Um dia que uma ocasional observação de pesqueiros transformou num improvável encontro e proporcionou uma excelente e longa conversa com o “canteiro”, o "artesão inteligente", o “escultor” e “mestre” Avelino Baleia. È um privilégio cruzar com pessoas de uma sensibilidade iluminante.
Editorial
Um amigo muito estimado tem uma “FlorBela” , a poetisa, sentada à janela do mundo. A peça é de Pedro Fazenda e hoje permite à poetisa, a partir da Quinta de Santa Rita, um olhar eterno sobre o lado este da cidade de Évora. Todavia ela nem sempre esteve ali. Conheci-a na cidade, no Pátio de S. Miguel , quase debruçada sobre o velho Colégio Espírito Santo (actual “centro” da Universidade de Évora) e com um horizonte que dos “coutos “ orientais da cidade se prolongava, nos dias verdadeiramente transparentes , até Évora-Monte . Mas as coisas da vida são como se fazem. Depois de um par de anos vendo o mundo a partir da cidade , e de mais alguns por outras andanças e paragens, Florbela sentou-se definitivamente para observar a cidade. E lá a encontrará nos anos vindouros quem a souber procurar. À janela, de onde a poetisa gostava de apreciar se não o Mundo, pelo menos o Mar (“Da Minha Janela”, 1923).
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
À janela do mundo me coloco também para observar e comentar as múltiplas cidades que me interessam, os seus actores e instituições. Sem uma agenda definida. Pelo simples prazer de dar palavras a ideias quando tal me apetecer. Um exercício de liberdade e cidadania.
DiáriodeumaCatedraaJanela é um blog de autor, um espaço de opinião aberto a todas as dimensões que se inscrevem na minha identidade . A de um autor com experiência e memória de mais de meio século partilhadas entre África e Europa, Casado (há quase 30 anos), Pai (de três filhos), Livre Pensador, Cidadão (Português e Europeu) , Professor (Catedrático) e Historiador . O Diário passará por tudo isto, mas com o carácter de “conta-corrente”, só mesmo a vida académica, que no momento em que este editorial foi escrito de(le)itava-se em mais uma falsas férias.
Não me coloco ao abrigo de uma atalaia. Pretendo também ser observado, expondo o meu dia a dia profissional. É uma forma de ajudar a superar a miserável (manipulação da ) ignorância do “povo” e proporcionar a possibilidade de contrapôr experiências à retórica e oportunismo mediáticos de muitos observadores e políticos pouco criteriosos. Os cidadãos podem conhecer de perto o que nós (professores universitários com carreira universitária) fazemos pelo país, o modo como o fazemos e o que pensamos sobre o modo como podemos fazer ainda mais e melhor.
A começar a 1 de Setembro. Não por ser o dia dedicado pela Igreja Católica à bela “Santa Beatriz da Silva Menezes, Virgem “ (1490-c 1550). Não por constituir efeméride da invasão da Polónia pela Alemanha (1939), da Conferência de Belgrado (1961) ou da tomada do poder por Muammar al-Qaddafi (1969). Não também pelo comemorativo propósito dos dias do Caixeiro Viajante ou do Professor de Educação Física. Nem sequer por marcar o nascimento de António Lobo Antunes (1942), o autor das extraordinárias “D´este viver aqui neste papel descripto. Cartas da Guerra” (1971-1972) , cuja edição as filhas organizaram (2005) , ou de Allen Weinstein (1937), prestigiado historiador americano e actual “Archivist of the United States “. Nada disso. Também não é por corresponder ao 9802º dia da minha actividade como professor universitário, cujo início data de 30 de Outubro de 1980, quatro meses após a conclusão da licenciatura e uma disputa em concurso público limpinho. Apenas porque me fica mais em conta.
Vamos lá tentar fazer disto um mundo aberto.
Burgau, 15 de Agosto de 2007
Helder Adegar Fonseca (HAF)
domingo, dezembro 30
sábado, dezembro 29
sexta-feira, dezembro 28
9919º Dia
I
Finalmente foi possível despachar os processos de equivalência do MEHE. O estado de “penniless” em que a instituição se encontra (sem que sobre isso haja ainda uma explicação sólida) impede que os procedimentos sejam os mais adequados , colocando a circular originais de processos sem uma cópia de segurança. O meu gabinete está sem aquecimento há um mês. O pequeno aquecedor que o amornava avariou de vez. Ainda pensei que o Menino Jesus ou o Pai Natal, conforme a modernidade dos espíritos, me surpreendesse. Nada. Talvez passe a levar para o gabinete uns azinhos e um machado para os rachar.
