é quase um dever de cidadania global. Esta madrugada realizou-se o primeiro. Decorreu na Universidade do Mississipi ( presumo que no Gertrude Ford Performing Arts Center) , com uma sala apinhada de uma assistência disciplinada, e uma agenda previamente acordada foi a « Política externa e Segurança Nacional». O debate foi moderado pelo super-sénior Jornalista James (Jim) Charles Lehrer (73 anos) da PBS (The NewsHour ), que este mal e não foi capaz de promover o debate entre os dois candidatos que, tirando uma picardia ou outra, se limitaram a prestar declarações face ao tópico em presença.
A agenda incluíu uma bateria de tópicos susceptíveis de uma boa discussão. Em primeiro lugar, as questões internas e sua interacção com a condição de potência mundial: o poder militar vs o poder económico dos EUA; a actual e gravíssima crise financeira e o plano de recuperação, onde foi notório o apoio moderado de Obama, que não se dispôs a mudar o essenccial do seu programa eleitoral. Depois as grandes questões internacionais: as lições do Vietname e do Iraque; as soluções para o Iraque e Afganistão; a “ameaça” Irão; a “questão russa” (concorrente, inimigo, parceiro?); os problemas emergentes em Àfrica e América Latina (que passaram ao lado de McCain), onde a China e a Rússia vão crescendo em influência face a um ostensivo demissionismo tanto dos EUA (notou Obama) como da Europa ( acrescento eu); finalmente a escala real da “ameaça terrorista” nos EUA.
Apesar deste menu o debate foi “morno” e pro vezes mesmo chato. Não houve nada de realmente novo. Cada um dos candidatos limitou-se a reproduzir as posições (algumas já expressas há meses, o que não deixa de ser preocupante perante a mudança do cenário interno e externo) sobre cada um dos assuntos, revelando a existência de pouco consenso e de divergências expressivas, em matéria de política interna e externa. Presentes dois elementos tradicionais: no candidato republicano, por um lado a clássica retórica pró-falcão, por outro, a disparatada insistência na falta de experiência e de conhecimento internacional por parte do candidato democrata (não me parece que o eleitorado ainda caia no velho truque do “velhinho” de 72 anos, com 30 anos de experiência, maduro e sabichão, muito viajado mas que deixa sinais de trazer para o Sec XXI um pensamento e retórica seródios). O candidato do Partido Democrata, com 47 anos, mostrou serenidade e educação, ao contrário do que se presumia, duas ou três coisas interessantes: um bom conhecimentos das mudanças nas inter-acções no plano mundial; o domínio de mecanismos alternativos ao confronto, para a paz mundial; a não divisão do mundo entre bons e maus; o reconhecimento da necessidade dos EUA mudarem de atitude na forma como imaginam e desenham a sua intervenção no plano internacional. Um dos mais “baixos” momentos do debate foi a “treta” das pulseiras das mães de soldados abatidos no Iraque … onde os EUA já gastaram 600.000 milhões de dólares e tiveram de retorno 300.000 feridos e bons negócios privados e um forte déficit orçamental.
Seja como fôr, as divergências ficaram bem claras e nenhum dos candidatos cometeu gafes. As sondagens na Europa dão uma vitória expressiva a Obama ( o que não é uma surpresa….os europeus estão com Obama e este candidato pode efectivamente favorecer a criação de condições na Europa para avanços na União Europeia, uma dinâmica que os republicanos discretamente tem torpedeado). Nos EUA , o dado mais interessante é que para a maioria dos indecisos o candidato democrata ganhou o debate . E isso é uma boa notícia.
A frase fatal da noite foi de Obama: “We also have to recognize that this is a final verdict on eight years of failed economic policies promoted by George Bush, supported by Senator McCain — the theory that basically says that we can shred regulations and consumer protections and give more and more to the most and somehow prosperity will trickle down. […] It hasn’t worked, and I think that the fundamentals of the economy have to be measured by whether or not the middle class is getting a fair shake.”
As anedotas mais notórias foram de McCaim, como a graçola sobre oas letras do KGB que via nos olhos de Putin e, apesar da sua tão apregorada experiência e conhecimento, a atrapalhação ao pronunciar o nome do presidente do Irão, e a gafe ao pronunciar o nome do Qadari o actual presidente do Paquistão, que chamou de Qadari e não de (Asif Ali) Zardari. E ficou no ar a fobia anti-Zapatero, líder de um dos paises aliados NATO.
HAF