30 de Março de 2011
08,30-12,00: aulas TH
Preparação de aulas
HAF
Editorial
Um amigo muito estimado tem uma “FlorBela” , a poetisa, sentada à janela do mundo. A peça é de Pedro Fazenda e hoje permite à poetisa, a partir da Quinta de Santa Rita, um olhar eterno sobre o lado este da cidade de Évora. Todavia ela nem sempre esteve ali. Conheci-a na cidade, no Pátio de S. Miguel , quase debruçada sobre o velho Colégio Espírito Santo (actual “centro” da Universidade de Évora) e com um horizonte que dos “coutos “ orientais da cidade se prolongava, nos dias verdadeiramente transparentes , até Évora-Monte . Mas as coisas da vida são como se fazem. Depois de um par de anos vendo o mundo a partir da cidade , e de mais alguns por outras andanças e paragens, Florbela sentou-se definitivamente para observar a cidade. E lá a encontrará nos anos vindouros quem a souber procurar. À janela, de onde a poetisa gostava de apreciar se não o Mundo, pelo menos o Mar (“Da Minha Janela”, 1923).
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
quinta-feira, março 31
11103º Dia
28 de Março de 2011
I
08,00-13,00: Preparação de aulas
14,30-16,00: Despacho e correspondência…ECS
16,00-17.00: reunião (Rede ESTER e Congresso sobre a República)
17,00-19,30: Leitura de Relatórios (Escrita da História, MHAA)
II
A saga do SCP continua… e parece-me instalada a confusão, pelo menos nos números… . Continuo sem conhecer o corpo eleitoral e em particular a sua distribuição pelas diferentes categorias de eleitores, consoante a antiguidade. Também é muito importante saber quantos eleitores, em cada uma das categoriais votou efectivamente.
HAF
I
08,00-13,00: Preparação de aulas
14,30-16,00: Despacho e correspondência…ECS
16,00-17.00: reunião (Rede ESTER e Congresso sobre a República)
17,00-19,30: Leitura de Relatórios (Escrita da História, MHAA)
II
A saga do SCP continua… e parece-me instalada a confusão, pelo menos nos números… . Continuo sem conhecer o corpo eleitoral e em particular a sua distribuição pelas diferentes categorias de eleitores, consoante a antiguidade. Também é muito importante saber quantos eleitores, em cada uma das categoriais votou efectivamente.
HAF
domingo, março 27
11102º Dia
27 de Março de 2011
I
Dia semi-branco…
II
Sobre a “crise política” duas notas:
a)Há uns dias atrás , uma parte da elite politica portuguesa queria um apuramento exaustivo do estado das contas públicas portuguesas e até se colocou a possibilidade de uma auditoria, do tipo da que se realizou na Grécia. Hoje, já ninguém quer, incluindo “Bruxelas”.
b)Daniel Bessa: “Falência”, Expresso, Caderno de Economia, 26 de Março de 2011: “O Estado português está há muito em processo de falência. A culpa é de todos nós, a começar por mim, que nunca o disse, de forma audível, com esta clareza”. Que comentário merece esta afirmação de um professor universitário e ex-ministro da Economia, Industria, Comércio e Turismo (1995-96) do XIII Governo Constitucional (António Guterres)? Apenas a seguinte: o compromisso político em Portugal oblitera o radicalismo da verdade, que é sempre uma verdade (meramente) política para a nossa gente ficar agarrada ou chegar ao poder.
II
José Sócrates reeleito Secretário Geral do PS com 93,3% dos votos expressos. Opa! Ainda pensei que tivesse sido eleito para SG de um PC dos puros e duros…
III
Noite eleitoral no SCP….Como um grande dia do Clube se transforma num pesadelo nocturno. Tudo indica que na votação para o Conselho Directivo a lista C (Bruno Carvalho) ganhou na contagem um sócio/um voto, enquanto a Lista A (Godinho Lopes) ganhou depois de se aplicar o critério dos “anos de filiação” dos eleitores. A minha perplexidade é isso não ter ocorrido na Assembleia Geral onde ganhou o candidato da Lista C ( Eduardo Barroso) . Como conheço eleitores que cujas escolhas de lista variaram consoante os órgãos… vamos ter de conhecer as contas finais muito bem… Até ao final da recontagem (e eventualmente depois dela) o Eng. Godinho Lopes é o nosso presidente. Se assim for, veremos do que é capaz. E é bom que perceba que não tem a preferência da maioria dos sócios (não dos votos) do SCP.
Há todavia uma aspecto que me deixa perplexo: ser que a vespertina contestação dos sócios, face à sequência com que se conhecem os dois resultados – anuncio informal da vitória de Bruno Carvalho, com festejos; anúncio dos resultados finais já com a aplicação do critério do peso dos votos em função da antiguidade dos eleitores - , se ficou a dever ao desconhecimento público das regras de apuramento eleitoral? Talvez.
Ainda hoje falei com sócios de muitos anos que ignoravam esta regra. É verdade que na página Web do SCP há informação suficiente para o sócio conhecer as regras essenciais.
Nos estatutos do Clube (1996, com as alterações posteriores ) estabeleceram-se algumas diferenças nos direitos dos sócios efectivos consoante a antiguidade (como eleitores e elegíveis; no nº 2 do artº 20, ) e quanto ao “peso” eleitoral dos sócios efectivos. Neste último caso fixa-se que “Por cada decénio de inscrição ininterrupta, os sócios efectivos terão mais três votos, para efeitos de votação nas Assembleias Gerais, de requerimento da sua convocação e de propositura de candidaturas” (artº 43, nº 2).. Não está disponível o regulamento eleitoral (e devia estar).
“Nas eleições do Sporting Clube de Portugal apenas poderão votar todos os sócios efectivos (maiores de 18 anos), e que tenham sido admitidos na categoria em cima mencionada, pelo menos há 12 meses. Os sócios correspondentes e sócios atletas não poderão votar. Quanto aos sócios efectivos, para que possam participar no acto eleitoral, terão de ter a quota de Fevereiro de 2011 regularizada.” E seguem-se nas “informações a ter em conta”, o “sabe quantos votos tens?” que informa:
Do sócio n.º 1 ao n.º 19 - 25 votos
Do sócio n.º 20 ao n.º 113 - 22 votos
Do sócio n.º 114 ao n.º 689 - 19 votos
Do sócio n.º 690 ao n.º 2140 - 16 votos
Do sócio n.º 2141 ao n.º 4535 - 13 votos
Do sócio n.º 4536 ao n.º 9907 - 10 votos
Do sócio n.º 9908 ao n.º 20210 - 7 votos
Do sócio n.º 20211 ao n.º 43928 - 4 votos
Do sócio n.º 43929 ao n.º 83034 - 1 voto
[cf.: http://www.forumsporting1906.com/announces/candidatos-presidencia-quem-t9654-1065.html]
Foi até “ criada uma área, no sítio oficial do Sporting (http://www.sporting.pt/ Clube/eleicoes2011.asp), totalmente dedicada ao acto eleitoral, onde foram colocadas todas as informações referentes às eleições, bem como os elementos que compõem todas as listas concorrentes, os eleitores (quem pode votar e o número de votos de que dispõe).
Duas notas finais. Deveria haver informação pública (indispensável) sobre a distribuições de eleitores pelas diversas categoriais de “antiguidade”. Em segundo lugar, é indispensável discutir sobre a manutenção de um sistema baseado no diferente peso eleitoral do sócio em função da antiguidade, um modelo claramente elitista e conservador.
HAF
I
Dia semi-branco…
II
Sobre a “crise política” duas notas:
a)Há uns dias atrás , uma parte da elite politica portuguesa queria um apuramento exaustivo do estado das contas públicas portuguesas e até se colocou a possibilidade de uma auditoria, do tipo da que se realizou na Grécia. Hoje, já ninguém quer, incluindo “Bruxelas”.
b)Daniel Bessa: “Falência”, Expresso, Caderno de Economia, 26 de Março de 2011: “O Estado português está há muito em processo de falência. A culpa é de todos nós, a começar por mim, que nunca o disse, de forma audível, com esta clareza”. Que comentário merece esta afirmação de um professor universitário e ex-ministro da Economia, Industria, Comércio e Turismo (1995-96) do XIII Governo Constitucional (António Guterres)? Apenas a seguinte: o compromisso político em Portugal oblitera o radicalismo da verdade, que é sempre uma verdade (meramente) política para a nossa gente ficar agarrada ou chegar ao poder.
II
José Sócrates reeleito Secretário Geral do PS com 93,3% dos votos expressos. Opa! Ainda pensei que tivesse sido eleito para SG de um PC dos puros e duros…
III
Noite eleitoral no SCP….Como um grande dia do Clube se transforma num pesadelo nocturno. Tudo indica que na votação para o Conselho Directivo a lista C (Bruno Carvalho) ganhou na contagem um sócio/um voto, enquanto a Lista A (Godinho Lopes) ganhou depois de se aplicar o critério dos “anos de filiação” dos eleitores. A minha perplexidade é isso não ter ocorrido na Assembleia Geral onde ganhou o candidato da Lista C ( Eduardo Barroso) . Como conheço eleitores que cujas escolhas de lista variaram consoante os órgãos… vamos ter de conhecer as contas finais muito bem… Até ao final da recontagem (e eventualmente depois dela) o Eng. Godinho Lopes é o nosso presidente. Se assim for, veremos do que é capaz. E é bom que perceba que não tem a preferência da maioria dos sócios (não dos votos) do SCP.
Há todavia uma aspecto que me deixa perplexo: ser que a vespertina contestação dos sócios, face à sequência com que se conhecem os dois resultados – anuncio informal da vitória de Bruno Carvalho, com festejos; anúncio dos resultados finais já com a aplicação do critério do peso dos votos em função da antiguidade dos eleitores - , se ficou a dever ao desconhecimento público das regras de apuramento eleitoral? Talvez.
Ainda hoje falei com sócios de muitos anos que ignoravam esta regra. É verdade que na página Web do SCP há informação suficiente para o sócio conhecer as regras essenciais.
