I
Exames de HPC (época especial), regulamento do NEEARI-Núcleo de Estudantes de Estudos Africanos e Relações Internacionais (UMA) e novos testes com o Electric Plane Launcher
II
Conceição Queiroz: Os meninos da Jamba. Histórias de Esperança (Oficina do Livro, Outubro de 2008)
Vi este livro nos escaparates no dia em que concretizei o “regresso” a Angola mas apenas o comprei na volta, para oferta natalícia a MB. Sem agenda para pegar nele de imediato, acabei por ser eu a lê-lo “de enfiada”, como já me aconteceu com meia dúzia de livros. “Os quase 30 anos de conflito e o abandono da Jamba Mineira (Prov. Huíla) apontam o município como aquele onde o problema da fome poderá ser mais flagrante, mais acentuado e muito mais preocupante” (p. 72). Neste trecho a autora refere-se à fome de alimentos mas o livro é um retrato também de outras “fomes”: de oportunidades, de assistência sanitária, de escola, de língua portuguesa. O assunto era-me familiar: em tempos li no Expresso (2005? 2006?) uma notícia sobre uma enfermeira portuguesa, com trabalho em Moçambique no tempo colonial, que depois de reformada foi para a Jamba Mineira fazer trabalho voluntário e tenho presente as referências ao elevado grau de pobreza e abandono. Mas o livro traça também um retrato honesto do mundo das crianças da rua em Luanda. Pese embora as dificuldades no funcionamento expedito dos canais de ajuda humanitária é urgentel mobilizar vontades e agir.
Sobre a Jamba Mineira estão disponíveis algumas fotografias de 2005[http://www.sanzalangola.com/galeria]
Conceição Queiroz é jornalista da TVI(Grande Reportagem), o seu primeiro livro Serviço de Urgência(Oficina do Livro, 2007) – mereceu o Prémio AMI-Jornalismo contra a Indiferença , e recentemente uma reportagem que preparou para a TVI sobre uma escola algarvia multicultural e multi-êtnica mereceu uma “menção honrosa do prémio de direitos humanos e integração” atribuído pela UNESCI, ACIDI e GMCS.
HAF
Editorial
Um amigo muito estimado tem uma “FlorBela” , a poetisa, sentada à janela do mundo. A peça é de Pedro Fazenda e hoje permite à poetisa, a partir da Quinta de Santa Rita, um olhar eterno sobre o lado este da cidade de Évora. Todavia ela nem sempre esteve ali. Conheci-a na cidade, no Pátio de S. Miguel , quase debruçada sobre o velho Colégio Espírito Santo (actual “centro” da Universidade de Évora) e com um horizonte que dos “coutos “ orientais da cidade se prolongava, nos dias verdadeiramente transparentes , até Évora-Monte . Mas as coisas da vida são como se fazem. Depois de um par de anos vendo o mundo a partir da cidade , e de mais alguns por outras andanças e paragens, Florbela sentou-se definitivamente para observar a cidade. E lá a encontrará nos anos vindouros quem a souber procurar. À janela, de onde a poetisa gostava de apreciar se não o Mundo, pelo menos o Mar (“Da Minha Janela”, 1923).
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
sexta-feira, dezembro 26
10279º Dia
Santa Rita, Mamma Mia, o Electric Plane Launcher e “Os Meninos da Jamba” de Conceição Queiroz.
HAF
HAF
10278º Dia
I
09.00-18.30: Finalmente fixada a versão para edição da Laudatio a GM
II
Noite de Natal...na Santa Rita, a minha referência fraterna em Évora. Nos embrulhos do sapatinho não estava (eu sabia-o com antecipação) A Espuma do Tempo... de Adriano Moreira: não era de esperar outra coisa da distribuição da Almedina.
HAF
09.00-18.30: Finalmente fixada a versão para edição da Laudatio a GM
II
Noite de Natal...na Santa Rita, a minha referência fraterna em Évora. Nos embrulhos do sapatinho não estava (eu sabia-o com antecipação) A Espuma do Tempo... de Adriano Moreira: não era de esperar outra coisa da distribuição da Almedina.
HAF
10277º Dia
I
09.00- 18.00: Tutoria on-line com alunos de HIE (MRIEE, U.Metodista Angola)
18.00-20.00: Correspondência vária
II
As negociações entre o Ministério da Educação e as organizações representativas dos Professores são um lamentável exemplo do conceito de negociação moderno. Há quem ache poder “importar” as instituições nórdicas sem as práticas a elas associadas, tipo “democracia” de importação buchiana. Isso no tempo que corre, dá muito mau resultado. Não posso deixar de realçar a forte coesão entre os principais sindicatos dos Professores. Finalmente. E foi ridícula, miserável na argumentação, a forma “fascisoide” como o Jorge Pedreira (quem o viu !!!) comentou o baixo assinado dos professores com mais de 60.000 assinaturas. O Poder “incompetente” pode tornar um ser numa real porcaria intelectual, independentemente do seu “background” individual: a primeira vez que constatei isso foi aos 20 anos. As reformas “trapalhonas” (à portuguesa ou à mexicana !) , de baixo para cima, ajudam a essa guinada tonta. O país fica prejudicado porque o a finalidade da Reforma é fundamental, mas o roteiro os mecanismos são um disparate ingénuo. As dúvidas estão dissipadas: ganhámos mais com o Pedreira a escrever sobre os Negociantes do Século XVIII.
