Para o debate sobre a emergência de “uma sociedade europeia” é preciso reler: Colin CROUCH : Social Change in Western Europe (Oxford University Press. Oxford 1999)
II
A Universidade de Évora regressa à imprensa por muito boas razões. “Universidade inova nos festejos dos 450 anos da sua fundação. Academia de Évora é a primeira a lançar conteúdos lectivos online para a mundo”. O projecto integra-se no Universia Portugal (ocw.universia.net) e só estará acessível ao público daqui a um ano (o que é fundamental concretizar). Todavia já no próximo dia 1 de Novembro, Dia da Universidade, será inaugurado o UE LINE TV, um canal de alta definição , que disponibilizará “conteúdos, actividades culturais, científicas, concertos, conferências, seminários, ensino à distância e acções realizadas na academia ou por si organizadas”. Notícia extensa no Público de hoje (Local, p. 19)
III
O Caderno de Economia do hebdomadário "Expresso" não é agradável de se ler, mas é útil.Mostra onde estamos e o trajecto económico mais provável para os próximos anos. Acabamos de passar por “uma das piores semanas de sempre nas bolsas”, e as expectativas são de um expressivo abrandamento do crescimento ecómico nos próximos (longos) meses , com “vários países europeus” a entrar em recessão (como o UK e Espanha) e o crescimento zero na economia portuguesa [crescimento do PIB: 1,9 (2007), 0,6 (2008) e 0,1 (2009), sem agravamento do desemprego e do défice externo e uma redução da inflação. O Ciclone Americano ainda está para durar e desta vez podem ser as economias emergentes as menos afectadas. António Borges analisa a crise (Lições da Crise Financeira – uma primeira abordagem ): partindo das origens (e dos factos) aflora a controvérsia das interpretações e efeitos ( o “fim do capitalismo” e o “regresso do socialiasmo”, os limites da “inovação financeira” ( terá o “subprime” – crédito hipotecário em condições de risco mais elevado – sido um excesso de inovação….), o papel da regulação, a remuneração (gananciosa?) dos banqueiros (ou apenas pouca oferta de especialistas e muita procura de especialistas em “produtos demasiado complexos”? ) e conclui que a crise financeira “resulta de um grande conjunto de factores” ( política monetária pouco prudente, a tardia percepção da excessiva valorização dos bens imobiliários , um excesso de inovação financeira, a ineficácia dos reguladores sobre os níveis do risco bancário, a distracção dos banqueiros com o seu enriquecimento pessoal)” mas que o capitalismo não está em perigo, e “ a crise passará, mais cedo ou mais tarde” (!!!!!!). O alvitre é de uma contenção absoluta: nem mais cedo que tarde, nem mais tarde que cedo. Boa malha. Aquela eu também eu era capaz de alcançar....e não precisava de ocupar duas páginas de jornal. E com tanto "espaço" até arriscava um cenários.
HAF