Nos estatutos do Clube (1996, com as alterações posteriores ) estabeleceram-se algumas diferenças nos direitos dos sócios efectivos consoante a antiguidade (como eleitores e elegíveis; no nº 2 do artº 20, ) e quanto ao “peso” eleitoral dos sócios efectivos. Neste último caso fixa-se que “Por cada decénio de inscrição ininterrupta, os sócios efectivos terão mais três votos, para efeitos de votação nas Assembleias Gerais, de requerimento da sua convocação e de propositura de candidaturas” (artº 43, nº 2).. Não está disponível o regulamento eleitoral (e devia estar).
“Nas eleições do Sporting Clube de Portugal apenas poderão votar todos os sócios efectivos (maiores de 18 anos), e que tenham sido admitidos na categoria em cima mencionada, pelo menos há 12 meses. Os sócios correspondentes e sócios atletas não poderão votar. Quanto aos sócios efectivos, para que possam participar no acto eleitoral, terão de ter a quota de Fevereiro de 2011 regularizada.” E seguem-se nas “informações a ter em conta”, o “sabe quantos votos tens?” que informa:
Do sócio n.º 1 ao n.º 19 - 25 votos
Do sócio n.º 20 ao n.º 113 - 22 votos
Do sócio n.º 114 ao n.º 689 - 19 votos
Do sócio n.º 690 ao n.º 2140 - 16 votos
Do sócio n.º 2141 ao n.º 4535 - 13 votos
Do sócio n.º 4536 ao n.º 9907 - 10 votos
Do sócio n.º 9908 ao n.º 20210 - 7 votos
Do sócio n.º 20211 ao n.º 43928 - 4 votos
Do sócio n.º 43929 ao n.º 83034 - 1 voto
[cf.: http://www.forumsporting1906.com/announces/candidatos-presidencia-quem-t9654-1065.html]
Foi até “ criada uma área, no sítio oficial do Sporting (http://www.sporting.pt/ Clube/eleicoes2011.asp), totalmente dedicada ao acto eleitoral, onde foram colocadas todas as informações referentes às eleições, bem como os elementos que compõem todas as listas concorrentes, os eleitores (quem pode votar e o número de votos de que dispõe).
Duas notas finais. Deveria haver informação pública (indispensável) sobre a distribuições de eleitores pelas diversas categoriais de “antiguidade”. Em segundo lugar, é indispensável discutir sobre a manutenção de um sistema baseado no diferente peso eleitoral do sócio em função da antiguidade, um modelo claramente elitista e conservador.
HAF
11101º Dia
sexta-feira, março 25
11100º Dia
11099º Dia
24 de Março de 2011
Biografia de JA (DHPR&R): arrumada
14,00-15,00: Despacho do CC ECS UE
19,00-20,00: Revisão final do relatório científico do NICPRI.UE para a FCT
HAF
Biografia de JA (DHPR&R): arrumada
14,00-15,00: Despacho do CC ECS UE
19,00-20,00: Revisão final do relatório científico do NICPRI.UE para a FCT
HAF
quarta-feira, março 23
11098º Dia
23 de Março de 2011
I
08,30-10,00: Sessão Teoria da História
10,30-12,30: Mesa do CC ECS UÉ
14,30-18,00- CC ECS UÉ
II
Albrecht Hagemann: Nelson Mandela, Edição Expresso , 2011. É uma boa iniciativa do Expresso, a publicação de uma série de oito biografias numa colecção “A minha vida deu um livro”. A primeira foi a de Fernando Pessoa: ainda não a li, mas quem a leu cá em casa achou-a uma verdadeira chatice. Um dia deito-lhe o olho. A mais recente é a de JFK, vou começar a ler.
Li a segunda da série, sobre Nelson Mandela. O autor é um historiador alemão doutorado pela “Escola de Bielefeld”, com diversos estudos académicos sobre a África do Sul, incluindo a tese doutoral (Sudafrika und das 'Dritte Reich' - Rassenpolitische Affinität und machtpolitische) . Hagemann é autor de várias biografias tendo recentemente publicado a de Mahatma Gandhi (2008) we Fidel de Castro (2002).
A biografia editada agora pelo Expresso foi publicada em inglês em 1996 na África do Sul (Johannesburg, pela Fontein Books). Mas pelas referências da edição portuguesa, deduz-se que a obra foi traduzida da edição original ( Taschenbuch Verlag GmbH, reinbek bei Hamburgo, 1995). E não foi. Na verdade uma biografia de 1995 não pode ter no “Epílogo” referências factuais a 2007, 2009 e 2010. Por isso o editor português também não trabalhou sobre as edições alemãs de 2000 e 2008. Percebe-se que o autor “actualiza” o epílogo cada vez que há uma nova edição.
O livro, mesmo com o essencial publicado há mais de 15 anos, é interessante como obra de divulgação (é nesse plano que o autor trabalha e, pelos vistos, com sucesso). Não conheço nem a edição original nem a inglesa. Mesmo assim dá para perceber que a tradução portuguesa é muito desleixada, deixando-nos, pela incúria, perplexos em muitos passos da obra. A equipe de tradução do JFK foi ampliada, veremos se o resultado é melhor.
Inaceitável, sem justificação editorial, em toda a série “a minha vida deu um livro”, é o critério de na capa não constar o nome do autor da obra, sublinhando-se o do prefaciador.
III
No dia em que ficamos a saber que o deficit de 2010 não é de 6 ou 7% mas de 8 ou 9%e que percebemos desconhecer o estado real das contas públicas - os nossos sacrifícios foram à vida…para o pessoal do BPN , das PPP, e restante clientocracia -há uma boa notícia: o XVIII Governo Constitucional Português chegou ao fim, exausto de tudo, de ideias, de sentido democrático, de “fair-play”, de lealdade, de credibilidade, etc., etc…. O país liberta-se como um pássaro mesmo que, abrindo-se a porta da gaiola, venha a ficar a jeito do “felino externo” . Mas primeiro, que fale o povo.
HAF
I
08,30-10,00: Sessão Teoria da História
10,30-12,30: Mesa do CC ECS UÉ
14,30-18,00- CC ECS UÉ
II
Albrecht Hagemann: Nelson Mandela, Edição Expresso , 2011. É uma boa iniciativa do Expresso, a publicação de uma série de oito biografias numa colecção “A minha vida deu um livro”. A primeira foi a de Fernando Pessoa: ainda não a li, mas quem a leu cá em casa achou-a uma verdadeira chatice. Um dia deito-lhe o olho. A mais recente é a de JFK, vou começar a ler.
Li a segunda da série, sobre Nelson Mandela. O autor é um historiador alemão doutorado pela “Escola de Bielefeld”, com diversos estudos académicos sobre a África do Sul, incluindo a tese doutoral (Sudafrika und das 'Dritte Reich' - Rassenpolitische Affinität und machtpolitische) . Hagemann é autor de várias biografias tendo recentemente publicado a de Mahatma Gandhi (2008) we Fidel de Castro (2002).
A biografia editada agora pelo Expresso foi publicada em inglês em 1996 na África do Sul (Johannesburg, pela Fontein Books). Mas pelas referências da edição portuguesa, deduz-se que a obra foi traduzida da edição original ( Taschenbuch Verlag GmbH, reinbek bei Hamburgo, 1995). E não foi. Na verdade uma biografia de 1995 não pode ter no “Epílogo” referências factuais a 2007, 2009 e 2010. Por isso o editor português também não trabalhou sobre as edições alemãs de 2000 e 2008. Percebe-se que o autor “actualiza” o epílogo cada vez que há uma nova edição.
O livro, mesmo com o essencial publicado há mais de 15 anos, é interessante como obra de divulgação (é nesse plano que o autor trabalha e, pelos vistos, com sucesso). Não conheço nem a edição original nem a inglesa. Mesmo assim dá para perceber que a tradução portuguesa é muito desleixada, deixando-nos, pela incúria, perplexos em muitos passos da obra. A equipe de tradução do JFK foi ampliada, veremos se o resultado é melhor.
Inaceitável, sem justificação editorial, em toda a série “a minha vida deu um livro”, é o critério de na capa não constar o nome do autor da obra, sublinhando-se o do prefaciador.
III
No dia em que ficamos a saber que o deficit de 2010 não é de 6 ou 7% mas de 8 ou 9%e que percebemos desconhecer o estado real das contas públicas - os nossos sacrifícios foram à vida…para o pessoal do BPN , das PPP, e restante clientocracia -há uma boa notícia: o XVIII Governo Constitucional Português chegou ao fim, exausto de tudo, de ideias, de sentido democrático, de “fair-play”, de lealdade, de credibilidade, etc., etc…. O país liberta-se como um pássaro mesmo que, abrindo-se a porta da gaiola, venha a ficar a jeito do “felino externo” . Mas primeiro, que fale o povo.
HAF
terça-feira, março 22
11097º Dia
22 de Março de 2011
I
DHPR&R (biografia de JA)
II. Foi há 100 anos. O Decreto das “Bolsas e Pensões de Estudo” que criou as Universidades de Lisboa e Porto.
O Diário do Governo de 24 de Março de 1911, publicou, com data de 22 de Março p.p., o decreto fundador das universidades de Lisboa e Porto. Todavia o foco do referido decreto foram as “ Bolsas e Pensões de Estudo”, aspecto que foi posto em relevo pela imprensa da época que o transcreveu (“Bolsas de Estudo”, DN, 24-03-1911).