HAF
09.00- 18.00: Tutoria on-line com alunos de HIE (MRIEE, U.Metodista Angola)
18.00-20.00: Correspondência vária
II
As negociações entre o Ministério da Educação e as organizações representativas dos Professores são um lamentável exemplo do conceito de negociação moderno. Há quem ache poder “importar” as instituições nórdicas sem as práticas a elas associadas, tipo “democracia” de importação buchiana. Isso no tempo que corre, dá muito mau resultado. Não posso deixar de realçar a forte coesão entre os principais sindicatos dos Professores. Finalmente. E foi ridícula, miserável na argumentação, a forma “fascisoide” como o Jorge Pedreira (quem o viu !!!) comentou o baixo assinado dos professores com mais de 60.000 assinaturas. O Poder “incompetente” pode tornar um ser numa real porcaria intelectual, independentemente do seu “background” individual: a primeira vez que constatei isso foi aos 20 anos. As reformas “trapalhonas” (à portuguesa ou à mexicana !) , de baixo para cima, ajudam a essa guinada tonta. O país fica prejudicado porque o a finalidade da Reforma é fundamental, mas o roteiro os mecanismos são um disparate ingénuo. As dúvidas estão dissipadas: ganhámos mais com o Pedreira a escrever sobre os Negociantes do Século XVIII.
HAF
10276º Dia
I
Descida à Beira Baixa e regresso ao Alentejo.
II
Na Europa emerge uma nova “geração mágica”? A “revolta social dos jovens europeus” tem como particular motivação o desemprego,o avanço da sociedade precária e a chocante exploração do trabalho juvenil (um salário desproporcionado em relação às funções ou mesmo a ausência de salário)?
Com o epicentro na Grécia parece emergir na arena politica europeia uma nova geração de jovens que, contestando o status quo e em particular o forte desemprego juvenil (ver quadro infra), já se insurge e manifesta em alguns países da União Europeia com uma agenda reivindicativa “autónoma”, que aos olhos de alguma elite política não passa de um lote de “exigências loucas” (duplicação dos salários mínimos, redução das horas de trabalho semanal,etc…). Estes “anarquistas” já estão todos rotula-dos : “as forças conhecidas-desconhecidas” (Grécia), os “mileuristas” espanhóis (a geração dos mil euros ou seja a nascida entre 1968 e 1986), os Contrat Première Embauche (CPE)franceses,os “Mammones” italianos, a que em breve se juntarão os “750_euristas” ou a “geração Jesus Cristo” em Portugal. As Universidades podem voltar a ser, como nos anos 1960s, o “centro dos protestos revolucionários”(Matin Klimke). A Europa e em particular Portugal precisam de uma “nova lição” da sua juventude. Sei exactamente o lado da barricada em que me vou colocar.
Todavia não é pacífico a evolução do desemprego juvenil na Europa: será mesmo um máximo histórico? Escreveu recentemente Klaus Schömann [“Europe’s youth = Europe’s future” in Benchmarking Working Europe 2008, ETUI-REHS and ETUC, Brussels, 2008]: “Comparison of unemployment and employment figures across the EU member states reveals some striking similarities, but also persistent differences (compare Chapter 1 of this report). Similarities include, first of all, the improvement
in the recent past – with very few exceptions – of the employment situation of young people across the European Union. Between November 2006 and 2007 the unemployment rate for this group decreased by 1.6 percentage points for the European Union 27 (Eurostat 2007d), settling at around 15%. Continuing differences are apparent with respect to the difficulty of breaking free from path dependency. This means that European Union countries that had aboveaverage and very high youth unemployment some years ago still today have very high unemployment rates compared to the other countries. Countries with low youth unemployment, meanwhile, have succeeded in reducing it still further.
In this chapter we argue that the failure to implement sufficient reforms designed to foster integration of youth into the labour market is an obstacle to future growth potential in Europe. This could in turn threaten social peace, as a result of unequal access to labour market and life opportunities among the younger generation. There is no evidence of a direct trade-off between employment of older workers and employment of younger ones in countries or in firms. The direction of employment trends tend to be the same, but magnified for youth. Similarly, as we show here, business cycles have a stronger effect on youth employment and unemployment rates than on the corresponding rates for the population as a whole.”
HAF
Descida à Beira Baixa e regresso ao Alentejo.
II
Na Europa emerge uma nova “geração mágica”? A “revolta social dos jovens europeus” tem como particular motivação o desemprego,o avanço da sociedade precária e a chocante exploração do trabalho juvenil (um salário desproporcionado em relação às funções ou mesmo a ausência de salário)?
Com o epicentro na Grécia parece emergir na arena politica europeia uma nova geração de jovens que, contestando o status quo e em particular o forte desemprego juvenil (ver quadro infra), já se insurge e manifesta em alguns países da União Europeia com uma agenda reivindicativa “autónoma”, que aos olhos de alguma elite política não passa de um lote de “exigências loucas” (duplicação dos salários mínimos, redução das horas de trabalho semanal,etc…). Estes “anarquistas” já estão todos rotula-dos : “as forças conhecidas-desconhecidas” (Grécia), os “mileuristas” espanhóis (a geração dos mil euros ou seja a nascida entre 1968 e 1986), os Contrat Première Embauche (CPE)franceses,os “Mammones” italianos, a que em breve se juntarão os “750_euristas” ou a “geração Jesus Cristo” em Portugal. As Universidades podem voltar a ser, como nos anos 1960s, o “centro dos protestos revolucionários”(Matin Klimke). A Europa e em particular Portugal precisam de uma “nova lição” da sua juventude. Sei exactamente o lado da barricada em que me vou colocar.
