Editorial
Um amigo muito estimado tem uma “FlorBela” , a poetisa, sentada à janela do mundo. A peça é de Pedro Fazenda e hoje permite à poetisa, a partir da Quinta de Santa Rita, um olhar eterno sobre o lado este da cidade de Évora. Todavia ela nem sempre esteve ali. Conheci-a na cidade, no Pátio de S. Miguel , quase debruçada sobre o velho Colégio Espírito Santo (actual “centro” da Universidade de Évora) e com um horizonte que dos “coutos “ orientais da cidade se prolongava, nos dias verdadeiramente transparentes , até Évora-Monte . Mas as coisas da vida são como se fazem. Depois de um par de anos vendo o mundo a partir da cidade , e de mais alguns por outras andanças e paragens, Florbela sentou-se definitivamente para observar a cidade. E lá a encontrará nos anos vindouros quem a souber procurar. À janela, de onde a poetisa gostava de apreciar se não o Mundo, pelo menos o Mar (“Da Minha Janela”, 1923).
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
domingo, setembro 30
11653º Dia
30 de Setembro 2012
I
«Editais» para concursos….
Preparação de aulas
Debate sobre a História de Portugal
II Regressos ...
«Ei-los que chegam» vindos de longe (Argentina). São jovens, licenciados e não esperam nada, mas mesmo nada, da «terra» onde nasceram. E regressam às terras onde podem ter ambições. Nós, que os vimos a formarem-se gostamos sempre de os ver, agora lá. Desta vez foi o André M.
III
A Manifestação no «Terreiro do Povo» vista pelo «Público».
As bases de uma «greve geral», a convocar em breve pela CGTP, um «Terreiro do Povo» a abarrotar de «formigas que foram a Lisboa visitar as cigarras», uma manifestação que, na opinião de um colonista ( Elísio estanque: «Rebelião e resistência organizada) , pode ser «o início de um noco ciclo de conflitualidade social.
O Secretário Geral da CGTP repetiu ontem a proposta da intersindical para fazer face ao déficit , proposta que já tinha formulado com clareza num programa TV do dia anterior e que no discurso da manifestação aparece aassim resumida: «Agora é que são elas, agora há que taxar o capital»
HAF
11652º Dia
29 de Setembro 2012
I
Leitura de Projecto de tese. «Nas fronteiras transnacionais: uma perspectiva comparada dos conflitos agrários e do surgimento do mercado de terras na Argentina e no Brasil (1820-1950).
II
“Revisão” ou “novos estatutos” da Universidade de Évora
Recebi uma proposta (agora em discussão no CG, presumo) que deveria ser de revisão dos actuais estatutos da Universidade de Évora , que, recordo, entraram em vigor em Outubro de 2008.
Li o documento. Uma visão sintética: a) não sei se é uma revisão se um novo estatuto (as fronteiras ficam muito ténues). B) Seja o que for, quer pela orientação claramente basista quer pela complicação institucional que acrescenta (ao procurar sanar conflitos herdados), o documento não é um contributo válido. Mas não me surpreende que venha a ser adoptado.
III O «Terreiro do Povo»
Lisboa foi hoje o «Terreiro do Povo». Não estive lá, mas é como se tivesse estado.
IV
O talento genial do Sr. Borges: é o que temos.
Confirmou-se hoje a paternidade/maternidade das alterações que o Governo quis fazer na TSU (contribuição para a segurança social) , no sentido do reforço brutal da contribuição dos assalariados em geral e da redução brutal da contribuição das empresas/empresários. Tratando-se de uma ideia «extremamente inteligente» só podia ser de «António Mendo de Castel-Branco do Amaral Osório Borges» , economista e professor catedrático convidado da UCP. Como os empresários portugueses não o acompanharam no alcance de tão iluminada opção, o Prof. A Borges teve de ouvir, pelos media, o pior: «demosntra total ignorância», «muito ignorante», «não sabe do que está a falar» , «nunca trabalhou» (em presas) nem «teve de pagar salários», «a maioria dos empresários não o contrataria» (presumo que uma das razões é por não lhe poder proporcionar a pipa de massa que ganha algures…)
Trata-se de um caso de mera fé ideológica no capitalismo selvagem: nada que não vejamos noutras mentes de diversas paragens. Aceita-se, desde que deixe de influenciar tão negativamente as nossas vidas (como os resultados do Governo no último ano o ilustram).