De facto no preâmbulo da lei escreveu-se :
“Considerando que a frequência regular da Instrucção Secundária e Superior, demanda tal sacrifício de tempo e dinheiro, que a constitue em privilégio de ricos e remediados, tornando-a inaccessível , de facto, a muitos estudiosos com mérito e aptidões, mas desprovidos de recursos;
Considerando que um dos primeiros deveres do Estado democrático é assegurar a todos os cidadãos, sem distincção de fortuna, a possibilidade de se elevarem aos mais altos graus de cultura, quando d`isso sejam capazes, por forma que a Democracia constitua, segundo a bella definição do imortal «Pasteur», aquella forma de estado que permitte a cada individuo produzir o seu máximo esforço e desenvolver, em toda a plenitude , a sua personalidade:
Considerando que, para realisar esse fim, os modernos estados europeus, como a França, Itália, Bélgica, Suissa e as republicas americanas, teem instituído «Bolsas Escolares ou pensões de estudo», dotadas pelo Parlamento, pelas províncias ou pelos municípios, e destinadas a subsidiar os estudantes pobres e de mérito, durante a sua frequência nos estudos secundários e superiores :
Considerando que a instituição das Bolsas de Estudo, que promana em toda a sua belleza dos princípios da grande revolução além de essencialmente democrática, tem sido, em todos os paizes em que vigora altamente fructuosa para o ensino público, trazendo às Universidades uma verdadeira «elite» de alumnos, adstrictos à assiduidade, treinados no esforço e seleccionados pelo seu mérito das famílias mais humildes da Nação;
Considerando que a presença d`essa «elite» nos lyceus e, especialmente, nos cursos superiores, irá exercer uma verdadeira acção excitante ao trabalho, sobre a massa geral dos alumnos, elevando o nível dos estudos e melhorando o coefficiente da sua utilização;
Considerando, por outro lado, a vantagem de promover que os mais distinctos , entre os jovens estudiosos, vão temporariamente ao estrangeiro, para se aperfeiçoarem e especializarem nos seus estudos;
Atendendo, com effeito, a que, para a transformação e desenvolvimento da cultura nacional , no sentido moderno, e para a organização scientífica da vida económica do paiz, não basta importar como, até aqui, na sua expressão livresca e em fórmulas já feitas, os resultados obtidos nas nações mais adeantadas e progressivas, mas o faz mister que a juventude portuguêsa assimille, directamente e «in loco», os methodos de ensino, de creação e de applicação das sciências para os implantar entre nós e crear centros autónomos de cultura nacional:
Attendendo a que o exemplo bem patente de outras nações, em condições análogas à nossa, demonstra, com o rigor de uma verdadeira experiência política, que este é o processo mais efficaz de promover o rápido desenvolvimento dos povos recém-nascidos para a vida moderna, como o proclama bem alto o successo com que foi posto em pratica pelo Japão e por certos estados Balkanicos e da América do Sul:
O Governo Provisório da República Portuguêsa faz saber que em nome da República se decretou , para valer como lei, o seguinte:
Artº 1 : No Território da República , além da Universidade de Coimbra já existente, são creadas mais duas Universidades , uma com sede em Lisboa e outra no Porto”, ficando também dito que “ o Governo publicará ulteriormente um diploma sobre a constituição universitária”.
Artº 2: Em cada Universidade será instituído um fundo universitário de Bolsas ou pensões de estudo que se destinam: a) A subsidiar , durante o curso dos Lyceus , os estudantes pobres e de mérito que não tenham recursos […] : «Bolsas Lyceaes». c) A subsidiar, nas Faculdades e Escolas das Universidades, os antigos pensionistas do lyceu, que se habilitem a prosseguir os estudos superiores, ou estudantes que se encontrem em idênticas condições : « Bolsas Universitárias; c) a enviar anualmente ao estrangeiro, a fim de se aperfeiçoarem ou especializarem nos seus estudos, os recém diplomados da Universidade que tenham concluído o seu curso, com distincção, nos termos da presente lei: «Bolsas de Aperfeiçoamento no estrangeiro». Estabeleceu-se ainda que “a aplicação das Bolsas de qualquer categoria é feita annualmente, por concurso, tendo por base o mérito do candidato e os recursos e encargos de educação da família »
As “novas” Universidades de Lisboa e do Porto, inicialmente resultantes da junção de diversas escolas superiores constituídas por governos monárquicos –liberais desde 1836-1837 agora convertidas em Faculdades e Escolas anexas, e a Universidade “reformada” de Coimbra, foram, um mês depois, dotadas de uma “Constituição Universitária” , assinada em 19 de Abril e publicada no DR de 22 de Abril de 1911.
HAF
I
DHPR&R (biografia de JA)
II. Foi há 100 anos. O Decreto das “Bolsas e Pensões de Estudo” que criou as Universidades de Lisboa e Porto.
O Diário do Governo de 24 de Março de 1911, publicou, com data de 22 de Março p.p., o decreto fundador das universidades de Lisboa e Porto. Todavia o foco do referido decreto foram as “ Bolsas e Pensões de Estudo”, aspecto que foi posto em relevo pela imprensa da época que o transcreveu (“Bolsas de Estudo”, DN, 24-03-1911).
De facto no preâmbulo da lei escreveu-se :
“Considerando que a frequência regular da Instrucção Secundária e Superior, demanda tal sacrifício de tempo e dinheiro, que a constitue em privilégio de ricos e remediados, tornando-a inaccessível , de facto, a muitos estudiosos com mérito e aptidões, mas desprovidos de recursos;
Considerando que um dos primeiros deveres do Estado democrático é assegurar a todos os cidadãos, sem distincção de fortuna, a possibilidade de se elevarem aos mais altos graus de cultura, quando d`isso sejam capazes, por forma que a Democracia constitua, segundo a bella definição do imortal «Pasteur», aquella forma de estado que permitte a cada individuo produzir o seu máximo esforço e desenvolver, em toda a plenitude , a sua personalidade:
Considerando que, para realisar esse fim, os modernos estados europeus, como a França, Itália, Bélgica, Suissa e as republicas americanas, teem instituído «Bolsas Escolares ou pensões de estudo», dotadas pelo Parlamento, pelas províncias ou pelos municípios, e destinadas a subsidiar os estudantes pobres e de mérito, durante a sua frequência nos estudos secundários e superiores :
Considerando que a instituição das Bolsas de Estudo, que promana em toda a sua belleza dos princípios da grande revolução além de essencialmente democrática, tem sido, em todos os paizes em que vigora altamente fructuosa para o ensino público, trazendo às Universidades uma verdadeira «elite» de alumnos, adstrictos à assiduidade, treinados no esforço e seleccionados pelo seu mérito das famílias mais humildes da Nação;
Considerando que a presença d`essa «elite» nos lyceus e, especialmente, nos cursos superiores, irá exercer uma verdadeira acção excitante ao trabalho, sobre a massa geral dos alumnos, elevando o nível dos estudos e melhorando o coefficiente da sua utilização;
Considerando, por outro lado, a vantagem de promover que os mais distinctos , entre os jovens estudiosos, vão temporariamente ao estrangeiro, para se aperfeiçoarem e especializarem nos seus estudos;
Atendendo, com effeito, a que, para a transformação e desenvolvimento da cultura nacional , no sentido moderno, e para a organização scientífica da vida económica do paiz, não basta importar como, até aqui, na sua expressão livresca e em fórmulas já feitas, os resultados obtidos nas nações mais adeantadas e progressivas, mas o faz mister que a juventude portuguêsa assimille, directamente e «in loco», os methodos de ensino, de creação e de applicação das sciências para os implantar entre nós e crear centros autónomos de cultura nacional:
Attendendo a que o exemplo bem patente de outras nações, em condições análogas à nossa, demonstra, com o rigor de uma verdadeira experiência política, que este é o processo mais efficaz de promover o rápido desenvolvimento dos povos recém-nascidos para a vida moderna, como o proclama bem alto o successo com que foi posto em pratica pelo Japão e por certos estados Balkanicos e da América do Sul:
O Governo Provisório da República Portuguêsa faz saber que em nome da República se decretou , para valer como lei, o seguinte:
Artº 1 : No Território da República , além da Universidade de Coimbra já existente, são creadas mais duas Universidades , uma com sede em Lisboa e outra no Porto”, ficando também dito que “ o Governo publicará ulteriormente um diploma sobre a constituição universitária”.
Artº 2: Em cada Universidade será instituído um fundo universitário de Bolsas ou pensões de estudo que se destinam: a) A subsidiar , durante o curso dos Lyceus , os estudantes pobres e de mérito que não tenham recursos […] : «Bolsas Lyceaes». c) A subsidiar, nas Faculdades e Escolas das Universidades, os antigos pensionistas do lyceu, que se habilitem a prosseguir os estudos superiores, ou estudantes que se encontrem em idênticas condições : « Bolsas Universitárias; c) a enviar anualmente ao estrangeiro, a fim de se aperfeiçoarem ou especializarem nos seus estudos, os recém diplomados da Universidade que tenham concluído o seu curso, com distincção, nos termos da presente lei: «Bolsas de Aperfeiçoamento no estrangeiro». Estabeleceu-se ainda que “a aplicação das Bolsas de qualquer categoria é feita annualmente, por concurso, tendo por base o mérito do candidato e os recursos e encargos de educação da família »
As “novas” Universidades de Lisboa e do Porto, inicialmente resultantes da junção de diversas escolas superiores constituídas por governos monárquicos –liberais desde 1836-1837 agora convertidas em Faculdades e Escolas anexas, e a Universidade “reformada” de Coimbra, foram, um mês depois, dotadas de uma “Constituição Universitária” , assinada em 19 de Abril e publicada no DR de 22 de Abril de 1911.
HAF
segunda-feira, março 21
11096º Dia
21 de Março de 2011
08,00-12,00: DHPR&R
14.00-16.00: Despacho CC ECS UÉ
16.00-18.00: Orçamento e Relatório NICPRI.UE
19,00-21.00: Revisão de trabalhos (Escrita da História)
HAF
08,00-12,00: DHPR&R
14.00-16.00: Despacho CC ECS UÉ
16.00-18.00: Orçamento e Relatório NICPRI.UE
19,00-21.00: Revisão de trabalhos (Escrita da História)
HAF
11095º Dia
20 de Março de 2011
I
Leitura de trabalhos e de teses
II
A degradação da vida política portuguesa – onde a mentira pura e dura é usada com o maior dos desplantes – é compensada pela graçola khadfiana sobre um governo que não é bem um “traidor” porque foi intoxicado pela propaganda e por isso desculpável…
III
O Público antecipa em alguns dias a evocação do centenário da criação das Universidades de Lisboa e Porto, dedicando quatro páginas ao assunto, identificando alguns marcos históricos das duas Universidades a que acrescenta depoimentos telegráficos de alguns antigos alunos que se tornaram notáveis e, o mais importante, uma depoimento e entrevista com os respectivos reitores, de duas universidades cuja organização actual é distinta, uma vez que a do norte adoptou o modelo fundacional (que a outra não repudia….) .
