Cumpridos os procedimentos de inscrição - a visita necessitou de inscrição prévia, que a LM deligenciou e na qual nos acompanhou com a sua família-, chegou o dia em que se concretizou um dos pontos altos destas férias: a visita à Mina da Campina de Cima, de onde se extrai minério salífero (salgema ou sal-gema)desde 1964.Chegada de toda a família (incluíndo os primos fraternos RR e S)a Loulé por volta das 13 horas. Almoço (razoável) no Beco. Por volta das 16.45,já devidamente protegidos com o capacete mineiro,entramos para os elevadores do poço vertical primacial (1964) e principal da mina (presumo pela indicação de “poço-1” na galeria a que dá acesso) e fizemos uma descida de 260 metros, seguida do generoso “passeio” por cerca de 800 metros de galerias,incluindo uma secção onde foi instalada uma parte da exposição “Articulações” que integra o programa de Arte Contemporânea de iniciativa do “Allgarve 2008”. Agradaram algumas peças da exposição (de facto articuladas com o espaço da mina)mas sem qualquer roteiro explicativo foi difícil apanhar o seu sentido global das “Articulações”(título da exposição presente, com outra parte no Convento de stº António, que não visitámos). Surpreendente,intimidador e fascinante foi calcorrear as galerias: e isto vale para adultos e crianças, mesmo que por motivos diferentes. A visita a este antigo troço de “mar salgado” agora tornado minério salífero recomenda-se vivavamente e é possível fazê-la até ao final do verão. Sobre a mina o leitor interessado pode obter mais infomação técnica e histórica em: Anabela Lopes, Soraia Matos e Teresa Luís: Prospecto da Mina da Campina de Cima (Loulé), Ed.Clona,Mineira de Sais Alcalinos, SA, 1998 [http://www.cienciaviva.pt/veraocv/ geologia/geo2002/materiais/geo11.PDF]. E ainda “Notícia sobre a Mina de Sal-Gema de Loulé” em http://geoleiria.blogspot.com/. É claro que falta um estudo histórico profissional (enfatiso bem) dedicado a esta mina que tem cerca de 44 anos de actividade.
O dia terminou com toda a família como comensal no aguardado jantar “especial” na Lota de Lagos.
II: A “Primavera de Praga” : o princípio do fim (?) do “socialismo de rosto humano” (I)
Na madrugada de 20 para 21 de Agosto de 1968 estava reunida a direcção do Partido Comunista da Checoslovaco : a agenda incluia a “questão da federação” e definição da agenda do Congresso do Partido (setembro 1968), e a aceitação das críticas e recomendações da “Carta de Varsóvia” (14-15-Julho 1968): “[…] But at the same time we cannot agree that hostile forces should push your country off the socialist path and threaten to detach Czechoslovakia from the socialist community. This is no longer your affair alone. It is the common cause of all communist and workers' parties and states, which are bound by alliance, cooperation, and friendship. It is the common cause of our countries, which have united in the Warsaw Pact to safeguard their independence, to preserve peace, to maintain security in Europe, and to erect an impregnable barrier to the intrigues of aggressive and vengeful imperialist forces […] . It is the common cause of our countries, which have united in the Warsaw Pact to safeguard their independence, to preserve peace, to maintain security in Europe, and to erect an impregnable barrier to the intrigues of aggressive and vengeful imperialist forces. The defense of the power of the working class, of all working people, and of socialist achievements in Czechoslovakia demands:
- a decisive and bold stand against right-wing and anti-socialist forces, and the mobilization of all means of defense created by the socialist state;
- an end to the activities of all political organizations acting against socialism;
- a reassertion of control by the party over the mass media-the press, radio, and television – so that they will be used in the interests of the working class, of all working people, and of socialism,
- a closing of the ranks of the party on the foundations of the principles of Marxism- Leninism, unflinching adherence to the principles of democratic centralism, and a struggle against those whose activity aids hostile forces.
We know that in Czechoslovakia there are forces capable of defending the socialist system and defeating anti-socialist elements. [….] “ (Cf: Navratil, Jaromir. "The Prague Spring 1968". Hungary: Central European Press, 1998, pp. 234-238)
As “fraternas” recomendações não foram aprovadas pela Direcção do CPCz.
HAF