HAF
11651º Dia
28 de Setembro 2012
Projecto África Austral
Tutorias: 6 teses de mestrado em conclusão + 2 em curso.
HAF
11650º Dia
27 de Setembro 2012
I
Um debate (História de Portugal)
Apreciação de Processos de admissão a doutoramento
Organização sessões MEHE
Ajustes nos programas de TH
II
«Ventos de Espanha» ou «Ventos Ibéricos»
A Espanha entre o cerco ao Parlamento e o «Nacionalismo» catalão. Por aqui um governo acossado, fortemente protegido quando desce ao «espaço público» com gente eventualmente recrutada entre seguranças de discotecas (foi o que pareceu no ISCSP)
III
NETO Maria Conceição: In Town and Out of Town. A Social History of Huambo (Angola) 1902-1961, Thesis , SOAS-University of London, 2012
HAF
I
Um debate (História de Portugal)
Apreciação de Processos de admissão a doutoramento
Organização sessões MEHE
Ajustes nos programas de TH
II
«Ventos de Espanha» ou «Ventos Ibéricos»
A Espanha entre o cerco ao Parlamento e o «Nacionalismo» catalão. Por aqui um governo acossado, fortemente protegido quando desce ao «espaço público» com gente eventualmente recrutada entre seguranças de discotecas (foi o que pareceu no ISCSP)
III
NETO Maria Conceição: In Town and Out of Town. A Social History of Huambo (Angola) 1902-1961, Thesis , SOAS-University of London, 2012
HAF
domingo, setembro 23
11645-11646 º Dias
22 e 23 de Setembro 2012
Correspondência
Correspondência
Preparação de Aulas
Teses (revisão de)
Sabatina da imprensa portuguesa da semana (Público, I, Expresso e Visão)
HAF11644º Dia
21 de Setembro 2012
I
Ghent-Évora…mais um regresso. A viagem de comboio até ao aeroporto de Bruxelas (cerca de uma hora) , permite grafar uma reflexão geral sobre o RDC que agora termina. Quatro notas parecem-me importantes. A primeira, é para destacar o interesse que este curso suscita nos doutorandos que frequentam programas na Europa. Dos mais de 50 candidatos, foram selecionados 33 estudantes de 22 universidades europeias, embora a maioria delas do «coração » Europa. Não houve nenhuma candidatura portuguesa. É interessante ver como estes jovens, usando como instrumento um domínio desigual do inglês, rapidamente se «organizam» em comunidade de conhecimento e de socialização. Nestas práticas de partilha académica, para além das virtudes de treino cientifico, se facilita a construção da Europa criando viveiros e embriões de comunidades sistémicas transnacionais. O interesse crescente reflecte-se naturalmente na qualidade dos «major papers» através dos quais apresentam e se discute os planos de doutoramento que têm em mãos. Nas discussões sobressaíram alguns casos pela negativa: entre os doutorandos de história económica manifestou-se, nunca antes de forma tão acentuada, uma clara falta de background sobre os contextos históricos que analisam, em particular nos exercícios mais comparatistas. Esta leitura foi partilhada por outros professores e não deixaremos de ter em conta na edição do próximo ano. Critico foi também, alguns textos, o seu tom coloquial, reforçando-se a ideia de que mesmo no doutoramento os estudantes beneficiam caso tenham treino em «escrita académica» A terceira nota, serve apenas para enfatizar o início do processo de mudança de geração entre o staff docente. Dos 17 professores que nesta edição participaram apenas cinco integram a geração fundadora (1995) da rede e programa ESTER (European School for Training in Ecomomic and Social History) (AJ, BG, HAF, PM e PV), que o Phostumus Institut acolhe e apoia com alguma generosidade. Dos novos já há repetições, que vão dando expressão à transição. Todavia esta equipa funcionou muito bem e provavelmente repetirá a experiência no próximo ano. A última nota releva o acolhimento que nos foi proporcionado. Mas mãos da Isabelle e de Limberger a organização local foi extraordinária: Um hotel absolutamente central (IBIS Cathedral), a dez minutos do local onde decorreram as sessões de trabalho: Faculdade de História, frequentada por centenas de estudantes estrangeiros. Instalada num «edifício inteligente» oferece uma infraestrutura