Ambos são ambiciosos, visionários e percebe-se que tem um caminho próprio em mente e em construção. São exemplos que não colidem (não podem colidir) com a ideia de uma gestão profissionalizada das universidades.
Por algumas razões aprecio em particular o perfil e a clareza visionária do Reitor da Universidade de Lisboa. A sua disponibilidade para o exercício do lugar de Reitor foi uma prenda antecipada de que aquela instituição beneficia desde Maio de 2006. Partilho com ele pelo menos duas coisas. A primeira, é a visão da universidade de (com) futuro: “ haverá uma reorganização e a universidade será maior, mas vai ter menos faculdades. Será uma universidade com mais massa crítica e também com mais extensões no mundo” (Ásia, África e Brasil). A escala das universidades pode aumentar internamente através da” fusão”de instituições (“Acho que Portugal não deveria ter mais do que sete ou oito universidades”). A segunda, é a avaliação do desempenho do actual titular da pasta do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia: Na área do Ensino Superior chumbava o ministro Mariano Gago. Eu também, mas estendo a apreciação à área de investigação pois não foi capaz de fazer da FCT um exemplo da meritocracia científica. Eu também percebo o silêncio de alguns dirigentes universitários nesta matéria.
IV
HAF
I
Leitura de trabalhos e de teses
II
A degradação da vida política portuguesa – onde a mentira pura e dura é usada com o maior dos desplantes – é compensada pela graçola khadfiana sobre um governo que não é bem um “traidor” porque foi intoxicado pela propaganda e por isso desculpável…
III
O Público antecipa em alguns dias a evocação do centenário da criação das Universidades de Lisboa e Porto, dedicando quatro páginas ao assunto, identificando alguns marcos históricos das duas Universidades a que acrescenta depoimentos telegráficos de alguns antigos alunos que se tornaram notáveis e, o mais importante, uma depoimento e entrevista com os respectivos reitores, de duas universidades cuja organização actual é distinta, uma vez que a do norte adoptou o modelo fundacional (que a outra não repudia….) .
Ambos são ambiciosos, visionários e percebe-se que tem um caminho próprio em mente e em construção. São exemplos que não colidem (não podem colidir) com a ideia de uma gestão profissionalizada das universidades.
Por algumas razões aprecio em particular o perfil e a clareza visionária do Reitor da Universidade de Lisboa. A sua disponibilidade para o exercício do lugar de Reitor foi uma prenda antecipada de que aquela instituição beneficia desde Maio de 2006. Partilho com ele pelo menos duas coisas. A primeira, é a visão da universidade de (com) futuro: “ haverá uma reorganização e a universidade será maior, mas vai ter menos faculdades. Será uma universidade com mais massa crítica e também com mais extensões no mundo” (Ásia, África e Brasil). A escala das universidades pode aumentar internamente através da” fusão”de instituições (“Acho que Portugal não deveria ter mais do que sete ou oito universidades”). A segunda, é a avaliação do desempenho do actual titular da pasta do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia: Na área do Ensino Superior chumbava o ministro Mariano Gago. Eu também, mas estendo a apreciação à área de investigação pois não foi capaz de fazer da FCT um exemplo da meritocracia científica. Eu também percebo o silêncio de alguns dirigentes universitários nesta matéria.
IV
HAF
sábado, março 19
11094º Dia
19 de Março de 2011
I
Leitura de trabalhos e de teses
II
A Teresa surpreendeu-me....
III
A degradação da vida política portuguesa – onde a mentira pura e dura é usada com o maior dos desplantes – é compensada pela graçola kadafiana sobre um governo que não é bem um “traidor” porque foi intoxicado pela propaganda e por isso desculpável…
HAF
I
Leitura de trabalhos e de teses
II
A Teresa surpreendeu-me....
III
A degradação da vida política portuguesa – onde a mentira pura e dura é usada com o maior dos desplantes – é compensada pela graçola kadafiana sobre um governo que não é bem um “traidor” porque foi intoxicado pela propaganda e por isso desculpável…
HAF
11093º Dia
18 de Março de 2011
I
08,30-10,00: CC ECS
10,00-12,00: Preparação de aulas
14,30-17,00: Seminário MEHE
17,00-20.00: Seminário MRIEE
II
Noticias sobre “Opas” universitárias. Será?
HAF
I
08,30-10,00: CC ECS
10,00-12,00: Preparação de aulas
14,30-17,00: Seminário MEHE
17,00-20.00: Seminário MRIEE
II
Noticias sobre “Opas” universitárias. Será?
HAF
11092º Dia
17 de Março de 2011
08,30-10,00: Aula Teoria da História
10,00-12,00: CC ECS
14,00-20,00: preparação de aulas
HAF
08,30-10,00: Aula Teoria da História
10,00-12,00: CC ECS
14,00-20,00: preparação de aulas
HAF
11091º Dia
16 de Março de 2011
Dia da ECS.
10-18,00 : Dia da visita “especial” da Delegação do ISCED –Luanda . Muito útil.
18,30-20,00: Tutoria (tese de mestrado)
HAF
Dia da ECS.
10-18,00 : Dia da visita “especial” da Delegação do ISCED –Luanda . Muito útil.
18,30-20,00: Tutoria (tese de mestrado)
HAF
terça-feira, março 15
11090º Dia
15 de Março de 2011
I
08,00-20,00: preparação de aulas (e da visita da comitiva do ISCED-Luanda)
II
Fiquei , finalmente, a conhecer o programa da visita de uma extensa “Delegação de Angola a Portugal” constituída por representantes de várias instituições do Ensino Superior sob a liderança da Ministra. Com um extenso programa oficial de cinco dias e visitas agendadas a todas as universidades excepto U. Algarve, U. Évora, UBI e UTAD ? Porquê? Na parte que nos toca… uma má imagem? Um mau trabalho?
III. Foi há cinquenta anos que começou. A Guerra Colonial merece uma história cognitiva…
I
08,00-20,00: preparação de aulas (e da visita da comitiva do ISCED-Luanda)
II
Fiquei , finalmente, a conhecer o programa da visita de uma extensa “Delegação de Angola a Portugal” constituída por representantes de várias instituições do Ensino Superior sob a liderança da Ministra. Com um extenso programa oficial de cinco dias e visitas agendadas a todas as universidades excepto U. Algarve, U. Évora, UBI e UTAD ? Porquê? Na parte que nos toca… uma má imagem? Um mau trabalho?
III. Foi há cinquenta anos que começou. A Guerra Colonial merece uma história cognitiva…
11089º Dia
14 de Março de 2011
I
08,00-12,30: DHPR&R
14,00-16,00: Despacho CC ECS UE
16,00-18,00: Despacho NICPRI.UÉ e orçamento
18,00-22.00: Preparação de aulas
II
A “Declaração de Sócrates” e o velho choradinho do “patriota” vs os “outros”, ou os “alguém” que despresam a pátria em favor de outros interesses (ilegítimos, claro). Com a história da “desnecessidade” (apetece-me usar este termo angolano) da ajuda externa o 1º Ministro fez lembrar Salazar (1928) que não aceitou as condições da ajuda da Sociedade das Nações mas andou a pedir aos banqueiros londrinos, que se mostraram disponíveis para ajudar desde que com o aval da Sociedade das Nações.
A verdade é que, o que Sócrates disse, disse-o com um enorme atraso e acho que pouca autoridade. Se não foi capaz até agora, depois de inúmeras promessas, que razões há para pensar que o conseguirá realizar agora? Pelo que percebi pela imprensa, as pessoas estavam à espera que anunciasse outra coisa.
HAF
I
08,00-12,30: DHPR&R
14,00-16,00: Despacho CC ECS UE
16,00-18,00: Despacho NICPRI.UÉ e orçamento
18,00-22.00: Preparação de aulas
II
A “Declaração de Sócrates” e o velho choradinho do “patriota” vs os “outros”, ou os “alguém” que despresam a pátria em favor de outros interesses (ilegítimos, claro). Com a história da “desnecessidade” (apetece-me usar este termo angolano) da ajuda externa o 1º Ministro fez lembrar Salazar (1928) que não aceitou as condições da ajuda da Sociedade das Nações mas andou a pedir aos banqueiros londrinos, que se mostraram disponíveis para ajudar desde que com o aval da Sociedade das Nações.
A verdade é que, o que Sócrates disse, disse-o com um enorme atraso e acho que pouca autoridade. Se não foi capaz até agora, depois de inúmeras promessas, que razões há para pensar que o conseguirá realizar agora? Pelo que percebi pela imprensa, as pessoas estavam à espera que anunciasse outra coisa.
