I
Leitura e classificação de Trabalhos de TH
II
Burgau: o primeiro dia no “Escritório”
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Só hoje pude ler a entrevista de VPV, “cronista e historiador”, à ´RevistaÚnica (Expresso, do passado 25 de Junho). O quase septuagenário, anuncia várias mudanças na sua vida (e o que procurará manter… também fica dito), o que deixou de escrever e o que tem vontade de escrever (uma “autobiografia”, que aguardarei com a maior expectativa), faz algumas considerações gerais sobre a sociedade portuguesa do passado (liberal) e do presente) , fala do presente (da dívida, do ultimato da Europa e do FMI, etc…) , das baixas expectativas que tem para uma país que não se emenda, e remata com a tirada “ a Europa não existe” que fica sempre bem (como cabeçalho) mas tem pouco a ver com a realidade. Para alguns a Europa só existe quando nos embebeda em recursos financeiros suficientes para satisfazer os nossos caprichos e mania de grandeza. Mas a Europa que nos pede responsabilidade, objectivos, metas, trabalho, produtividade …. para muitos essa Europa é pouco mais que um bando de sacanas que não percebe que em Portugal há especificidades, incluindo uma eventual incompatibilidade entre a democracia e a competência, que os outros europeus tem de pagar. Pois é, uma velha fixação dos nossos intelectuais. O que é indispensável acabar é o país da batota, da “baixa institucionalização” , porque a Europa, como projecto de unificação e a formação de uma sociedade europeia, avançarão, com um núcleo bem definido e com as actuais fronteiras ou outras, querendo com isto dizer, como se ouve por vezes nos meios populares, “com nós ou sem nós”.
Em VPV habituamo-nos (e acomodamo-nos) aos excessos historiográficos e nisso até tem a graça que a ignorância da autoridade proporciona. Leio o VPV, nem sempre, mas por vezes mesmo quando notoriamente “descolado”.
HAF