Mas procuro concentrar-me no essencial. E hoje o essencial foi dar início ao plano de preparação da visita do painel internacional que a 1 de fevereiro de 2008avaliará o NICPRI , Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais , um centro FCT, que agora se estrutura em dois polos (o da Universidade do Minho, que o fundou, e o da Universidade de Évora).
II.
Chegou o n º 24 de Histoire et Sociétés (H&S)- Révue Européenne d´Histoire Sociale. É dedicado a Pierre Naville (1903/4-1993): agitador literário surrealista, revolucionário profissional antes da 2ª GM, e académico tardio. Bolseiro em Psicologia no CNRS (1945) tornou-se uma das principais figuras da sociologia do trabalho, que pensou como psicólogo estatístico e filósofo marxista racionalista. No dossier que lhe é dedicado inclui-se a re-edição de um dos seus textos chave – Vers l`automatisme sociale , in Revue Française de Sociologie, 1960)- o momento da ruptura, onde “il elabore une vision au-delá des usines, des sociétés contemporaines en marche vers l ´automatisme sociale.“ (p. 6). Uma justa revisita a um homem que dedicou a vida a importantes combates políticos, intelectuais e científicos, “’un intellectuel engagé, mais qui récuse l’engagement au sens sartrien du terme”, como lembrou Françoise Blum, no programa de apresentação do Colóquio que a ele foi dedicado em 2004 pelos Centre d’Histoire Sociale du XXème Siècle, Centre de Sociologie Européenne e o Musée Social (U.Paris). No dossier que a H&S dedica ao “pensador marxista do contemporâneo” o leitor interessado poderá encontrar além da re-edição do texto supra referido, três interessantes artigos de François Vatin (Pierre Naville et la Mesure des faits sociaux), Pierre Rolle (Le temps des automates) e de Jérome Martin (Pierre Naville et les impasses du mouvement d`orientation professionelle (1941-45), entre outros. Finalmente destaco a inclusão dos resumos das lições sobre orientação profissional proferidas por Naville no segundo trimestre de 1945 no Institut d`Orientation Professionelle. Uma das suas obras mais referenciadas é o Traité de Sociologie du Travail (Paris, A Colin, 1961) que assinou em co-autoria com Georges Friedman.
III
Benazir Bhutto (ينظير بوتو )não era uma líder qualquer. Os paquistaneses e o Partido do Povo (ou “dos pobres”, "descamisados") tem o direito a uma indignação activa. Foi excessivamente veloz e muito pouco convincente a revelação pelo M.Interior da responsabilidade do atentado.
Uma obra que ajuda a perceber a formação e evolução política do Paquistão moderno, a centralidade dos militares, e a acção e evolução política/civil do autoritarismo para a democracia por parte dos Bhutto é seguramente a de Hasan-Askari Rizvi: Military, State and Society in Pakistan, Macmillan, Houndmills, 2000. O autor foi ou ainda é “Visiting Pakistan Sudies Professor at Johns Hopkins University”.
HAF
Finalmente foi possível despachar os processos de equivalência do MEHE. O estado de “penniless” em que a instituição se encontra (sem que sobre isso haja ainda uma explicação sólida) impede que os procedimentos sejam os mais adequados , colocando a circular originais de processos sem uma cópia de segurança. O meu gabinete está sem aquecimento há um mês. O pequeno aquecedor que o amornava avariou de vez. Ainda pensei que o Menino Jesus ou o Pai Natal, conforme a modernidade dos espíritos, me surpreendesse. Nada. Talvez passe a levar para o gabinete uns azinhos e um machado para os rachar.
Mas procuro concentrar-me no essencial. E hoje o essencial foi dar início ao plano de preparação da visita do painel internacional que a 1 de fevereiro de 2008avaliará o NICPRI , Núcleo de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais , um centro FCT, que agora se estrutura em dois polos (o da Universidade do Minho, que o fundou, e o da Universidade de Évora).
II.