HAF
11088º Dia
13 de Março de 2011
I
Dicionário HR&R
Preparação de aulas
II
DA SOCIEDADE DOS ASSALARIADOS (H. Perkin) À SOCIEDADE DO PRECARIATO
Retive algumas das palavras de ordem da manifestação trans-geracional de ontem:
“Todos Diferentes, todos precários”
“Eles é que vivem acima das nossas possibilidades “
III
Expresso: “Wikileaks Portugal”, uma elite de “bufos”
Apesar de Portugal integrar a União Europeia, cujas instituições deve respeitar assegurando, entre outros, o mais elementar dever de confidencialidade, os relatórios confidenciais do embaixador americano em Portugal, entre 2006 e 2009, mostram uma elite governante e burocrática constituída por autênticos bufos. Pode ler-se no Expresso de ontem:
a) “Durante três anos seguidos…os Estados Unidos obtiveram regular e sistematicamente informações sobre a política externa portuguesa e europeia, seguindo de perto alguns dossiês e pressionando os que consideravam mais “sensíveis” .
b) “Antes de cada conselho europeu de ministros de Negócios Estrangeiros, Portugal informa(va) os EUA sobre o que se vai(ia) passar.”
c) Sobre o “método de infiltração “ e o recurso a “bufos”: “ ao longo de 722 telegramas enviados pela embaixada dos EUA em Lisboa para Washington, entre Fevereiro de 2006 e fevereiro de 2010, os diplomatas americanos desenvolveram contactos com pelo menos 87 pessoas colocadas em posições-chave no governo português e em algumas instituições do Estado, ao mesmo tempo que mantinham uma agenda de encontros de alto nível, como ministros e secretários de estado”
d) “A máquina diplomática americana usou os contactos de nível intermédio para se infiltrar no Governo e perceber com maior detalhe as discussões internas em relação à política nacional e às posições assumidas dentro e fora da União Europeia em dossiês específicos…”
Em edições anteriores já tínhamos ficado a saber como neste país onde há “mais generais e almirantes por soldado do que quase todas as outras forças armadas modernas” , os americanos tem um particular apreço pelo MNE, Luis Amado (Expresso, 26 fev. 2011)
HAF
I
Dicionário HR&R
Preparação de aulas
II
DA SOCIEDADE DOS ASSALARIADOS (H. Perkin) À SOCIEDADE DO PRECARIATO
Retive algumas das palavras de ordem da manifestação trans-geracional de ontem:
“Todos Diferentes, todos precários”
“Eles é que vivem acima das nossas possibilidades “
III
Expresso: “Wikileaks Portugal”, uma elite de “bufos”
Apesar de Portugal integrar a União Europeia, cujas instituições deve respeitar assegurando, entre outros, o mais elementar dever de confidencialidade, os relatórios confidenciais do embaixador americano em Portugal, entre 2006 e 2009, mostram uma elite governante e burocrática constituída por autênticos bufos. Pode ler-se no Expresso de ontem:
a) “Durante três anos seguidos…os Estados Unidos obtiveram regular e sistematicamente informações sobre a política externa portuguesa e europeia, seguindo de perto alguns dossiês e pressionando os que consideravam mais “sensíveis” .
b) “Antes de cada conselho europeu de ministros de Negócios Estrangeiros, Portugal informa(va) os EUA sobre o que se vai(ia) passar.”
c) Sobre o “método de infiltração “ e o recurso a “bufos”: “ ao longo de 722 telegramas enviados pela embaixada dos EUA em Lisboa para Washington, entre Fevereiro de 2006 e fevereiro de 2010, os diplomatas americanos desenvolveram contactos com pelo menos 87 pessoas colocadas em posições-chave no governo português e em algumas instituições do Estado, ao mesmo tempo que mantinham uma agenda de encontros de alto nível, como ministros e secretários de estado”
d) “A máquina diplomática americana usou os contactos de nível intermédio para se infiltrar no Governo e perceber com maior detalhe as discussões internas em relação à política nacional e às posições assumidas dentro e fora da União Europeia em dossiês específicos…”
Em edições anteriores já tínhamos ficado a saber como neste país onde há “mais generais e almirantes por soldado do que quase todas as outras forças armadas modernas” , os americanos tem um particular apreço pelo MNE, Luis Amado (Expresso, 26 fev. 2011)
HAF
sábado, março 12
11087º Dia
12 de Março de 2011
I
Preparação de aulas.
II
Pai de dois deolindos ....e de uma outra candidata,segui com interesse as notícias das manifestações.Podem ter estado na rua 300.000 a 400.000 pessoas de várias gerações.Um grande dia do e pelo “povo“ e classes médias.Daqui a (dois?)meses poderão estar na rua em número bem superior.
Gostei do cartaz de um manifestante da Faro: uma geração pode mudar um povo. Pois pode. Terá chegado a hora? Há um clima propício´da algo de novo? Há. Que haja a sensatez das elites governantes e do mandarinato empresarial perceber que é necessário que o sistema distenda, integre e satisfaça a expectativa da mudança. A “arrogância marialva” do governo, que agora só quer ouvir (há quem diga, receber instruções) alguns europeus, não augura nada de bom. Aos partidos… é obvio que os mecanismos formais de participação estão esgotados. É preciso perceber isso. Doutro modo, o povo pode mudar de rumo. Já ninguém vai na “flexitanga”. Uma imprevisibilidade intelectual e societal estimulante.
HAF
I
Preparação de aulas.
II
Pai de dois deolindos ....e de uma outra candidata,segui com interesse as notícias das manifestações.Podem ter estado na rua 300.000 a 400.000 pessoas de várias gerações.Um grande dia do e pelo “povo“ e classes médias.Daqui a (dois?)meses poderão estar na rua em número bem superior.
Gostei do cartaz de um manifestante da Faro: uma geração pode mudar um povo. Pois pode. Terá chegado a hora? Há um clima propício´da algo de novo? Há. Que haja a sensatez das elites governantes e do mandarinato empresarial perceber que é necessário que o sistema distenda, integre e satisfaça a expectativa da mudança. A “arrogância marialva” do governo, que agora só quer ouvir (há quem diga, receber instruções) alguns europeus, não augura nada de bom. Aos partidos… é obvio que os mecanismos formais de participação estão esgotados. É preciso perceber isso. Doutro modo, o povo pode mudar de rumo. Já ninguém vai na “flexitanga”. Uma imprevisibilidade intelectual e societal estimulante.
HAF
11086º Dia
11 de Março de 2011
I
08,00-16,30: Dicionário H1ª RR
17,00-18,00: Despacho NICPRI.UE
18,00-20,00: Sessão Seminário (Desenho de tese)
II
Rogério Dias Romão: dois anos depois. A falta que me faz.
HAF
I
08,00-16,30: Dicionário H1ª RR
17,00-18,00: Despacho NICPRI.UE
18,00-20,00: Sessão Seminário (Desenho de tese)
II
Rogério Dias Romão: dois anos depois. A falta que me faz.
HAF
quinta-feira, março 10
11085º Dia
10 de Março de 2011
I
08.30-10.00: Sessão TH
10.00-12.00: Despacho CC ECS EU
14.00-17.00: Dicionário H1ªRR
17,30-20,00: HAUPT H-G e KOCKA, J.:Comparative and Transnational History. Central European Approaches and New Perspectives, NY, Berghahm Books, 2010
II
Os pais dos Deolindos
Tenho notado a hostilidade de alguns comentadores TVs em relação à manifestação mobilizada para o próximo sábado pela “geração à rasca”. Percebo o receio, ainda que não assumido de forma explicita: a “coisa”, pode transformar-se num tumulto rasca porque as lideranças são confusas e mesmo suspeitas.
Os “deolindos”, como um desses “peritos” de TV designa, estão realmente fartos de muita coisa no pais. E têm toda a razão. Dotados de qualificações não estão disponíveis para a marginalidade social, que era (é) o tradicional destino de grande parte dos menos qualificados, e activam os mecanismos de cidadania hoje disponíveis, com ou sem o comprometimento escondido de algumas forças sistémicas e eventualmente anti-sistémicas.
Mas a coisa é capaz de ser pior. É que os pais dos “deolindos”, a maioria - aquela que não tem ou se recusa a activar o mecanismo da “cunha” e do “Job for my boy” - , também está farta… farta de ter os “deolindos” em casa, farta de pagar regular e fielmente os impostos, farta de lhe sacarem os salários e desvalorizarem o trabalho. É entre estar ao lado de uma juventude “à rasca” e uma elite politica “rasca”… não há escolha possível. É óbvia que vai lá estar gente muito diferente. Ainda bem. Algo vai ter de acontecer e deve acontecer no quadro do actual sistema político Ainda há margem. ..não muita, mas há.
HAF
I
08.30-10.00: Sessão TH
10.00-12.00: Despacho CC ECS EU
14.00-17.00: Dicionário H1ªRR
17,30-20,00: HAUPT H-G e KOCKA, J.:Comparative and Transnational History. Central European Approaches and New Perspectives, NY, Berghahm Books, 2010
II
Os pais dos Deolindos
Tenho notado a hostilidade de alguns comentadores TVs em relação à manifestação mobilizada para o próximo sábado pela “geração à rasca”. Percebo o receio, ainda que não assumido de forma explicita: a “coisa”, pode transformar-se num tumulto rasca porque as lideranças são confusas e mesmo suspeitas.
Os “deolindos”, como um desses “peritos” de TV designa, estão realmente fartos de muita coisa no pais. E têm toda a razão. Dotados de qualificações não estão disponíveis para a marginalidade social, que era (é) o tradicional destino de grande parte dos menos qualificados, e activam os mecanismos de cidadania hoje disponíveis, com ou sem o comprometimento escondido de algumas forças sistémicas e eventualmente anti-sistémicas.
Mas a coisa é capaz de ser pior. É que os pais dos “deolindos”, a maioria - aquela que não tem ou se recusa a activar o mecanismo da “cunha” e do “Job for my boy” - , também está farta… farta de ter os “deolindos” em casa, farta de pagar regular e fielmente os impostos, farta de lhe sacarem os salários e desvalorizarem o trabalho. É entre estar ao lado de uma juventude “à rasca” e uma elite politica “rasca”… não há escolha possível. É óbvia que vai lá estar gente muito diferente. Ainda bem. Algo vai ter de acontecer e deve acontecer no quadro do actual sistema político Ainda há margem. ..não muita, mas há.
HAF
quarta-feira, março 9
11084º Dia
09 de Março de 2011
I
08,00-19.00: preparação de sessões de Teoria de História e História da Integração Europeia
II
O Prof. Cavaco Silva no discurso de posse , para o 2º mandato como Presidente da República, fez um balanço sólido e apontou soluções que a Esquerda do Poder devia mostrar capacidade para incorporar na sua praxis política. Mas ela é, ou está neste momento, incapaz de criar o que quer que seja e morre, e com ela o país definha, numa lenta agonia, que é bem ilustrada peloo jovem de cerca de 20 anos que ontem vi a atirar-se (é o termo) a um contentor do lixo à procura de tudo (tive vergonha de o fotografar) .
