Vou tentar reservar a noite para ver o Caimão (Nanni Moretti, 2006, produção franco-iatliana) que tanto quanto sei é uma sátira ao trajecto empresarial (iniciado como construtor civil no início dos anos 60 sp.) e político (com marcas relevantes desde 1994) do Silvio Berlusconi. Espero ter um serão divertido.
O dia de trabalho começou bem cedo e foi longo. Dedicado à recepção de trabalhos de investigação, a uma reunião sobre o programa Erasmus, alguma pesquisa para a HSPSM e a preparação de materiais para os novos seminários. Dediquei o fim da tarde aos livros hoje chegados de Paris : “O Século XX das Guerras”, “As Culturas Comunistas do Século XX” e “A Nova Questão Escolar. Os benefícios da Democratização”. E já decidi começar pelo último.
A instituição, a instituição…. Depois da grande vaga de admissões aos 2º Ciclos poderá estar a ocorrer uma grande vaga de desistências. Em conversa informal, um colega chamou-me a atenção para essa possibilidade adiantando um argumento de peso: aos alunos normais que pretendem matricular–se, além das despesas de inscrição (100 €) e seguro escolar (…€?) pede-se-lhes à cabeça 40% da propina total do mestrado, primeiro pagamento que varia aproximadamente entre 900 e os 1300 euros. O que é muito para quase todos. Faltou sensibilidade à realidade sociológica? Por vezes a ganância mata a galinha. Vale a pena verificar a taxa dos matriculados e atalhar o assunto a tempo.
II.
O ISTécnico continua a ser notícia e por más razões. Segundo o Público, depois do corpo de Doutorados ter recursado, numa votação histórica, a constituição de uma assembleia ad hoc que desenvolveria a proposta do modelo fundacional admitido pelo novo RJIES, o Presidente do IST desvalorizou o voto expresso pelos doutores da instituição e declarou que será apresentado um projecto fundacional para competir em novas eleições com os novos estatutos do IST. Não vou comentar a artimanha. Mas todos temos que lhe tirar o alcance, mas não o chapéu. E depois, se voltar a perder ?
III.
Neste caso bem se podia dizer "mais vale nunca do que agora". Mas tem que ser. Aqui fica o preâmbulo do famoso Despacho Normativo datado do passado 30 de Setembro e assinado pelo SEE Valter Lemos. Deve ler-se, como sugere, o António Barreto, a peça burocratico-lieterária em voz alta. E, acrescento eu, fazendo-o ao serão, numa roda familiar e de amigos, como o Sena apreciava. Junte um qualquer tubérculo doce para empanturrar. E seja corajoso: evite o vomidrine.
IV.
Já sabemos tudo sobre o episódio policial da Covilha. Tudo normalíssimo. As únicas vítimas foram a democracia e a cidadania. "Acabar com isto. Depressa"(Vasco Pulido Valente)
HAF