Chegou o n º 24 de Histoire et Sociétés (H&S)- Révue Européenne d´Histoire Sociale. É dedicado a Pierre Naville (1903/4-1993): agitador literário surrealista, revolucionário profissional antes da 2ª GM, e académico tardio. Bolseiro em Psicologia no CNRS (1945) tornou-se uma das principais figuras da sociologia do trabalho, que pensou como psicólogo estatístico e filósofo marxista racionalista. No dossier que lhe é dedicado inclui-se a re-edição de um dos seus textos chave – Vers l`automatisme sociale , in Revue Française de Sociologie, 1960)- o momento da ruptura, onde “il elabore une vision au-delá des usines, des sociétés contemporaines en marche vers l ´automatisme sociale.“ (p. 6). Uma justa revisita a um homem que dedicou a vida a importantes combates políticos, intelectuais e científicos, “’un intellectuel engagé, mais qui récuse l’engagement au sens sartrien du terme”, como lembrou Françoise Blum, no programa de apresentação do Colóquio que a ele foi dedicado em 2004 pelos Centre d’Histoire Sociale du XXème Siècle, Centre de Sociologie Européenne e o Musée Social (U.Paris). No dossier que a H&S dedica ao “pensador marxista do contemporâneo” o leitor interessado poderá encontrar além da re-edição do texto supra referido, três interessantes artigos de François Vatin (Pierre Naville et la Mesure des faits sociaux), Pierre Rolle (Le temps des automates) e de Jérome Martin (Pierre Naville et les impasses du mouvement d`orientation professionelle (1941-45), entre outros. Finalmente destaco a inclusão dos resumos das lições sobre orientação profissional proferidas por Naville no segundo trimestre de 1945 no Institut d`Orientation Professionelle. Uma das suas obras mais referenciadas é o Traité de Sociologie du Travail (Paris, A Colin, 1961) que assinou em co-autoria com Georges Friedman.
III
Benazir Bhutto (ينظير بوتو )não era uma líder qualquer. Os paquistaneses e o Partido do Povo (ou “dos pobres”, "descamisados") tem o direito a uma indignação activa. Foi excessivamente veloz e muito pouco convincente a revelação pelo M.Interior da responsabilidade do atentado.
Uma obra que ajuda a perceber a formação e evolução política do Paquistão moderno, a centralidade dos militares, e a acção e evolução política/civil do autoritarismo para a democracia por parte dos Bhutto é seguramente a de Hasan-Askari Rizvi: Military, State and Society in Pakistan, Macmillan, Houndmills, 2000. O autor foi ou ainda é “Visiting Pakistan Sudies Professor at Johns Hopkins University”.
HAF
quinta-feira, dezembro 27
9918º Dia
I
Reorganização de duas importantes bases de dados : uma centrada na exploração do Diário de Noticias (1879-1915) e outra nos diários parlamentares (1821-1999). As palavras chave que as organizam são uma curiosidade cuja revelação fica para outro lugar.
II
Daqui a um mês o NICPRI.UMinho/UÉvora acolherá a equipe internacional que o avaliará. Temos apenas de fazer tudo para que o processo corra bem e que o resultado o impulso decisivo para concretizar uma “federação” ambiciosa. Um desafio, dos que vale a pena ter.
HAF
Reorganização de duas importantes bases de dados : uma centrada na exploração do Diário de Noticias (1879-1915) e outra nos diários parlamentares (1821-1999). As palavras chave que as organizam são uma curiosidade cuja revelação fica para outro lugar.
II
Daqui a um mês o NICPRI.UMinho/UÉvora acolherá a equipe internacional que o avaliará. Temos apenas de fazer tudo para que o processo corra bem e que o resultado o impulso decisivo para concretizar uma “federação” ambiciosa. Um desafio, dos que vale a pena ter.
HAF
quarta-feira, dezembro 26
9917º Dia
I.
Provas de Agregação de FALV: leitura dos documentos
II.
Uma vista de olhos sobre o úlitmo número do “Ensino Superior” , a Revista do SNESup. Interessante o artigo da Ana Delicado dedicado aos “Investigadores Portugueses no Estrangeiro: alguns resultados de um inquérito”. Dos trabalhos desta socióloga do ICS conheço muito pouco e em rigor só me lembro de ter lido há uns meses atrás um artigo sobre museus e a promoção da cultura científica em Portugal, texto públicado na “Análise Social “(ICS) ou na revista “Sociologia. Problemas e Práticas” e mais recentemente dei uma vista de olhos ao "Mobility and development: the influx of scientists from developing countries to Portugal" (W.Paper, ICS, Ago.2007), onde analisa a procura de instituições cientificas portuguesas por investigadores originários do estrangeiro em especial das antigas colónias (um mercado emergente) . Quanto ao artigo aqui em causa, além dos dados que indicam uma distribuição marioritariamente europeia (a Europa comunitária acolhe mais de dois terços dos investigadores portugueseses no estrangeiro e os restantes 27% estão nos EUA) , eu destacaria dois aspectos. Em primeiro lugar os factores que estimulam os cientistas nacionais a abandonar o país: “são sobretudo razões científicas: obter formação pós-graduada de qualidade, aprender novas teorias e técnicas, estabelecer redes, trabalhar em áreas pouco desenvolvidas ou usar meios não disponíveis em Portugal “ e naturalmente a valorização curricular. Em segundo lugar a comparação que os inquiridos estabelecem entre as condições encontradas em Portugal – e com vem ter presente numa ampla maioria elas são originários das universidades públicas localizadas em Lisboa, Porto e Coimbra, isto é, “as mais antigas, as mais prestigiadas e as mais vocacionadas para a investigação” - e as proporcionadas pelas instituições de acolhimento no estrangeiro: “as respostas são francamente favoráveis ao estrangeiro no que respeita aos recursos disponíveis para investigação e às oportunidades de emprego cientifico , assim como à facilidade de progresão na carreira , às possibilidades de publicação, à autonomia conferida aos investigadores, à transparência no recrutamento, ao prestígio da profissão”. O “Relatório Preliminar.Inquérito aos Investigadores Portugueses no Estrangeiro. Versão de 24.10.2007 está disponível em:
https://www.ics.ul.pt/rd/researchgroups/pppublication.do?publicationId=1616 (208pag.)