Todavia não é pacífico a evolução do desemprego juvenil na Europa: será mesmo um máximo histórico? Escreveu recentemente Klaus Schömann [“Europe’s youth = Europe’s future” in Benchmarking Working Europe 2008, ETUI-REHS and ETUC, Brussels, 2008]: “Comparison of unemployment and employment figures across the EU member states reveals some striking similarities, but also persistent differences (compare Chapter 1 of this report). Similarities include, first of all, the improvement
in the recent past – with very few exceptions – of the employment situation of young people across the European Union. Between November 2006 and 2007 the unemployment rate for this group decreased by 1.6 percentage points for the European Union 27 (Eurostat 2007d), settling at around 15%. Continuing differences are apparent with respect to the difficulty of breaking free from path dependency. This means that European Union countries that had aboveaverage and very high youth unemployment some years ago still today have very high unemployment rates compared to the other countries. Countries with low youth unemployment, meanwhile, have succeeded in reducing it still further.
In this chapter we argue that the failure to implement sufficient reforms designed to foster integration of youth into the labour market is an obstacle to future growth potential in Europe. This could in turn threaten social peace, as a result of unequal access to labour market and life opportunities among the younger generation. There is no evidence of a direct trade-off between employment of older workers and employment of younger ones in countries or in firms. The direction of employment trends tend to be the same, but magnified for youth. Similarly, as we show here, business cycles have a stronger effect on youth employment and unemployment rates than on the corresponding rates for the population as a whole.”
HAF
sábado, dezembro 20
10273º Dia
I
08.00-12.30: Desenho de projecto FCT [AfricaNA] e preparação da reunião do NICPRI.UE
12.30-15.00: Almoço de celebração [NICPRI.UE] com a presença do VR
15.00-17.00: REUNIÃO CC NICPRI.UE: apreciação geral e específica dos resultados da avaliação da unidade e efeitos institucionais; programa de doutoramento numa unidade de excelência; a parceria africana em construção; estratégia para candidatura de projectos ao programa de financiamento da FCT em curso.
17.00-19.00: exames HPC (EE)
II
Viagem para Coimbra .....e jantar na Democrática, onde já não se cozem ossos bem apimentados.
HAF
08.00-12.30: Desenho de projecto FCT [AfricaNA] e preparação da reunião do NICPRI.UE
12.30-15.00: Almoço de celebração [NICPRI.UE] com a presença do VR
15.00-17.00: REUNIÃO CC NICPRI.UE: apreciação geral e específica dos resultados da avaliação da unidade e efeitos institucionais; programa de doutoramento numa unidade de excelência; a parceria africana em construção; estratégia para candidatura de projectos ao programa de financiamento da FCT em curso.
17.00-19.00: exames HPC (EE)
II
Viagem para Coimbra .....e jantar na Democrática, onde já não se cozem ossos bem apimentados.
HAF
quinta-feira, dezembro 18
10272º Dia
I
08.00-11.00: Preparação de sessão de HCTNHE
11.00-15.00: Desenho de Projecto FCT e tese de doutoramento
15.00-16.30: Júri pós-docs
17.00-20.00: Sessão HCTNHE
22.00…. Chegam sinais muito positivos no sentido da criação de um Centro Internacional de EARI, um caminho que tenho o maior prazer em percorrer.
II
Na semana passada ficou a conhecer-se a avaliação (parcial) dos Centros de Investigação realizada por painéis internacionais da FCT (18 meses depois….). A apreciação institucional dos resultados até agora divulgados foi tornada pública pelo Vice-Reitor para a Ciência, Investigação Científica e Cooperação Nacional e Internacional em mensagem dirigida aos docentes da UÉ. No essencial escreve: “ De uma forma global, os resultados são positivos e traduzem uma evidente melhoria da actividade científica da UE, havendo a expectativa de o número de unidades de investigação financiadas pela FCT passar de 7 para 12”. As leituras podem ser variadas, incluindo uma ou outra completamente idiota. As Universidades têm de facto (tiveram sempre) uma população muito diferenciada, um arco que vai dos académicos com padrões éticos elevados até uma insuportável fauna de preguiçosos, invejosos e amigos do texto alheiro. Não sou (nunca fui) de perder tempo com esta gente “invisível” onde deveria estar visível mas é preciso de vez em quando lembrar que o "tipo" existe.
Um colega reagiu a estas análises tontas assim:
:-)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
III
Acabo de saber que o Prof. Doutor Adriano Moreira resignou da aceitação do convite para integrar o Conselho Geral da minha universidade. Um gesto digno de quem não pactua com gente indigna. E adianto já que não recebo lições de "anti-fascismo" de ninguém. No plano institucional perdemos uma das poucas pessoas com pensamento estratégico sólido sobre o Ensino Superior em Portugal.
HAF
08.00-11.00: Preparação de sessão de HCTNHE
11.00-15.00: Desenho de Projecto FCT e tese de doutoramento
15.00-16.30: Júri pós-docs
17.00-20.00: Sessão HCTNHE
22.00…. Chegam sinais muito positivos no sentido da criação de um Centro Internacional de EARI, um caminho que tenho o maior prazer em percorrer.
II
Na semana passada ficou a conhecer-se a avaliação (parcial) dos Centros de Investigação realizada por painéis internacionais da FCT (18 meses depois….). A apreciação institucional dos resultados até agora divulgados foi tornada pública pelo Vice-Reitor para a Ciência, Investigação Científica e Cooperação Nacional e Internacional em mensagem dirigida aos docentes da UÉ. No essencial escreve: “ De uma forma global, os resultados são positivos e traduzem uma evidente melhoria da actividade científica da UE, havendo a expectativa de o número de unidades de investigação financiadas pela FCT passar de 7 para 12”. As leituras podem ser variadas, incluindo uma ou outra completamente idiota. As Universidades têm de facto (tiveram sempre) uma população muito diferenciada, um arco que vai dos académicos com padrões éticos elevados até uma insuportável fauna de preguiçosos, invejosos e amigos do texto alheiro. Não sou (nunca fui) de perder tempo com esta gente “invisível” onde deveria estar visível mas é preciso de vez em quando lembrar que o "tipo" existe.