notável, com a generalidade das salas desenhada para grupos de 15 a 17 pessoas. O habitual «tour» que em regra decorre a meio do programa, proporcionou-nos um visita à biblioteca pública, instalada desde os anos 1930 num edifício de grande dimensões onde sobressai uma torre de dezenas de andares («a 4ª torre de Gant») com um miradouro que cobre toda a cidade e cujo acesso nos foi proporcionado. Seguiu-se a visita ao novo «STAM», um museu centrado na história da cidade e na vida quotidiana, com um programa notável, que as duas horas de visita guiada não permitiu ver em todo o detalhe. Havia, num canal central, um barco fluvial à espera para uma nova visão da cidade medieval e moderna vista a partir desses eixos fluviais que foram essenciais à organização da vida da cidade. O tradicional champanhe acompanhou a narrativa que ficou a cardo de «Peter» um licenciado em História pela Universidade de Gant, professor da disciplina no ensino secundário e um excelente guia e comunicador que, com as suas narrativas informadas, críticas e até cínicas desconstruiu um pouco a narrativa «nacionalista» com que fomos (o nosso grupo) prendados no museu. Peter continuou ainda connosco, já em terra firme, a calcorrear o património edificado da cidade que, seguindo a tradição local, incluiu uma mais demorada passagem por três restaurantes, onde, sucessivamente fomos presenteados com as entradas (no Teatro principal da Cidade), o 2º prato (num restaurante Michelin) e a sobremesa, num restaurante-com ar de antigo «club» da sociedade local: 6 horas, que, como disse Pier de Vries, não esqueceremos, como todo o seminário, nos próximos três dias. Mas quando imagino uma academia europeia, e uma universidade a cumprir com a sua missão, acomodo nessa imagem estes momentos que cada vez mais fazem (deviam fazer ) parte da nossa comunidade intelectual. O regresso a casa trás me a uma outra realidade que um dia mudaremos.
II
David VAN REYBROUGH: Congo. Une Histoire, ed. Actes Sud, 2012 (ed. orig.: Congo. Ein geschiedenis, da De Bejige Bij, Amsterdam)
HAF
I
Ghent-Évora…mais um regresso. A viagem de comboio até ao aeroporto de Bruxelas (cerca de uma hora) , permite grafar uma reflexão geral sobre o RDC que agora termina. Quatro notas parecem-me importantes. A primeira, é para destacar o interesse que este curso suscita nos doutorandos que frequentam programas na Europa. Dos mais de 50 candidatos, foram selecionados 33 estudantes de 22 universidades europeias, embora a maioria delas do «coração » Europa. Não houve nenhuma candidatura portuguesa. É interessante ver como estes jovens, usando como instrumento um domínio desigual do inglês, rapidamente se «organizam» em comunidade de conhecimento e de socialização. Nestas práticas de partilha académica, para além das virtudes de treino cientifico, se facilita a construção da Europa criando viveiros e embriões de comunidades sistémicas transnacionais. O interesse crescente reflecte-se naturalmente na qualidade dos «major papers» através dos quais apresentam e se discute os planos de doutoramento que têm em mãos. Nas discussões sobressaíram alguns casos pela negativa: entre os doutorandos de história económica manifestou-se, nunca antes de forma tão acentuada, uma clara falta de background sobre os contextos históricos que analisam, em particular nos exercícios mais comparatistas. Esta leitura foi partilhada por outros professores e não deixaremos de ter em conta na edição do próximo ano. Critico foi também, alguns textos, o seu tom coloquial, reforçando-se a ideia de que mesmo no doutoramento os estudantes beneficiam caso tenham treino em «escrita académica» A terceira nota, serve apenas para enfatizar o início do processo de mudança de geração entre o staff docente. Dos 17 professores que nesta edição participaram apenas cinco integram a geração fundadora (1995) da rede e programa ESTER (European School for Training in Ecomomic and Social History) (AJ, BG, HAF, PM e PV), que o Phostumus Institut acolhe e apoia com alguma generosidade. Dos novos já há