I
Dia branco
II
Terminou ontem “ o estatuto de refugiado para os angolanos que deixaram o país durante a guerra e se encontram nos países vizinhos. Em autocarros e camiões, foram repatriados milhares de cidadãos angolanos que viviam na República Democrática do Congo, no Congo Brasaville, no Botswana e na Zâmbia.” Concluído o programa de repatriamento organizado, “é possível fazer um balanço definitivo: mais de 600 mil angolanos regressaram para as suas áreas de origem em Angola. Os que não puderam regressar, deixam de ser considerados refugiados, segundo o estatuto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).” (Jornal de Angola, de 30 de Junho)
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Em 2011, Anelise Zanoni escreveu sobre o tema “… O refugiado é uma pessoa que deixa seu país for falta de proteção da sua e vida e busca desesperadamente um país que o acolhe e lhe proporciona protecção. Em Angola havia muitos deslocados internos no próprio país, não usufruindo da proteção internacional como os demais refugiados, e, sim, passando por sofrimentos muito piores, tais como fome, insegurança, ataques, mortes e todo tipo de violência e insegurança, usados principalmente para soldados na guerra civil.
O leste do país, por exemplo, foi a região mais afetada pela guerra, e as pessoas fugiram para os países vizinhos ou então quem conseguia passar pelas minas e tantos outros obstáculos veio para a capital, Luanda, que cresceu muito e de forma irregular.
No tempo da guerra civil cerca de 800 mil angolanos se refugiavam em outros países. Sem falar naqueles que fugiram de qualquer maneira e sem registros. De 2003 até 2007 haviam regressado 409.450 refugiados. Agora, em 2011, esta previsto o retorno de mais angolanos na condição de refugiado, sendo 111.589 da República Democrática do Congo, 2.653 deo Congo, 5.904 da Namíbia, 506 de Botswana, 16.267 da Zâmbia o que toliza um número de 137.919 para pessoas retornarem para seu país, Angola. Existem ainda muitos angolanos refugiados na Europa e nas Américas. Por exemplo, no Brasil existem 1.688 angolanos na condição de refugiado.» (Cf. «A Vida dos Refugiados em Angola», Revista do Instituto Humanitas Unisinos, nº 362, 23-05-2011)
Estimam-se em 1,7 milhões os refugiados de 38 anos de guerra em Angola.
III
SCP: 106 Anos.
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HAF