Um colega reagiu a estas análises tontas assim:
:-)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
III
Acabo de saber que o Prof. Doutor Adriano Moreira resignou da aceitação do convite para integrar o Conselho Geral da minha universidade. Um gesto digno de quem não pactua com gente indigna. E adianto já que não recebo lições de "anti-fascismo" de ninguém. No plano institucional perdemos uma das poucas pessoas com pensamento estratégico sólido sobre o Ensino Superior em Portugal.
HAF
quarta-feira, dezembro 17
terça-feira, dezembro 16
10269º Dia
I
08.00-10.00: correio e burocracia
10.00-13.00: Seminário “A Europa dos Séculos XIX e XX : Das Sociedades Nacionais à Sociedade Europeia ?” (ES19_20:SNSE]
15.00-20.00: Concurso Internacional para provimento de um lugar de Investigador (CeisXX): relatório final
22.00-24.00: Leitura “antecipada” de alguns verbetes:: IRIYE Akira e Pierre-Yves SAUNIER [2009]: The Palgrave Dictionary of Transnational History. From the Mid-19th Century to the Present Day,Palgrave Macmillan
II
Só o absoluto desprezo pode ter levado Muntadar a “sapatear” Bush. Provavelmente prefere-o vivo…para ser melhor lembrado.
III: O País do improviso ou do “Vamos ver se Pega”
As “boas práticas” são facilmente reprodutivas.
Foi assim na Educação: anos a fio, reformas atrás de reformas, independentemente da paixão. Ultimamente temos vivido a questão da avaliação dos professores: um modelo mal estudado, mal desenhado e mal aplicado. Isso já toda a gente percebeu (incluindo a iluminada e batalhista ministra e sua inacreditável equipe): o que está a querer impôr-se é ineficente, é burocrático, é susceptível de enormes injustiças, é de controlo pouco fiável, etc. etc…, tem defeitos, mas cumpre-se na mesma, para o ano muda-se. Paciência, são os sacrificados do “pogresso”: já foi assim com o concurso para titulares, uma completa “cowboyada”.A abertura (pressionada) da negociação é para a não-negociação: um encontro entre a inefável equipe que dirige a Educação Nacional e os representantes dos professores,uma “cafesada” ou uma “chasada” e pronto…este ano fica tudo na mesma e para o ano a gente muda.Em suma:a estratégia da conversa do “dodger". Assim se vai matando uma boa ideia: introduzir uma diferenciação hierárquica e das responsabilidades entre os professores do ensino não superior assente na avaliação das competências e desempenho profissionais. Há muitos estudos sobre o assunto e muita experimentação. Nenhuma das que conheço foi introduzida de supetação…sem ser testada, adaptada aos diversos contextos escolares, local, regional. Mas o que o modelo de avaliação imposto mostra é a falta de estudo e de outras coisas essenciais a um vida democrática sem crispações inúteis.
Agora experimentamos a outra modalidade: a do“vamos ver se pega”. Já corre na Net que o Ministério das Finanças vai recuar na questão das coimas (quase 250 euros) aos contribuintes com recibos verdes que não fizeram um anexo declarativo.O povo (partidos políticos, sociedade civil) queixou-se... A coisa estava mal pensada. Feitas as contas são 200.000 trbalhadores...=... 200.000 votos em 2009...ups! ups!. Toca a arrepiar caminho e a improvisar mais uma vez ...até janeiro ? Porreiro, pá.Estamos nessa.
HAF
08.00-10.00: correio e burocracia
10.00-13.00: Seminário “A Europa dos Séculos XIX e XX : Das Sociedades Nacionais à Sociedade Europeia ?” (ES19_20:SNSE]
15.00-20.00: Concurso Internacional para provimento de um lugar de Investigador (CeisXX): relatório final
22.00-24.00: Leitura “antecipada” de alguns verbetes:: IRIYE Akira e Pierre-Yves SAUNIER [2009]: The Palgrave Dictionary of Transnational History. From the Mid-19th Century to the Present Day,Palgrave Macmillan
II
Só o absoluto desprezo pode ter levado Muntadar a “sapatear” Bush. Provavelmente prefere-o vivo…para ser melhor lembrado.
III: O País do improviso ou do “Vamos ver se Pega”
As “boas práticas” são facilmente reprodutivas.
Foi assim na Educação: anos a fio, reformas atrás de reformas, independentemente da paixão. Ultimamente temos vivido a questão da avaliação dos professores: um modelo mal estudado, mal desenhado e mal aplicado. Isso já toda a gente percebeu (incluindo a iluminada e batalhista ministra e sua inacreditável equipe): o que está a querer impôr-se é ineficente, é burocrático, é susceptível de enormes injustiças, é de controlo pouco fiável, etc. etc…, tem defeitos, mas cumpre-se na mesma, para o ano muda-se. Paciência, são os sacrificados do “pogresso”: já foi assim com o concurso para titulares, uma completa “cowboyada”.A abertura (pressionada) da negociação é para a não-negociação: um encontro entre a inefável equipe que dirige a Educação Nacional e os representantes dos professores,uma “cafesada” ou uma “chasada” e pronto…este ano fica tudo na mesma e para o ano a gente muda.Em suma:a estratégia da conversa do “dodger". Assim se vai matando uma boa ideia: introduzir uma diferenciação hierárquica e das responsabilidades entre os professores do ensino não superior assente na avaliação das competências e desempenho profissionais. Há muitos estudos sobre o assunto e muita experimentação. Nenhuma das que conheço foi introduzida de supetação…sem ser testada, adaptada aos diversos contextos escolares, local, regional. Mas o que o modelo de avaliação imposto mostra é a falta de estudo e de outras coisas essenciais a um vida democrática sem crispações inúteis.