repetições, que vão dando expressão à transição. Todavia esta equipa funcionou muito bem e provavelmente repetirá a experiência no próximo ano. A última nota releva o acolhimento que nos foi proporcionado. Mas mãos da Isabelle e de Limberger a organização local foi extraordinária: Um hotel absolutamente central (IBIS Cathedral), a dez minutos do local onde decorreram as sessões de trabalho: Faculdade de História, frequentada por centenas de estudantes estrangeiros. Instalada num «edifício inteligente» oferece uma infraestrutura notável, com a generalidade das salas desenhada para grupos de 15 a 17 pessoas. O habitual «tour» que em regra decorre a meio do programa, proporcionou-nos um visita à biblioteca pública, instalada desde os anos 1930 num edifício de grande dimensões onde sobressai uma torre de dezenas de andares («a 4ª torre de Gant») com um miradouro que cobre toda a cidade e cujo acesso nos foi proporcionado. Seguiu-se a visita ao novo «STAM», um museu centrado na história da cidade e na vida quotidiana, com um programa notável, que as duas horas de visita guiada não permitiu ver em todo o detalhe. Havia, num canal central, um barco fluvial à espera para uma nova visão da cidade medieval e moderna vista a partir desses eixos fluviais que foram essenciais à organização da vida da cidade. O tradicional champanhe acompanhou a narrativa que ficou a cardo de «Peter» um licenciado em História pela Universidade de Gant, professor da disciplina no ensino secundário e um excelente guia e comunicador que, com as suas narrativas informadas, críticas e até cínicas desconstruiu um pouco a narrativa «nacionalista» com que fomos (o nosso grupo) prendados no museu. Peter continuou ainda connosco, já em terra firme, a calcorrear o património edificado da cidade que, seguindo a tradição local, incluiu uma mais demorada passagem por três restaurantes, onde, sucessivamente fomos presenteados com as entradas (no Teatro principal da Cidade), o 2º prato (num restaurante Michelin) e a sobremesa, num restaurante-com ar de antigo «club» da sociedade local: 6 horas, que, como disse Pier de Vries, não esqueceremos, como todo o seminário, nos próximos três dias. Mas quando imagino uma academia europeia, e uma universidade a cumprir com a sua missão, acomodo nessa imagem estes momentos que cada vez mais fazem (deviam fazer ) parte da nossa comunidade intelectual. O regresso a casa trás me a uma outra realidade que um dia mudaremos.
II
David VAN REYBROUGH: Congo. Une Histoire, ed. Actes Sud, 2012 (ed. orig.: Congo. Ein geschiedenis, da De Bejige Bij, Amsterdam)
HAF
11640º Dia
17 de Setembro 2012
I
II
A «crise» portuguesa vista da Bélgica (imprensa francófona) O SudPress (o de maior tiragem) não lhe dá a mínima atenção. O Le Soir coloca-a no contexto ibérico [“Espagnols et Portugais refusent l'austérité par dizaines de milliers” (16-09-2012) ; «Les Iberes…….»], realçando as manifestações do passado fim de semana nos dois países. Para ambos as descrições são sumárias e no caso português parece menorizar-se a dimensão do protesto: «Au Portugal, ils étaient plus d'une centaine de milliers à manifester à Lisbonne et dans plusieurs villes du Portugal contre les mesures d'austérité du gouvernement de centre-droit témoignant ainsi d'un net regain du mécontentement social. » (16-09-2012) No La Libre Belgique o protesto na "Ibéria” só à espanhola. Os espanhois «venus des quatre coins d'Espagne. […] manifestent (em Madrid) massivement contre l'austérité» : «Tous dénoncent la politique de rigueur menée par le gouvernement de droite de Mariano Rajoy : enseignants, parents et élèves en vert pour défendre l'éducation, cortège blanc de la santé, marche noire pour les fonctionnaires, défilé orange pour les personnes dépendantes et âgées, femmes en violet. Plusieurs dizaines de milliers d'entre eux sont descendus des autocars arrivés de toutes les régions du pays, de Catalogne, d'Andalousie, ou du nord de l'Espagne, portant les drapeaux régionaux et les couleurs des deux grands syndicats, UGT et CCOO.»