A um Sócrates atarantado, a um líder parlamentar vesgo e a um PS com pouco sentido crítico (e mal humorado) – veja-se a controvérsia do Dr Almeida Santos com o empresário-militante do PS, ou o carnaval em Viseu que deu em porrada sobre meia dúzia de jovens “à rasca”- Cavaco Silva (CS) respondeu com um retrato radical e consistente de “uma (má) década”, uma década de atraso, essencialmente conduzida por um governo e um partido socialista opaco, arrogante, errático, “arranjista” e ineficiente. CS reforçou a imagem de um político sólido e credível.
Se me distancio em detalhes e não acolho a totalidade do leque de soluções insinuadas, eu , que tive a “sorte” de, por estar em missão fora do país, não ter tido a necessidade de votar nas eleições presidenciais (e nunca voto em branco) , reconheço em CS um estilo de político que deveria servir de referência para todos os líderes políticos e das organizações públicas portuguesas. Foi particularmente relevante a forma como fez um discurso integrador da contestação e aspirações da juventude, tentando assim evitar caminhos imprevisíveis nas “margens” da sociedade democrática e social de que a União Europeia é referência. Alguns dos comentários pós-discurso , nomeadamente dos meios “ da rosa”, são inacreditáveis. E ainda não falou o inefável Ministro da Defesa.
Acho que hoje o país percebeu, em definitivo, que o Sr. José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, já é uma parte do problema. Como nos libertamos dele… eis o grande problema.
III
Ainda o 7 de Março em Angola e o “Fracasso da manifestação”, duass notas ontem disponíveis no Jornal ST (online)
Angola: Promotores escondem fracasso da manifestação
Luanda - Não fosse a detenção para identificação de 17 pessoas na Praça 1º de Maio, na madrugada desta segunda-feira, e a manifestação, convocada de forma anónima pela Internet, não seria notícia.
O fracasso da manifestação de hoje já estava anunciado com a continuidade dos festejos carnavalescos, não só em Luanda, mas por todo o país. Até as discotecas organizaram «festas de carnaval» com início à mesma hora da manifestação. Os mercados, as festas de quintal e, hoje, os mercados, o comércio e os serviços abriram portas (de acordo com o que é habitual para uma «ponte» em Luanda, com menos gente e trânsito).
A população está bem longe das pretensões dos que convocaram a manifestação anti-governamental: apesar dos meios utilizados na mobilização da «Marcha para a Paz» realizada pelo MPLA, este sábado, o certo é que milhares de pessoas desfilaram em Luanda e noutras cidades do país, no que pode ser considerado o primeiro teste popular do Governo, a pouco mais de um ano de eleições. Até agora, nem há registo de manifestações junto das embaixadas angolanas, situação tida como mais provável por muitos analistas.
O oportuno «cancelamento» da manifestação anti-governamental, durante a manhã, apenas serve para mascarar o fracasso da iniciativa e de justificação para alguma audiência cibernauta que vive na teoria da conspiração e não conhece a situação real da sociedade angolana.
“Angola sem cheiro a Jasmim”
Lisboa – Apesar da multiplicação dos apelos via internet e SMS, a manifestação contra o MPLA e José Eduardo dos Santos convocada para 7 de Março não conseguiu mobilizar os contestatários ao regime em Angola e na diáspora.
Foram maiores as expectativas que os resultados. O apelo aos angolanos a manifestarem contra José Eduardo dos Santos e o MPLA não teve qualquer efeito na diáspora, onde se esperava a maior adesão. Para a «organização» do protesto, que insiste em permanecer no anonimato, o «7 de Março é um dia complicado porque toda a gente trabalha, além disso», sublinha, «muitos angolanos na diáspora são bolseiros e receiam serem privados das bolsas como represália, outros estão em situação irregular e preferem permanecer silenciosos.»
As excepções ocorreram em Bruxelas, capital belga, e Cidade do Cabo, na África do Sul, onde conseguiram reunir alguns manifestantes. Segundo um comunicado difundido pelo Movimento para a Paz e Democracia em Angola (MPDA) a «Manifestação de Bruxelas foi uma grande vitória do povo angolano e sobretudo contou a participação de centenas de angolanos de todas as confissões»
Apesar da expectativa suscitada via internet, onde muitos aderiram virtualmente à iniciativa, também via internet, a oposição politica e civil angolana não conseguiu um consenso levando várias formações partidárias e personalidades da oposição a recusarem dar seu apoio a uma manifestação «sem lideres e com uma organização anónima».
Mesmo assim o MPLA receou que o efeito dominó das revoluções do Norte de África atingisse Angola. Enquanto foi recusada a autorização para manifestarem «pacificamente» a 7 de Março, precipitadamente foi convocada uma manifestação para o Sábado 5 de Março de apoio ao partido no poder desde 1975 e a José Eduardo dos Santos. Simultaneamente, a segurança foi reforçada nos principais centros urbanos e, também por internet, começaram a circular opiniões contra a manifestação de 7 de Março assim como anulações da mesma.
Convocada para a Praça 1/o de Maio em Luanda, a «manifestação pacífica» de 7 de Março apenas reuniu cerca duas dezenas de manifestantes e jornalistas do Novo Jornal que imediatamente foram detidos. Entre os detidos estava o cantor de rap angolano «Brigadeiro Mata Frakus», reputado pela sua oposição manifesta a José Eduardo dos Santos. Na Europa a «organização» denunciava a «política de terror e repressão» imposta pelo regime do MPLA que estaria a provocar a desmobilização dos potenciais manifestantes.
Os receios do MPLA relativamente a uma mega manifestação contestatária, que não aconteceu, reforçou os ímpetos dos partidos e movimentos da oposição que interpretaram o nervosismo do Estado como revelador de uma insegurança e instabilidade do partido no poder assim como da existência de um importante capital de ciber-mobilização de insatisfeitos e opositores anónimos que preferem agir pela via virtual a participarem presencialmente.
Os organizadores do apelo à manifestação de 7 de Março garantem que o movimento irá prosseguir na diáspora e projectam a realização de concertos e de marchas de oposição ao regime e «solidariedade com os angolanos que não podem manifestar livremente». Apesar de ainda não existir consenso, ou precisão de datas, começou novamente a circular a eventual realização de marchas e manifestações de protesto contra o MPLA em Paris e Genebra para o próximo fim-de-semana.(c) PNN [Portuguese News Network 2011-03-08 11:05:46]
HAF
I
08,00-19.00: preparação de sessões de Teoria de História e História da Integração Europeia
II
O Prof. Cavaco Silva no discurso de posse , para o 2º mandato como Presidente da República, fez um balanço sólido e apontou soluções que a Esquerda do Poder devia mostrar capacidade para incorporar na sua praxis política. Mas ela é, ou está neste momento, incapaz de criar o que quer que seja e morre, e com ela o país definha, numa lenta agonia, que é bem ilustrada peloo jovem de cerca de 20 anos que ontem vi a atirar-se (é o termo) a um contentor do lixo à procura de tudo (tive vergonha de o fotografar) .
A um Sócrates atarantado, a um líder parlamentar vesgo e a um PS com pouco sentido crítico (e mal humorado) – veja-se a controvérsia do Dr Almeida Santos com o empresário-militante do PS, ou o carnaval em Viseu que deu em porrada sobre meia dúzia de jovens “à rasca”- Cavaco Silva (CS) respondeu com um retrato radical e consistente de “uma (má) década”, uma década de atraso, essencialmente conduzida por um governo e um partido socialista opaco, arrogante, errático, “arranjista” e ineficiente. CS reforçou a imagem de um político sólido e credível.
Se me distancio em detalhes e não acolho a totalidade do leque de soluções insinuadas, eu , que tive a “sorte” de, por estar em missão fora do país, não ter tido a necessidade de votar nas eleições presidenciais (e nunca voto em branco) , reconheço em CS um estilo de político que deveria servir de referência para todos os líderes políticos e das organizações públicas portuguesas. Foi particularmente relevante a forma como fez um discurso integrador da contestação e aspirações da juventude, tentando assim evitar caminhos imprevisíveis nas “margens” da sociedade democrática e social de que a União Europeia é referência. Alguns dos comentários pós-discurso , nomeadamente dos meios “ da rosa”, são inacreditáveis. E ainda não falou o inefável Ministro da Defesa.
Acho que hoje o país percebeu, em definitivo, que o Sr. José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, já é uma parte do problema. Como nos libertamos dele… eis o grande problema.
III
Ainda o 7 de Março em Angola e o “Fracasso da manifestação”, duass notas ontem disponíveis no Jornal ST (online)
Angola: Promotores escondem fracasso da manifestação
Luanda - Não fosse a detenção para identificação de 17 pessoas na Praça 1º de Maio, na madrugada desta segunda-feira, e a manifestação, convocada de forma anónima pela Internet, não seria notícia.
O fracasso da manifestação de hoje já estava anunciado com a continuidade dos festejos carnavalescos, não só em Luanda, mas por todo o país. Até as discotecas organizaram «festas de carnaval» com início à mesma hora da manifestação. Os mercados, as festas de quintal e, hoje, os mercados, o comércio e os serviços abriram portas (de acordo com o que é habitual para uma «ponte» em Luanda, com menos gente e trânsito).
A população está bem longe das pretensões dos que convocaram a manifestação anti-governamental: apesar dos meios utilizados na mobilização da «Marcha para a Paz» realizada pelo MPLA, este sábado, o certo é que milhares de pessoas desfilaram em Luanda e noutras cidades do país, no que pode ser considerado o primeiro teste popular do Governo, a pouco mais de um ano de eleições. Até agora, nem há registo de manifestações junto das embaixadas angolanas, situação tida como mais provável por muitos analistas.
O oportuno «cancelamento» da manifestação anti-governamental, durante a manhã, apenas serve para mascarar o fracasso da iniciativa e de justificação para alguma audiência cibernauta que vive na teoria da conspiração e não conhece a situação real da sociedade angolana.