Agora experimentamos a outra modalidade: a do“vamos ver se pega”. Já corre na Net que o Ministério das Finanças vai recuar na questão das coimas (quase 250 euros) aos contribuintes com recibos verdes que não fizeram um anexo declarativo.O povo (partidos políticos, sociedade civil) queixou-se... A coisa estava mal pensada. Feitas as contas são 200.000 trbalhadores...=... 200.000 votos em 2009...ups! ups!. Toca a arrepiar caminho e a improvisar mais uma vez ...até janeiro ? Porreiro, pá.Estamos nessa.
HAF
segunda-feira, dezembro 15
10267º Dia
Revisão fixação do texto da Laudatio (GM)
Hannu HEINONEN: Regional Integration and the State .The Changing Nature of Sovereignty in Southern Africa and Europe, Doctoral dissertation.University of Helsinki, 2006
HAF
Hannu HEINONEN: Regional Integration and the State .The Changing Nature of Sovereignty in Southern Africa and Europe, Doctoral dissertation.University of Helsinki, 2006
HAF
10266º Dia
I
09.00-13.00: preparação HCTNDT e
14.30-16.30: Tutoria electrónica dos mestrados de RIEE (Luanda)
17.00-20.00: HCTNDT
II
A “história” da reforma “em curso” do sistema de avaliação dos professores do ensino não superior , já ultrapassa todos as fronteiras do disparate, como os deputados que se baldam às votações, os recuos para negociação do “não muda nada”, os mail das DRE aos professores , circuitando a hierarquia da escola, as reuniões das partes que em vez de aproximar afastam-nas cada vez mais… Coisas do “pacto educativo” à portuguesa. Um “batalhista” no poder é em regra insensato .…
HAF
09.00-13.00: preparação HCTNDT e
14.30-16.30: Tutoria electrónica dos mestrados de RIEE (Luanda)
17.00-20.00: HCTNDT
II
A “história” da reforma “em curso” do sistema de avaliação dos professores do ensino não superior , já ultrapassa todos as fronteiras do disparate, como os deputados que se baldam às votações, os recuos para negociação do “não muda nada”, os mail das DRE aos professores , circuitando a hierarquia da escola, as reuniões das partes que em vez de aproximar afastam-nas cada vez mais… Coisas do “pacto educativo” à portuguesa. Um “batalhista” no poder é em regra insensato .…
HAF
10265º Dia
09.00-13.00: preparação HCTNHE
14.00-16.00: correspondência e burocracia
16.00-17.00: Conferência Fórum Europa-Portugal "Erradicação da Pobreza, uma Visão de Futuro"...
17.15-20.00: HCTNHE
HAF
14.00-16.00: correspondência e burocracia
16.00-17.00: Conferência Fórum Europa-Portugal "Erradicação da Pobreza, uma Visão de Futuro"...
17.15-20.00: HCTNHE
HAF
quarta-feira, dezembro 10
10264º Dia
10-12-1948
A Assembleia Geral (DA ONU)
“Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.
[…]
ARTIGO 22.º
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país
[…]
ARTIGO 26.º
1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos. “
[General Assembly of United Nations resolution 217 A (III) of 10 December 1948]
I
08.30-09.30: Desenho de uma proposta para um centro de investigação em EARI em Angola para discussão com Mg RUE e VM do MIREXA
09.30-10.15: reunião com o Reitor da UÉ
10.30-17,30: Preparação de aulas MEHE (HCTNHE e HCTN-DT)
17.30-20.00: Relatório e Creditação do MEHE
20.00…. O já clássico “Jantar dos Homens Bons” do DH .
II
Finalmente, dezoito meses depois de iniciado o processo, temos o resultado da avaliação das unidades de investigação : o NICPRI teve o que merecia, subiu à classificação máxima. Hoje começa uma enorme tarefa: manter esta classificação. O que se pode alcançar se soubermos manter a coesão estratégica e a cultura de cooperação académica séria que nos levou a esta associação interinstitucional. Há dias em que beneficiamos da felicidade silenciosa: este é um deles.
III
Portugal , um país onde cresce a “desigualdade ilegítima”
“Vamos empobrecer com (muito) barulho “
Henrique Medina Carreira, entrevista em Negócios da Semana, SIC Notícias (23.10-00.00)
HAF
A Assembleia Geral (DA ONU)
“Proclama a presente Declaração Universal dos Direitos do Homem como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação universais e efectivos tanto entre as populações dos próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição.
[…]
ARTIGO 22.º
Toda a pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social; e pode legitimamente exigir a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, de harmonia com a organização e os recursos de cada país
[…]
ARTIGO 26.º
1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.
2. A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
3. Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos. “
[General Assembly of United Nations resolution 217 A (III) of 10 December 1948]
I
08.30-09.30: Desenho de uma proposta para um centro de investigação em EARI em Angola para discussão com Mg RUE e VM do MIREXA
09.30-10.15: reunião com o Reitor da UÉ
10.30-17,30: Preparação de aulas MEHE (HCTNHE e HCTN-DT)
17.30-20.00: Relatório e Creditação do MEHE
20.00…. O já clássico “Jantar dos Homens Bons” do DH .