HAF
I
II
A «crise» portuguesa vista da Bélgica (imprensa francófona) O SudPress (o de maior tiragem) não lhe dá a mínima atenção. O Le Soir coloca-a no contexto ibérico [“Espagnols et Portugais refusent l'austérité par dizaines de milliers” (16-09-2012) ; «Les Iberes…….»], realçando as manifestações do passado fim de semana nos dois países. Para ambos as descrições são sumárias e no caso português parece menorizar-se a dimensão do protesto: «Au Portugal, ils étaient plus d'une centaine de milliers à manifester à Lisbonne et dans plusieurs villes du Portugal contre les mesures d'austérité du gouvernement de centre-droit témoignant ainsi d'un net regain du mécontentement social. » (16-09-2012) No La Libre Belgique o protesto na "Ibéria” só à espanhola. Os espanhois «venus des quatre coins d'Espagne. […] manifestent (em Madrid) massivement contre l'austérité» : «Tous dénoncent la politique de rigueur menée par le gouvernement de droite de Mariano Rajoy : enseignants, parents et élèves en vert pour défendre l'éducation, cortège blanc de la santé, marche noire pour les fonctionnaires, défilé orange pour les personnes dépendantes et âgées, femmes en violet. Plusieurs dizaines de milliers d'entre eux sont descendus des autocars arrivés de toutes les régions du pays, de Catalogne, d'Andalousie, ou du nord de l'Espagne, portant les drapeaux régionaux et les couleurs des deux grands syndicats, UGT et CCOO.»
HAF
11639º Dia
16 de Setembro 2012
I
Évora-Ghent para o “Research Design Course” do Programa ESTER (17 a 20 de Setembro, Ghent University) II O Estado «político» do país. Um governo com vários nortes, protestos na rua, «baptismo(s) de cidadania» (Adelino Maltez) transgeracionais. Boas notícias. Muito terá de mudar.
HAF
I
Évora-Ghent para o “Research Design Course” do Programa ESTER (17 a 20 de Setembro, Ghent University) II O Estado «político» do país. Um governo com vários nortes, protestos na rua, «baptismo(s) de cidadania» (Adelino Maltez) transgeracionais. Boas notícias. Muito terá de mudar.
HAF
sábado, setembro 15
11638º Dia
15 de Setembro 2012
I
ESTER International Programme – RDC. Leitura de papers.
Referee para a Arquipélago
II
Dia de Protesto. «Baptismo(s) de cidadania» (Adelino Maltez) transgeracionais e trans-sociais. Estou solidário. Absolutamente.
O “[novo] povo saiu à rua num dia [de sol] assim”. Em Évora fomos bastantes:
HAF
I
ESTER International Programme – RDC. Leitura de papers.
Referee para a Arquipélago
II
Dia de Protesto. «Baptismo(s) de cidadania» (Adelino Maltez) transgeracionais e trans-sociais. Estou solidário. Absolutamente.
O “[novo] povo saiu à rua num dia [de sol] assim”. Em Évora fomos bastantes:
HAF
11637º Dia
14 de Setembro 2012
I
Reunião Júri ISCTE (Prof. Auxiliar, HMC)
Reunião IICT (mestrado)
Visita a FSD
II
Debate sobre a escrita profissional da História de Portugal (Loff-Ramos)
Há textos sobre o assunto que estiveram disponíveis na NET e posteriormente retirados. Impressiona-me esta conduta, tratando-se de gente credenciada.
HAF
I
Reunião Júri ISCTE (Prof. Auxiliar, HMC)
Reunião IICT (mestrado)
Visita a FSD
II
Debate sobre a escrita profissional da História de Portugal (Loff-Ramos)
Há textos sobre o assunto que estiveram disponíveis na NET e posteriormente retirados. Impressiona-me esta conduta, tratando-se de gente credenciada.
HAF
11636º Dia
13 de Setembro 2012
I
Exame TH
Despacho CC ECS
Dossier Júri ISCTE (Revisão)
ESTER International Programme: RDC . Leitura de papers
Leitura de tese.