“Angola sem cheiro a Jasmim”
Lisboa – Apesar da multiplicação dos apelos via internet e SMS, a manifestação contra o MPLA e José Eduardo dos Santos convocada para 7 de Março não conseguiu mobilizar os contestatários ao regime em Angola e na diáspora.
Foram maiores as expectativas que os resultados. O apelo aos angolanos a manifestarem contra José Eduardo dos Santos e o MPLA não teve qualquer efeito na diáspora, onde se esperava a maior adesão. Para a «organização» do protesto, que insiste em permanecer no anonimato, o «7 de Março é um dia complicado porque toda a gente trabalha, além disso», sublinha, «muitos angolanos na diáspora são bolseiros e receiam serem privados das bolsas como represália, outros estão em situação irregular e preferem permanecer silenciosos.»
As excepções ocorreram em Bruxelas, capital belga, e Cidade do Cabo, na África do Sul, onde conseguiram reunir alguns manifestantes. Segundo um comunicado difundido pelo Movimento para a Paz e Democracia em Angola (MPDA) a «Manifestação de Bruxelas foi uma grande vitória do povo angolano e sobretudo contou a participação de centenas de angolanos de todas as confissões»
Apesar da expectativa suscitada via internet, onde muitos aderiram virtualmente à iniciativa, também via internet, a oposição politica e civil angolana não conseguiu um consenso levando várias formações partidárias e personalidades da oposição a recusarem dar seu apoio a uma manifestação «sem lideres e com uma organização anónima».
Mesmo assim o MPLA receou que o efeito dominó das revoluções do Norte de África atingisse Angola. Enquanto foi recusada a autorização para manifestarem «pacificamente» a 7 de Março, precipitadamente foi convocada uma manifestação para o Sábado 5 de Março de apoio ao partido no poder desde 1975 e a José Eduardo dos Santos. Simultaneamente, a segurança foi reforçada nos principais centros urbanos e, também por internet, começaram a circular opiniões contra a manifestação de 7 de Março assim como anulações da mesma.
Convocada para a Praça 1/o de Maio em Luanda, a «manifestação pacífica» de 7 de Março apenas reuniu cerca duas dezenas de manifestantes e jornalistas do Novo Jornal que imediatamente foram detidos. Entre os detidos estava o cantor de rap angolano «Brigadeiro Mata Frakus», reputado pela sua oposição manifesta a José Eduardo dos Santos. Na Europa a «organização» denunciava a «política de terror e repressão» imposta pelo regime do MPLA que estaria a provocar a desmobilização dos potenciais manifestantes.
Os receios do MPLA relativamente a uma mega manifestação contestatária, que não aconteceu, reforçou os ímpetos dos partidos e movimentos da oposição que interpretaram o nervosismo do Estado como revelador de uma insegurança e instabilidade do partido no poder assim como da existência de um importante capital de ciber-mobilização de insatisfeitos e opositores anónimos que preferem agir pela via virtual a participarem presencialmente.
Os organizadores do apelo à manifestação de 7 de Março garantem que o movimento irá prosseguir na diáspora e projectam a realização de concertos e de marchas de oposição ao regime e «solidariedade com os angolanos que não podem manifestar livremente». Apesar de ainda não existir consenso, ou precisão de datas, começou novamente a circular a eventual realização de marchas e manifestações de protesto contra o MPLA em Paris e Genebra para o próximo fim-de-semana.(c) PNN [Portuguese News Network 2011-03-08 11:05:46]
HAF
terça-feira, março 8
11083º Dia
08 de Março de 2011
“Dia da Mulher”, do regresso a Évora e de deixar (sempre) os meus sabores preferidos em Burgau, em dias de mares furiosos.
HAF
“Dia da Mulher”, do regresso a Évora e de deixar (sempre) os meus sabores preferidos em Burgau, em dias de mares furiosos.
HAF
11082º Dia
07 de Março de 2011
I
Dia de Teses. Migrações Açoreanas para o Alentejo no Sec XVIII e migrações forçadas para Portugal em 1975-76 (“Retornados”)
II
A “Nova Revolução do Povo Angolano”, como a designaram os seus promotores, foi marcada para hoje e fracassou, com a detenção temporária dos 17 manifestantes. Todavia só nos próximos tempos saberemos se a iniciativa foi um fracasso. Ficam aqui o manifesto… e os cartazes. Eles, por si, explicam o fracasso.
Não tenho notícias do que aconteceu em Londres onde uma autoproclamada “ Organização da Mulher Angola em Londres” (OMAL) convocou todos “os angolanos residentes no Reino Unido, a participarem da Marcha de protesto a ter lugar as 11.30, diante da Embaixada de Angola, na 22 Dorset street em Londres, a 7 de Março”. O propósito: “Numa época em que correm bons ventos a partir da África do Norte e que têm culminado com o derrube das maiores sanguessugas do continente berço, achamos oportuno apanhar a corrente, para juntos exigirmos que o carrasco JES (José Eduardo dos Santos) e seus compadres sejam retirados da direcção do nosso sofrido e castigado pais, porque só assim o povo angolano poderá concretizar o que há muitos anos anseia”, refere-se na convocatória.
As notícias de Luanda são de não ter ocorrido nada de relevante que mudasse o andamento normal nem da grande urbe nem de outras cidades do país. Há quem, nos meios locais e não necessariamente governamentais, entenda ser despropositado e desproporcionado o ataque ao Presidente angolano que é um dos políticos do MPLA mais favoráveis às reformas sociais e integração sistémica das oposições. E os Angolanos (de todos os quadrantes…), saindo de uma longa civil há nove anos, têm ainda uma memória grande e viva que alimentam uma enorme vontade de paz. É óbvio que ela será mais sólida se tiver os “custos” totais da Democracia. desse ponto de vista a detenção da dúzia e meia de manifestantes e de três jornalistas e um motorista foi desnecessária e, conceda-se, ridícula
HAF
I
Dia de Teses. Migrações Açoreanas para o Alentejo no Sec XVIII e migrações forçadas para Portugal em 1975-76 (“Retornados”)
II
A “Nova Revolução do Povo Angolano”, como a designaram os seus promotores, foi marcada para hoje e fracassou, com a detenção temporária dos 17 manifestantes. Todavia só nos próximos tempos saberemos se a iniciativa foi um fracasso. Ficam aqui o manifesto… e os cartazes. Eles, por si, explicam o fracasso.
O governo está a intimidar o povo. Eu, Agostinho J. R. dos Santos estou a ser perseguido pela Sinfo dia e noite. Alguns deles dizem que eu estou no Reino Unido ou EUA... Nada vai impedir eu e o meu povo a exercer os nossos direitos Constitucionais (Artigos 40 e 47). Agradeço a coragem do meu irmão Sergio Ngueve dos Santos pela carta e ao meu povo pela vontade. Espero por vós no largo da independência porque reitero que a manifestação anti-governamental em Angola vai sim começar no dia 7 de Março de 2011, de Cabinda a Cunene. O acto central terá lugar no largo da Independência em Luanda.
Em toda Angola, vamos marchar com cartazes exigindo a saída do Ze Du, seus ministros e companheiros corruptos.
"Esta manifestação é de carácter progressista, cívico e socialmente abrangente , e que vise criar condições para eleger democraticamente um governo de cidadãos Angolanos com as mãos limpas de sangue e de vigarices, que governe Angola para todos os Angolanos, sejam eles de que linhagens forem".
ANGOLA
O povo da República de Angola diz basta ao regime ditator [sic] de Presidente José Eduardo dos Santos, que está no poder por 32 anos.
Os angolanos estão cansados da pobreza extrema, da cultura de medo e intimidação, da miséria, da autocracia e outros males introduzida por José Eduardo dos Santos.
O nosso país é conhecido pela sua riqueza em termos de recursos naturais e é classificada como a maior exportação de petróleo em África, mas o povo angolano vive com menos de 1 dólares [sic] americano por dia e com um governo que promove uma cultura de perpetuação da pobreza extrema.
Condenamos e denunciamos o cancelamento do nosso direito constitucional e democrático de eleger um Presidente de nossa escolha em cada quatro anos.
Queremos assumir o controlo de nossas vidas, nosso país e os nossos recursos, mas em primeiro lugar queremos retirar o regime ditatorial de José Eduardo dos Santos.
A NOSSA PETIÇÃO
O povo angolano exige:
1 - A saída imediata do Presidente ditador José Eduardo dos Santos, seus ministros e companheiros;
2 - A formação de uma nova ordem política, social e económica;
3 - A re-implementação das Eleições Presidenciais periódicas em nossa Constituição;
4 - A implementação de uma democracia social, que deve ter o interesse do povo angolano de coração;
5 - A formação de um novo governo com os interesses do povo angolano de coração;
6 - O estabelecimento de um sistema de administração pública transparente e responsável de todos os recursos de Angola;
7 - A priorização [sic] dos cidadãos angolanos sobre os benefícios e reconstrução social de Angola.
A manifestação anti-governamental em Angola vai começar as zero horas na segunda-feira, dia 7 de Março de 2011, de Cabinda a Cunene.
CONCTACTE-NOS:
1 - Envia seus comentários e sugestões para o nosso endereço de e-mail: revolucao.angolana@yahoo.com;
Por: Agostinho Jonas Roberto dos Santos , Fundador do novo Movimento Revolucionário do Povo Lutador de Angola (MRPLA).Cf. www.revolucaoangolana.webs.com
Não tenho notícias do que aconteceu em Londres onde uma autoproclamada “ Organização da Mulher Angola em Londres” (OMAL) convocou todos “os angolanos residentes no Reino Unido, a participarem da Marcha de protesto a ter lugar as 11.30, diante da Embaixada de Angola, na 22 Dorset street em Londres, a 7 de Março”. O propósito: “Numa época em que correm bons ventos a partir da África do Norte e que têm culminado com o derrube das maiores sanguessugas do continente berço, achamos oportuno apanhar a corrente, para juntos exigirmos que o carrasco JES (José Eduardo dos Santos) e seus compadres sejam retirados da direcção do nosso sofrido e castigado pais, porque só assim o povo angolano poderá concretizar o que há muitos anos anseia”, refere-se na convocatória.