II
Finalmente, dezoito meses depois de iniciado o processo, temos o resultado da avaliação das unidades de investigação : o NICPRI teve o que merecia, subiu à classificação máxima. Hoje começa uma enorme tarefa: manter esta classificação. O que se pode alcançar se soubermos manter a coesão estratégica e a cultura de cooperação académica séria que nos levou a esta associação interinstitucional. Há dias em que beneficiamos da felicidade silenciosa: este é um deles.
III
Portugal , um país onde cresce a “desigualdade ilegítima”
“Vamos empobrecer com (muito) barulho “
Henrique Medina Carreira, entrevista em Negócios da Semana, SIC Notícias (23.10-00.00)
HAF
terça-feira, dezembro 9
10263º Dia
I
08.00-18.00: IAN_TT
II
Assente a ideia base para novo projecto FCT (NICPRI), apesar de aguardarmos há 18 meses pelo resultado da avaliação das Unidades de I&D [uma silenciosa incompetência]
III
Correspondência vária, em especial com Angola, de onde houveram novidades fortes.
HAF
08.00-18.00: IAN_TT
II
Assente a ideia base para novo projecto FCT (NICPRI), apesar de aguardarmos há 18 meses pelo resultado da avaliação das Unidades de I&D [uma silenciosa incompetência]
III
Correspondência vária, em especial com Angola, de onde houveram novidades fortes.
HAF
domingo, dezembro 7
10261º Dia
sábado, dezembro 6
10260º Dia
10259º Dia
I
09.00-11.00: Digitalização de documentos para estudantes da UMA
11.00-13.30: Reunião com CC RIEE e com séniores do NICPRI.UE. Assunto: breve balanço da visita de trabalho a Angola e criação de algo como um NEARI
II
Viagem para terra e mar do sul.
HAF
09.00-11.00: Digitalização de documentos para estudantes da UMA
11.00-13.30: Reunião com CC RIEE e com séniores do NICPRI.UE. Assunto: breve balanço da visita de trabalho a Angola e criação de algo como um NEARI
II
Viagem para terra e mar do sul.
HAF
10258º Dia
I
09.00-12.00. Rever documentos, relatório da viagem, burocracia, reembolsos, etc…
12.30…. “Reunião” com SRC (Angola e NICPRI)
13.15…. Almoço com E.P.C.
15.00-20.00. Reunião “on-line” do júri C. Pós-Doc. (CeisXX). Organização de documentação vária e novos projectos de doutoramento (S.A.)
20.00-24.15. Jantar do Curso de História . Gostei de rever alguns dos alunos finalistas de 2007…agora em programas de 2º Ciclo. Mail de aluna lembrou que deveria ter havido sessão de HCTHE, o que não ocorreu por falha minha.
II
A equipe ME, com o problema da avaliação (que tem de ser mas para o ano mudará…), e o DHUE, com a heróica saga do curso de História “arramalhado” e o embrulho arqueológico “à vista”, são dois bons exemplos de situações em que pessoas se enredam de tal forma em projectos que deles não se conseguem distanciar, nem para discernir os erros, nem para reconhecer o insucesso dos resultados : é o círculo vicioso do afundamento. Talento inato [p. isso autores recorrentes de 3 ou 4 “reformas” na última meia década], projectos de mérito incontornável [mesmo que não passe de uma má “cópia” de uma boa ideia] , incapacidade dos candidatos em vislumbrar tais virtudes , ausência de alunos, ups…vamos a mais uma “piquena” reforma , etc, etc… só que desta vez o “etc”…acaba em 2009. Não haja quaisquer ilusões: chegará a hora das responsabilidades individuais e institucionais.
HAF
09.00-12.00. Rever documentos, relatório da viagem, burocracia, reembolsos, etc…
12.30…. “Reunião” com SRC (Angola e NICPRI)
13.15…. Almoço com E.P.C.
15.00-20.00. Reunião “on-line” do júri C. Pós-Doc. (CeisXX). Organização de documentação vária e novos projectos de doutoramento (S.A.)
20.00-24.15. Jantar do Curso de História . Gostei de rever alguns dos alunos finalistas de 2007…agora em programas de 2º Ciclo. Mail de aluna lembrou que deveria ter havido sessão de HCTHE, o que não ocorreu por falha minha.
II
A equipe ME, com o problema da avaliação (que tem de ser mas para o ano mudará…), e o DHUE, com a heróica saga do curso de História “arramalhado” e o embrulho arqueológico “à vista”, são dois bons exemplos de situações em que pessoas se enredam de tal forma em projectos que deles não se conseguem distanciar, nem para discernir os erros, nem para reconhecer o insucesso dos resultados : é o círculo vicioso do afundamento. Talento inato [p. isso autores recorrentes de 3 ou 4 “reformas” na última meia década], projectos de mérito incontornável [mesmo que não passe de uma má “cópia” de uma boa ideia] , incapacidade dos candidatos em vislumbrar tais virtudes , ausência de alunos, ups…vamos a mais uma “piquena” reforma , etc, etc… só que desta vez o “etc”…acaba em 2009. Não haja quaisquer ilusões: chegará a hora das responsabilidades individuais e institucionais.