II
O “African Author Prize 2012 ” foi atribuído a Samson Abebe Bezabeh, doutorando do Departamento de Antropologia Social da Universidade de Bergen (Noruega), com o artigo “Citizenship and the logic of sovereignty in Djibouti” [African Affairs, Volume 110, Issue 441, 2011, Pp. 587-606]. Benzabeh publicou mais recentemente outro artigo também muito interessante: “Yemeni Families in the Early History of Addis Ababa, Ethiopia ca. 1900-1950 : A Revisionist Appraoch in Diasporic Historiography”. Cahiers d'etudes Africaines LI (4), 204, December 2011, pp. 893-919
O “African Author Prize” da African Affairs, que, por biénio, destaca o melhor artigo publicado no African Affairs (Ox.) por um autor baseado numa instituição africana ou um doutorando africano acolhido noutras universidades foi este ano foi criado em 2010, reportando-se aos artigos publicados em 2008 e 2009. O primeiro vencedor do prémio foi George M. Bob-Milliar, um especialista em Migrações que é professor visitante no DIIS- Danish Institut for International Studies [“Chieftaincy, Diaspora, and Development: The Institution of Nkusuohene in Ghana”, African Affairs,Volume 108, Issue 433, 2009, Pp. 541-558] mas gostei mais do artigo segundo classificado, da autoria do sociólogo africano Lephophotho Mashike e titulado “ Age of Despair: the Unintegrated Forces of South Africa” [ in African Affairs, Volume 107, Issue 428, 2008, Pp. 433-453.] . Já agora em 2012, o segundo lugar do prémio destacou o artigo "Elections and democratic transition in Nigeria under the Fourth Republic” [African Affairs, Volume 109, Issue 437, 2009, Pp. 535-553], de J. Shola Omotola, doutorando de Ciências Política da University of Ibadan, Nigeria
III
A «entrevista» do 1º Ministro à RTP: Não me lixem.
O Governo só vislumbra uma estratégia do empobrecimento como via de regeneração do país, procurando incrementar a competitividade internacional (o mágico aumento das exportações) com a redução dos salários, sem um limite . Não foi capaz de explicar porque, nesta era de protectorado, as coisas tem corrido muito mal ( diagnóstico que não tem sequer a lucidez e humildade de subscrever), foi nebuloso na explicação da desigual extensão dos sacrifícios «impostos» aos cidadãos e foi incapaz de dar uma indicação convincente de como chegaremos a uma nova era de crescimento (que para mim é cada vez mais claro que só ocorrerá depois de 2015) . Ficou absolutamente claro que tudo a que temos assistido desde a última sexta feira é uma manifestação da colossal impreparação política e de governação económica. A mensagem directa a Belmiro de Azevedo, foi o momento mais deprimente, de um 1º ministro já com sinais de «apardalamento». Nada me surpreende…. em especial, a impreparação. Há muito (ainda no tempo do «engenheiro da Lusíada») que aqui acentuei uma mutação geracional na liderança política do país [ a chegada ao poder de uma geração criada (educada, formada, promovida) nas juventudes partidárias e nas universidades privadas] que parece traduzir-se num incremento da incompetência política e na redução da meritocracia administrativa .
Não há nada a fazer. Os danos políticos deste experimentalismo social são irreversíveis : o governo não tem a menor ideia de como governar com e para o país; e o país, incluindo uma fração importante das suas elites económicas, começou a descolar do governo. À Oposição compete, não tanto o discurso da negação, mas indicar com clareza, a alternativa. A alternativa que permita recuperar os profundos danos sociais, ou seja a estratégia do enriquecimento social geral. Os outros, que não me lixem.
HAF
I
Exame TH
Despacho CC ECS
Dossier Júri ISCTE (Revisão)
ESTER International Programme: RDC . Leitura de papers
Leitura de tese.