As notícias de Luanda são de não ter ocorrido nada de relevante que mudasse o andamento normal nem da grande urbe nem de outras cidades do país. Há quem, nos meios locais e não necessariamente governamentais, entenda ser despropositado e desproporcionado o ataque ao Presidente angolano que é um dos políticos do MPLA mais favoráveis às reformas sociais e integração sistémica das oposições. E os Angolanos (de todos os quadrantes…), saindo de uma longa civil há nove anos, têm ainda uma memória grande e viva que alimentam uma enorme vontade de paz. É óbvio que ela será mais sólida se tiver os “custos” totais da Democracia. desse ponto de vista a detenção da dúzia e meia de manifestantes e de três jornalistas e um motorista foi desnecessária e, conceda-se, ridícula
HAF
sábado, março 5
11080º Dia
05 de Março de 2011
08.00... Mercado rural de Lagos, junto à estação de camionagem. Sempre um prazer aos olhos...
10.00-13,00: HIE (textos)
II
Um mar de sargos. Alguns não resistiram aos ralos
II
Confirmada visita da Direcção do ISCED- Luanda à Universidade de Évora
III
Informação de Luanda:
“Bom há muito boato por aí e muita coisa que se diz que é verdade. Hoje de manhã realizou-se uma manifestação "do lado" MPLA. Fala-se numa para amanhã e noutra mais séria, do ponto de vista da veracidade da informação e da "força" da manifestação para 2a feira.
Confesso que não entro em alarmismos e farei a minha vidinha normal até porque tenho de ir trabalhar! No entanto posso-te dizer que sei de pessoas que saíram do país e outras já me alertaram para não sair á rua na 2a feira.
Enfim....para já tudo calmo e tranquilo. Tranquilo até de mais porque a cidade está vazia. Parece que está tudo refugiado em casa com medo de sair á rua. Ontem saí á noite e estava pouca gente, hoje estou na praia e está pouca gente. Nota-se de facto uma calmaria fora do normal. Mas se formos a ver, é suposto ser uma espécie de fim de semana prolongado porque muita gente põe a 2a de férias e sai de Luanda.”
Entretanto , na “Sapo Angola” noticia-se que a “marcha patriótica” do MPLA de apoio ao governo , hoje em Luanda, reuniu milhares de pessoas ou mesmo “três milhões”, e o vice-presidente do Movimento, Roberto de Almeida, declarou que deveria haver eleições a curto prazo para ver o que o povo angolano quer”
HAF
08.00... Mercado rural de Lagos, junto à estação de camionagem. Sempre um prazer aos olhos...
10.00-13,00: HIE (textos)
II
Um mar de sargos. Alguns não resistiram aos ralos
II
Confirmada visita da Direcção do ISCED- Luanda à Universidade de Évora
III
Informação de Luanda:
“Bom há muito boato por aí e muita coisa que se diz que é verdade. Hoje de manhã realizou-se uma manifestação "do lado" MPLA. Fala-se numa para amanhã e noutra mais séria, do ponto de vista da veracidade da informação e da "força" da manifestação para 2a feira.
Confesso que não entro em alarmismos e farei a minha vidinha normal até porque tenho de ir trabalhar! No entanto posso-te dizer que sei de pessoas que saíram do país e outras já me alertaram para não sair á rua na 2a feira.
Enfim....para já tudo calmo e tranquilo. Tranquilo até de mais porque a cidade está vazia. Parece que está tudo refugiado em casa com medo de sair á rua. Ontem saí á noite e estava pouca gente, hoje estou na praia e está pouca gente. Nota-se de facto uma calmaria fora do normal. Mas se formos a ver, é suposto ser uma espécie de fim de semana prolongado porque muita gente põe a 2a de férias e sai de Luanda.”
Entretanto , na “Sapo Angola” noticia-se que a “marcha patriótica” do MPLA de apoio ao governo , hoje em Luanda, reuniu milhares de pessoas ou mesmo “três milhões”, e o vice-presidente do Movimento, Roberto de Almeida, declarou que deveria haver eleições a curto prazo para ver o que o povo angolano quer”
HAF
11079º Dia
04 de Março de 2011
09,00-10.00: Programa HIE
10,00-12,00: Despacho do CC ECS
12,00-13,00: Reunião com V-R Cooperação ( plano ISCED-Angola)
15.00-17.00: Sessão o “Atravessar Fronteiras…”
17,00-19,30: Sessão HIE
II
A caminho de Burgau, notícias de movimentos sociais em Luanda: manifestações de protesto e manifestações “antecipadas” de apoio à “situação. No youtube circula um vídeo que “mostra o rapper angolano Brigadeiro Mara Frankuzx a [insultar Eduardo dos Santos e a] apelar à participação na marcha contra a ditadura” dando a entender que a organização da manifestação terá partido de movimentos populares, um pouco à semelhança do que tem vindo a acontecer no mundo árabe desde o início do ano.” [http://www.so-9dades.com/2011/03/musico-angolano-insulta-eduardo-dos.html] . Registe-se a declaração, há dias atrás, de Dino Matrosse, secretário-geral do MPLA , a propósito da manifestação de 7 de Março: “Quem se manifestar vai apanhar”. E a sua proibição por parte do Governo da Província de Luanda. Havia razões para o nervosismo visível em alguns meios luandenses do passado Fevereiro. Pedidas informações ao PCh e MC. Mas não me parece possível replicar actualmente em Angola o “vírus” norte-africano, até porque as bases sociais e económicas são muito diferentes. Mas também importa que as “ilusões” não tenham um preço elevado ou desproporcionado.
HAF
09,00-10.00: Programa HIE
10,00-12,00: Despacho do CC ECS
12,00-13,00: Reunião com V-R Cooperação ( plano ISCED-Angola)
15.00-17.00: Sessão o “Atravessar Fronteiras…”
17,00-19,30: Sessão HIE
II
A caminho de Burgau, notícias de movimentos sociais em Luanda: manifestações de protesto e manifestações “antecipadas” de apoio à “situação. No youtube circula um vídeo que “mostra o rapper angolano Brigadeiro Mara Frankuzx a [insultar Eduardo dos Santos e a] apelar à participação na marcha contra a ditadura” dando a entender que a organização da manifestação terá partido de movimentos populares, um pouco à semelhança do que tem vindo a acontecer no mundo árabe desde o início do ano.” [http://www.so-9dades.com/2011/03/musico-angolano-insulta-eduardo-dos.html] . Registe-se a declaração, há dias atrás, de Dino Matrosse, secretário-geral do MPLA , a propósito da manifestação de 7 de Março: “Quem se manifestar vai apanhar”. E a sua proibição por parte do Governo da Província de Luanda. Havia razões para o nervosismo visível em alguns meios luandenses do passado Fevereiro. Pedidas informações ao PCh e MC. Mas não me parece possível replicar actualmente em Angola o “vírus” norte-africano, até porque as bases sociais e económicas são muito diferentes. Mas também importa que as “ilusões” não tenham um preço elevado ou desproporcionado.
HAF
11078º Dia
03 de Março de 2011
I
08.30-10,00: Sessão de Teoria da História
10,30-11,30: Tutoria / tese de Mestrado : Guerra Colonial- Guerra Psicológica
11,30-12,30: planeamento de seminário sobre 50 anos do início da Guerra Colonial
12.30… Mitra, Hospital Veterinário (Hera)
14,00-17,30: Programa HIE
17,30…. Mitra, Hospital Veterinário e uma cria em casa
II
A FCT... deixa indícios de estar de pantanas…
III
Um primeiro olhar para a tese…[RG] : As Migrações Europeias: O exemplo do Povoamento Açoriano do Alentejo em finais do século XVIII. (MEHE)
HAF
I
08.30-10,00: Sessão de Teoria da História
10,30-11,30: Tutoria / tese de Mestrado : Guerra Colonial- Guerra Psicológica
11,30-12,30: planeamento de seminário sobre 50 anos do início da Guerra Colonial
12.30… Mitra, Hospital Veterinário (Hera)
14,00-17,30: Programa HIE
17,30…. Mitra, Hospital Veterinário e uma cria em casa
II
A FCT... deixa indícios de estar de pantanas…
III
Um primeiro olhar para a tese…[RG] : As Migrações Europeias: O exemplo do Povoamento Açoriano do Alentejo em finais do século XVIII. (MEHE)
HAF
11077º Dia
02 de Março de 2011
I
08.30-10.00: Sessão de Teoria da História (TH)
10,00-16.00: Revisão do programa de HIE
16,00-20.00: Plano de actividades do NICRI.UE
II
Um primeiro olhar para a tese...[MBF] “A História dos Retornados. Perfil Social e Mecanismos de Integração ( 1975-1976). O caso do Distrito de Évora”(MEHE)
III
A Hera…em parto prematuro. Notícia de “uma” sobrevivente, além da mãe
HAF
I
08.30-10.00: Sessão de Teoria da História (TH)
10,00-16.00: Revisão do programa de HIE
16,00-20.00: Plano de actividades do NICRI.UE
II
Um primeiro olhar para a tese...[MBF] “A História dos Retornados. Perfil Social e Mecanismos de Integração ( 1975-1976). O caso do Distrito de Évora”(MEHE)
III
A Hera…em parto prematuro. Notícia de “uma” sobrevivente, além da mãe
HAF
terça-feira, março 1
11076º Dia
01 de Março de 2011
08,00-22,00: Planeamento e Preparação de aulas: Teoria da História, História da Integração Europeia, Atravessar Fronteiras....
14,30-16.00: Despacho da Mesa do CC ECS
HAF
08,00-22,00: Planeamento e Preparação de aulas: Teoria da História, História da Integração Europeia, Atravessar Fronteiras....
14,30-16.00: Despacho da Mesa do CC ECS
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