HAF
quarta-feira, dezembro 3
10257º Dia
I
No regresso ao meu gabinete na UÉ encontrei um edifício vazio, alguns colegas, alguma correspondência importante. Liguei ao MR e fiz telefonemas de cortesia à Reitora da UMA e a um dos seus Vice-Reitores. Fiz os contactos necessários para localizar E.P. Catumbela. Dei uma volta pela cidade, de escolas abertas mas sem alunos e professores, passei pela Tabacaria do costume para recolher, entre outros, o “Mundo da Pesca” de Dezembro, que inclui o quadro do rítimo de actividades dos peixes no oceano, e fui para casa “descansar”. À tarde, entretido no “desfazer das malas”, telefonou-me E.P.Catumbela. Marcamos um encontro para amanhã. Uma notícia que agradará ao meu amigo Pity. E como já não dou valor às urgências, os próximos dias serão de transição.
II
Proveniente de um outro continente e país, ao passar os olhos por alguns noticiários da nossa oferta televisiva, não consigo fazer uma distinção radical sobre o excesso da versão governamental e ausência da crítica profissional. Hoje o Senhor Primeiro Ministro veio à TV várias vezes referir as vantagens de que beneficiaremos no próximo ano com a descida das taxas euribor e do petróleo, etc, etc. como se isso per si fosse um factor de optimismo. Mas não é,uma vez que não há sinais de des-fragilização do contexto interno, que está sempre excessivamente dependente das viragens lentas ou bruscas da economia internacional. Isto para dizer, que em paises como Angola, a autonomia da dinâmica da "economia interna" torna o discurso governameental bem mais honesto e sério.
HAF
No regresso ao meu gabinete na UÉ encontrei um edifício vazio, alguns colegas, alguma correspondência importante. Liguei ao MR e fiz telefonemas de cortesia à Reitora da UMA e a um dos seus Vice-Reitores. Fiz os contactos necessários para localizar E.P. Catumbela. Dei uma volta pela cidade, de escolas abertas mas sem alunos e professores, passei pela Tabacaria do costume para recolher, entre outros, o “Mundo da Pesca” de Dezembro, que inclui o quadro do rítimo de actividades dos peixes no oceano, e fui para casa “descansar”. À tarde, entretido no “desfazer das malas”, telefonou-me E.P.Catumbela. Marcamos um encontro para amanhã. Uma notícia que agradará ao meu amigo Pity. E como já não dou valor às urgências, os próximos dias serão de transição.
II
Proveniente de um outro continente e país, ao passar os olhos por alguns noticiários da nossa oferta televisiva, não consigo fazer uma distinção radical sobre o excesso da versão governamental e ausência da crítica profissional. Hoje o Senhor Primeiro Ministro veio à TV várias vezes referir as vantagens de que beneficiaremos no próximo ano com a descida das taxas euribor e do petróleo, etc, etc. como se isso per si fosse um factor de optimismo. Mas não é,uma vez que não há sinais de des-fragilização do contexto interno, que está sempre excessivamente dependente das viragens lentas ou bruscas da economia internacional. Isto para dizer, que em paises como Angola, a autonomia da dinâmica da "economia interna" torna o discurso governameental bem mais honesto e sério.
HAF
10256º Dia
I
Deixei Luanda numa madrugada quente. Da janela do quarto vi o formigueiro que dos bairros periféricos, aos milhares, enlatados nos candongueiros, invadem uma cidade em obras. Fixei pela última vez o panorama da baía, a fila de navios que aguardam o porto, o casario urbano desorganizado batido pelo sol, o “tufo de acácias” que rodeia uma instuição administrativa vizinha. Despedi-me das empregadas do 7º piso, que cuidaram do serviço de roupas, dos quartos e da cozinha, onde pude re-encontrar-me com alguns antigos sabores graças ao talento de uma excelente cozinheira. Como posso não as encontrar no futuro, a objectiva da minha HP fixou-as, para sempre. Deixei uma última mensagem a alguns dos residentes (F.; J.; A.)
Entregue à perícia e moderação do José Luís , um angolano de “raça mista” (como inacreditavelmente consta no BI), na condução da carrinha da UMA , atravesso a cidade, já com as ruas e praças povodadas de vendedores de tudo, de demoradas filas nas “bombas de combustível”, que os “seguranças” procuram ferreamente disciplinar, e de todos os cheiros de mais de cinco milhões de seres humanos de condição tão exacerbadamente diferente. Olhos vidrados, mais que as pessoas vejo vultos, e fixo-me de novo nas acácias floridas. A escolha de JL [o motorista] para o retorno ao aeroporto foi minha; foi dos meus primeiros contactos, pois foi ele que, com o Vice-Reitor da UMA , me “apanhou” no dia da chegada. Entre estes dois momentos o JL não deixou de ser apenas um desconhecido e farei tudo para cumprir o que lhe prometi.
A barreira do aeroporto no acesso ao avião foi superada em cerca de hora e meia, após a longa espera do “check in”, onde foi necessário contornar as propostas de avançar com “gasosa” para ganhar um lugar na fila “vip”, o “incidente” do Visto e o Serviço de Alfândega. Aqui o diálogo do funcionário foi curto, claro e compreensivo. Cumprimentou educadamente, quase docemente, olhou para a mochila do portátil e o saco de mão com livros e deixou cair …. «O senhor tem dólares? “Não”. Tem euros? “Não”. Tem kwanzas? “Não”. Pode seguir: era só para ver se tinha algo para umas boas festas.». Na verdade não me senti pressionado. Percebi-o. Mesmo que tivesse algum disponível, apesar da forma como correu a conversa e daquele olhar de frustada espectativa, eu , por respeito ao funcionário, não lhe teria dado nada. No bolso guardava apenas três notas “pequenas” (50, 100 e 200) de kwanzas, para a família conhecer o dinheiro corrente da Angola independente.