II
O “African Author Prize 2012 ” foi atribuído a Samson Abebe Bezabeh, doutorando do Departamento de Antropologia Social da Universidade de Bergen (Noruega), com o artigo “Citizenship and the logic of sovereignty in Djibouti” [African Affairs, Volume 110, Issue 441, 2011, Pp. 587-606]. Benzabeh publicou mais recentemente outro artigo também muito interessante: “Yemeni Families in the Early History of Addis Ababa, Ethiopia ca. 1900-1950 : A Revisionist Appraoch in Diasporic Historiography”. Cahiers d'etudes Africaines LI (4), 204, December 2011, pp. 893-919
O “African Author Prize” da African Affairs, que, por biénio, destaca o melhor artigo publicado no African Affairs (Ox.) por um autor baseado numa instituição africana ou um doutorando africano acolhido noutras universidades foi este ano foi criado em 2010, reportando-se aos artigos publicados em 2008 e 2009. O primeiro vencedor do prémio foi George M. Bob-Milliar, um especialista em Migrações que é professor visitante no DIIS- Danish Institut for International Studies [“Chieftaincy, Diaspora, and Development: The Institution of Nkusuohene in Ghana”, African Affairs,Volume 108, Issue 433, 2009, Pp. 541-558] mas gostei mais do artigo segundo classificado, da autoria do sociólogo africano Lephophotho Mashike e titulado “ Age of Despair: the Unintegrated Forces of South Africa” [ in African Affairs, Volume 107, Issue 428, 2008, Pp. 433-453.] . Já agora em 2012, o segundo lugar do prémio destacou o artigo "Elections and democratic transition in Nigeria under the Fourth Republic” [African Affairs, Volume 109, Issue 437, 2009, Pp. 535-553], de J. Shola Omotola, doutorando de Ciências Política da University of Ibadan, Nigeria
III
A «entrevista» do 1º Ministro à RTP: Não me lixem.
O Governo só vislumbra uma estratégia do empobrecimento como via de regeneração do país, procurando incrementar a competitividade internacional (o mágico aumento das exportações) com a redução dos salários, sem um limite . Não foi capaz de explicar porque, nesta era de protectorado, as coisas tem corrido muito mal ( diagnóstico que não tem sequer a lucidez e humildade de subscrever), foi nebuloso na explicação da desigual extensão dos sacrifícios «impostos» aos cidadãos e foi incapaz de dar uma indicação convincente de como chegaremos a uma nova era de crescimento (que para mim é cada vez mais claro que só ocorrerá depois de 2015) . Ficou absolutamente claro que tudo a que temos assistido desde a última sexta feira é uma manifestação da colossal impreparação política e de governação económica. A mensagem directa a Belmiro de Azevedo, foi o momento mais deprimente, de um 1º ministro já com sinais de «apardalamento». Nada me surpreende…. em especial, a impreparação. Há muito (ainda no tempo do «engenheiro da Lusíada») que aqui acentuei uma mutação geracional na liderança política do país [ a chegada ao poder de uma geração criada (educada, formada, promovida) nas juventudes partidárias e nas universidades privadas] que parece traduzir-se num incremento da incompetência política e na redução da meritocracia administrativa .
Não há nada a fazer. Os danos políticos deste experimentalismo social são irreversíveis : o governo não tem a menor ideia de como governar com e para o país; e o país, incluindo uma fração importante das suas elites económicas, começou a descolar do governo. À Oposição compete, não tanto o discurso da negação, mas indicar com clareza, a alternativa. A alternativa que permita recuperar os profundos danos sociais, ou seja a estratégia do enriquecimento social geral. Os outros, que não me lixem.
HAF
11635º Dia
12 de Setembro 2012
09,00-11.00: Despacho do CC ECS e NICPRI.UÉ
11.00-13.00: Plano de aulas para 2012-2013
15.00-19,00:ESTER International Programme. RDC . Leitura de papers
HAF
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HAF
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HAF
11634º Dia
11 de Setembro 2012
09,00-16.00: ESTER International Programme. RDC . Leitura de papers
16.00-18.00: Correspondência e Orientação de teses
HAF
09,00-16.00: ESTER International Programme. RDC . Leitura de papers
16.00-18.00: Correspondência e Orientação de teses
HAF
11633º Dia
10 de Setembro 2012
10.00-12,00: O regresso com uma reunião para eventuais vagas…
14,30-15.30: Despacho do CC ECS UE
16,00-20.00: ESTER International Programme: RDC. Leitura de papers
HAF
10.00-12,00: O regresso com uma reunião para eventuais vagas…
14,30-15.30: Despacho do CC ECS UE
16,00-20.00: ESTER International Programme: RDC. Leitura de papers
HAF
segunda-feira, setembro 10
11625º a 11632º
2 a 9 de Setembro 2012
I
Entre andanças, mudanças e obras....e tempo para...
Diário Popular, Edição aérea (1957): fixação dos textos de AM
NETO Maria Conceição: In Town and Out of Town. A Social History of Huambo (Angola) 1902-1961, (…) University of London, 2012
A «disputa dos Historiadores» (RR vs ML): compilação, leituras e notas dos textos principais e dos conhecidos e amigos.
