8,30-11.00: Actas da Assembleia Constituinte (1911)
11.00-13.00: Burocracia do MEHE, NICPRI e Honoris C.
15.00-16.00: Corrrespondência Projectos de Investigação
16.15-20.00: Actas da Assembleia Constuinte
II
Ainda o Discurso de MFL (Manuela Ferreira Leite).
Trascrevo do jornal Público de ontem: « “ Ao longo de três anos fomos atordoados por títulos de jornais e anúncios de grandes realizações e hoje confrontamo-nos com a realidade de uma pobreza crescente” » [o que é uma verdade claríssima, e uma fortíssima desigualdade social que beneficia uma faixa seguramente muito estreira da Sociedade Portuguesa, uma faixa que pelos vistos não tem dificuldade em comprar em Troia , e sobre isso nada disse] . Mas continuo a citar o dito jornal: « “Na administração pública , na vida económica, no associativismo, nos mais variados sectores podemos recolher testemunhos e exemplos de um clima antidemocrático, puco suadável”». A que parte do espaço nacional a Drª MFL se estava a referir: Continente? Madeira?. Quem lidera o partido que é responsável, há décadas, por um governo regional como o da Madeira, se quer mostrar que se orienta por padrões diferentes dos que compõem a tentação autoritária das maiorias absolutas em Portugal – por deficiente preparação dos principais actores políticos – deverá começar por demarcar-se do lado sinistro daquela experiência…
III A Fundação ResPública
Há muito que defendo (e já o expressei em diversos contextos [em notas deste Diário e em diversas oportunidades na Universidade onde trabalho) que deveria existir um programa académico orientado para a formação de políticos (não de cientistas políticos), com um plano de estudos transversal. A Universidade de Verão do PSD ajuda a formar os jovens políticos do PSD , mas é um momento muito circunstancial e unidirecionado. O anúncio, por parte do PS, da criação de uma Fundação [ResPública] com esse propósito é também uma notícia interessante. Mas será sempre ums instrumento partidário ou partidarizável. Eu acho que o que faz realmente falta é algo como o Salzburg Global Seminar, podendo assumir diversas modalidades institucionais. Uma visita à sua página web é suficientemente inspiradora: http://www.salzburgseminar.org. Pelo menos desde 1970, alguns portugueses tiveram oportunidade de frequentar esta instituição como Fulbrighters: com tal estatuto os primeiros foram José Sasportes e Joaquim Cabeça Padrão (1970-1971).
IV: Évora: tempos difícieis…e sinais perigosos…
a) os aviões a passar
b) o desaparecimento de um elemento básico…salas de cinema~
c) a não-relação cidade-universidade…
V. Moçambique : evocação do 7 de Setembro de 1974
No passado domingo foi feriado nacional em Moçambique, evocando o Acordo de Lusaka
O dia 7 de Setembro é feriado nacional em Moçambique. A data, evoca o Acordo de Lusaka , assinado em 1974 na capital da Zambia, entre o Estado Português, com uma comitiva por Ernesto Augusto Melo Antunes (Ministro sem Pasta). e pela FRELIMO, representada pelo seu Presidente, Samora Moisés Machel . O acto foi naturalmente antecedido de três meses negociações preparatórias em Lusaka e Dar-Es-Salam entre representante do Governo Português [ Dr. Mário Soares, brigadeiro Otelo Saraiva de Carvalho, Dr Almeida Santos, major Melo Antunes e Presidente da Frelimo ). Nelse se fixou criar um governo e período de transição durante o qual se deveria proceder (como se procedeu) à “transferência progressiva dos poderes” , com a data limite de 25 de Junho de 1975 como o dia da proclamação da “ independência completa de Moçambique , […]dia do aniversário da fundação da FRELIMO” [Cf. Diário do Governo, I Série, n.° 210, de 9 de Setembro de 1974.]
Mas na História de Moçambique e de Portugal o dia 7 de setembro representa também o início da Revolta Branca em Lourenço Marques/Maputo [A Revolta do 7 de Setembro] , cidade que foi “palco de graves motins raciais (4 dias) que causaram centenas de vítimas e destruição avaliada em três milhões de contos, numa derradeira tentativa dos colonos portugueses para proclamarem uma “independência” do país sem a Frelimo, mobilizando brancos portugueses rodezianos. Segundo o NYT “A clandestine organization of 'former Portuguese soldiers, which calls itself the Dragons of Death, seized control of Mozambique's main radio station tonight and called for immediate independence for the territory without' the participation of the Front for the Liberation of Mozambique. (NYT 8 Set 1974) [cf.http://www.jornalnoticias.co.mzhttp://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2004/09/moambique_7_de_.html; http://www.macua.org/livros/revolta.htm]
O leitor pode ter ainda ler alguns testemunhos [http://doismaisdoisigualacinco.blogspot.com/2005/09/7-de-setembro.html; http://lanternaacesa.blogspot.com/; http://groups.msn.com/xiconhoca/; etc] ou mesmo uma “outra leitura” , nacionalista, radical e fantasiosa, deste “primeiro” episódio dramático da descolonização portuguesa como a da “Rede de blogues de Apoio ao PNR” [p.ex. http://politicaportugal.wordpress.com/2008/09/07/o-7-de-setembro/].
HAF