No transporte que venceria o último lance da “fronteira”, conduzindo-nos ao A340 da TAP, entraram duas mensagens no tlm. A do Diogo, a quem pedi para confirmar se estava tudo bem. E felizmente estava…. A segunda, era de uma estudante do mestrado, que me colheu de surpresa e marejou a alma: “Tenha uma óptima viagem e volte sempre! Obrigada pelos ensinamentos, aprendemos muito em tão pouco tempo. O q é bom dura pouco. Bjs super prof. [nome]”. Viajei com esta mensagem e não vou querer libertar-me dela…e do compromisso de voltar. Durante muito tempo não desejei este retorno que as responsabilidades profissionais acabaram por proporcionar. Há muita coisa que posso e desejo fazer, aqui e lá. Devo isto a mim próprio, à minha geração e ao futuro
II
Na Portela re-encontrei a família e foi no regresso a casa que assisti ao único momento de violência nas últimas semanas : a tentativa frustada de assalto ao multibanco no Jumbo de Setúbal.
HAF
10255º Dia
1ª de Dezembro de 2008, o último dia deste primeiro regresso à terra. Reservei a manhã para uma visita ao Arquivo Histórico Nacional de Angola. Uma caminhada (acompanhado) até à Mutamba e depois a procura de uma instituição quase desconhecida da população local. No Arquivo quase nada pude fazer, pois não existem ou não estão acessíveis os elementos de pesquisa básicos [apenas me foram facultados 4 números de uma revista da instituição que listava alguns documentos…., o que indicia um acesso muito reservado aos fundos. Uma surpresa e desilusão enormes. O projecto da S. sobre o S.P. terá de segurar-se noutros arquivos.
A tarde deveria ser repartida entre atendimento e reuniões com os mestrandos e uma conferência sobre a Gestão das Crises. Perdi a conferência porque foram poucas as horas disponíveis para os estudantes: a distribuição de documentos digitais, as explicações, o atendimento (individual e de alguns grupos). A última reunião, com a comissão promotora do NEEARI – Núcleo de Estudantes de Estudos Africanos e Relações Internacionais, na qual ficou definida a primeira etapa e calendário, terminou cerca das 21,30h, com algumas peripécias interessantes. Antes disso, os estudantes surpreenderam-me com o pedido de um último encontro no Anf. II, onde os encontrei reunidos. Foi um gesto generoso, que me deixou quase “sem palavras”, por tudo: pelo que enriqueci nestas últimas duas semanas, pelo interesse e empenho que eles puseram em tudo [pese embora as enormes dificuldades que eles enfrentam num dia a dia preenchido por vezes com 2 ou 3 empregos para assegurar uma existência digna, com horas de distância das residências, o custo das propinas, ainda que beneficiando de muitas modalidades de pagamento, etc, etc…]; e porque alguém pediu que desse “pelo menos mais meia hora de aula” [eram 19.55 h…]. Destes estudantes, que definitivamente entraram na minha vida, das suas fraquezas e forças, da grande variedade das suas inquietações, tão patentes desde a primeira sessão, retiro energias fundamentais.
Foi por isso insatisfeito e perturbado que me reuni com os colegas no piso 7. Jantei. Conversei com o D. e o V. sobre alguns detalhes das reuniões da tarde e consideramos importante reapreciar a ligação ao IRI. Despedi-me dos presentes, devolvi a biografia do A. Neto , e oagendado um almoço em Setúbal para breve. É que Já todos contam os dias para um mês de férias em Portugal…a partir de 15 de Dezembro. Até lá…”companheiros” [para usar o estilo do J.]
HAF
A tarde deveria ser repartida entre atendimento e reuniões com os mestrandos e uma conferência sobre a Gestão das Crises. Perdi a conferência porque foram poucas as horas disponíveis para os estudantes: a distribuição de documentos digitais, as explicações, o atendimento (individual e de alguns grupos). A última reunião, com a comissão promotora do NEEARI – Núcleo de Estudantes de Estudos Africanos e Relações Internacionais, na qual ficou definida a primeira etapa e calendário, terminou cerca das 21,30h, com algumas peripécias interessantes. Antes disso, os estudantes surpreenderam-me com o pedido de um último encontro no Anf. II, onde os encontrei reunidos. Foi um gesto generoso, que me deixou quase “sem palavras”, por tudo: pelo que enriqueci nestas últimas duas semanas, pelo interesse e empenho que eles puseram em tudo [pese embora as enormes dificuldades que eles enfrentam num dia a dia preenchido por vezes com 2 ou 3 empregos para assegurar uma existência digna, com horas de distância das residências, o custo das propinas, ainda que beneficiando de muitas modalidades de pagamento, etc, etc…]; e porque alguém pediu que desse “pelo menos mais meia hora de aula” [eram 19.55 h…]. Destes estudantes, que definitivamente entraram na minha vida, das suas fraquezas e forças, da grande variedade das suas inquietações, tão patentes desde a primeira sessão, retiro energias fundamentais.
Foi por isso insatisfeito e perturbado que me reuni com os colegas no piso 7. Jantei. Conversei com o D. e o V. sobre alguns detalhes das reuniões da tarde e consideramos importante reapreciar a ligação ao IRI. Despedi-me dos presentes, devolvi a biografia do A. Neto , e oagendado um almoço em Setúbal para breve. É que Já todos contam os dias para um mês de férias em Portugal…a partir de 15 de Dezembro. Até lá…”companheiros” [para usar o estilo do J.]
HAF
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