As vagas para a ESC ( 27 cvs em apreciação)
Concurso ISCTE.
Leitura de projectos de doutoramento do ESTER RDC 2012
Ranking da Produção Científica das Universidades: Sistematização dos dados da SCImago: uma má noticia para a UÉ. Tema a comentar
Acesso ao ensino superior 2012 (1ª Fase): uma notícia «razoável» para a UÉ. Tema a comentar
II
O «Grande Saque» ou mais um «banquete para os ricos»?O final da semana ficou marcado pelo anúncio de mais austeridade: o Governo PSD-CDS decidiu, através de um imposto camuflado em agravamento da TSU, retirar uma grossa fatia da massa salarial das classes médias assalariadas (remediadas e das empobrecidas) assim como dos trabalhadores assalariados e da massa das pensões; ao mesmo tempo, parece não apenas ter poupado à austeridade como beneficiou os ricos. Poupados são ainda os dirigentes políticos e as suas clientelas e as profissões liberais. O Governo passou a ser o «governo para alguns», que parece serem agora os «verdadeiros portugueses». Ajusta-se bem a metáfora do «Robin Wood» invertido (o Governo), sendo aqui o fio central da narrativa o de roubar aos pobres para dar aos ricos (já ouvi referências a centenas de milhões) .
Sobre esta deriva de “experimentalismo social” que nos acumula de dificuldades, MRS esteve ontem lapidar num longo e desvastador comentário político na TVI, assinalando os "dezasseis erros" da comunicação ao país proferida pelo Primeiro Ministro.
Mesmo correndo o risco de esta prosa ser acusada de estar alinhada com os «comunistas» e «radicais» .... aquela evidência persiste. E nós, «o mexilhão» (MRS) temos de responder com actos democráticos de indignação, passivos e activos, individuais e colectivos. O país já retrogrediu mais de uma década no investimento na educação (que é a solução a prazo para superar o desemprego), na assistência social e de saúde assim como noutros indicadores sociais que sinalizam o patamar de existência humana. E o Povo fartou-se e desta vez pode ter descolado do Governo. Eu sei o que vou fazer.
HAF
I
Entre andanças, mudanças e obras....e tempo para...
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As vagas para a ESC ( 27 cvs em apreciação)
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Acesso ao ensino superior 2012 (1ª Fase): uma notícia «razoável» para a UÉ. Tema a comentar
II
O «Grande Saque» ou mais um «banquete para os ricos»?O final da semana ficou marcado pelo anúncio de mais austeridade: o Governo PSD-CDS decidiu, através de um imposto camuflado em agravamento da TSU, retirar uma grossa fatia da massa salarial das classes médias assalariadas (remediadas e das empobrecidas) assim como dos trabalhadores assalariados e da massa das pensões; ao mesmo tempo, parece não apenas ter poupado à austeridade como beneficiou os ricos. Poupados são ainda os dirigentes políticos e as suas clientelas e as profissões liberais. O Governo passou a ser o «governo para alguns», que parece serem agora os «verdadeiros portugueses». Ajusta-se bem a metáfora do «Robin Wood» invertido (o Governo), sendo aqui o fio central da narrativa o de roubar aos pobres para dar aos ricos (já ouvi referências a centenas de milhões) .
Sobre esta deriva de “experimentalismo social” que nos acumula de dificuldades, MRS esteve ontem lapidar num longo e desvastador comentário político na TVI, assinalando os "dezasseis erros" da comunicação ao país proferida pelo Primeiro Ministro.
Mesmo correndo o risco de esta prosa ser acusada de estar alinhada com os «comunistas» e «radicais» .... aquela evidência persiste. E nós, «o mexilhão» (MRS) temos de responder com actos democráticos de indignação, passivos e activos, individuais e colectivos. O país já retrogrediu mais de uma década no investimento na educação (que é a solução a prazo para superar o desemprego), na assistência social e de saúde assim como noutros indicadores sociais que sinalizam o patamar de existência humana. E o Povo fartou-se e desta vez pode ter descolado do Governo. Eu sei o que vou fazer.
HAF
sábado, setembro 1
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