Sobre o mesmo assunto o leitor poderá encontrar mais informação na revista Mundus, Nº 16 , Fevereiro 2007 , que inclui uma meia centena de entrevistas a investigadores portugueses no estrangeiro.
A revista “Ensino Superior” dedica ainda alguma atenção ao clima de más práticas que das universidades da “periferia” alargar-se às universidades do centro. O destaque vai para a UNL: “UNL fora da Lei, ECDU é o alvo”, um caso que circunstância permitiram eu acompanhar de perto. No meio destas más notícias uma breve titulada “Mário Laima. U. Évora condenada em providência cautelar”, uma história iniciada em 1993, cujos elementos e principais peças e actores eu conhecia vagamente e de que só agora passei a dispôr de mais detalhes através do site http://mariolaima.dk/site/evora/evora.htm , endereço que a revista divulga e onde sobressai o título “Universidade de Évora. Palco de Injustiça e Incompetência”. Um caso que mais tarde ou mais cedo será efectivamente esclarecido….
HAF
Provas de Agregação de FALV: leitura dos documentos
II.
Uma vista de olhos sobre o úlitmo número do “Ensino Superior” , a Revista do SNESup. Interessante o artigo da Ana Delicado dedicado aos “Investigadores Portugueses no Estrangeiro: alguns resultados de um inquérito”. Dos trabalhos desta socióloga do ICS conheço muito pouco e em rigor só me lembro de ter lido há uns meses atrás um artigo sobre museus e a promoção da cultura científica em Portugal, texto públicado na “Análise Social “(ICS) ou na revista “Sociologia. Problemas e Práticas” e mais recentemente dei uma vista de olhos ao "Mobility and development: the influx of scientists from developing countries to Portugal" (W.Paper, ICS, Ago.2007), onde analisa a procura de instituições cientificas portuguesas por investigadores originários do estrangeiro em especial das antigas colónias (um mercado emergente) . Quanto ao artigo aqui em causa, além dos dados que indicam uma distribuição marioritariamente europeia (a Europa comunitária acolhe mais de dois terços dos investigadores portugueseses no estrangeiro e os restantes 27% estão nos EUA) , eu destacaria dois aspectos. Em primeiro lugar os factores que estimulam os cientistas nacionais a abandonar o país: “são sobretudo razões científicas: obter formação pós-graduada de qualidade, aprender novas teorias e técnicas, estabelecer redes, trabalhar em áreas pouco desenvolvidas ou usar meios não disponíveis em Portugal “ e naturalmente a valorização curricular. Em segundo lugar a comparação que os inquiridos estabelecem entre as condições encontradas em Portugal – e com vem ter presente numa ampla maioria elas são originários das universidades públicas localizadas em Lisboa, Porto e Coimbra, isto é, “as mais antigas, as mais prestigiadas e as mais vocacionadas para a investigação” - e as proporcionadas pelas instituições de acolhimento no estrangeiro: “as respostas são francamente favoráveis ao estrangeiro no que respeita aos recursos disponíveis para investigação e às oportunidades de emprego cientifico , assim como à facilidade de progresão na carreira , às possibilidades de publicação, à autonomia conferida aos investigadores, à transparência no recrutamento, ao prestígio da profissão”. O “Relatório Preliminar.Inquérito aos Investigadores Portugueses no Estrangeiro. Versão de 24.10.2007 está disponível em:
https://www.ics.ul.pt/rd/researchgroups/pppublication.do?publicationId=1616 (208pag.)
Sobre o mesmo assunto o leitor poderá encontrar mais informação na revista Mundus, Nº 16 , Fevereiro 2007 , que inclui uma meia centena de entrevistas a investigadores portugueses no estrangeiro.
A revista “Ensino Superior” dedica ainda alguma atenção ao clima de más práticas que das universidades da “periferia” alargar-se às universidades do centro. O destaque vai para a UNL: “UNL fora da Lei, ECDU é o alvo”, um caso que circunstância permitiram eu acompanhar de perto. No meio destas más notícias uma breve titulada “Mário Laima. U. Évora condenada em providência cautelar”, uma história iniciada em 1993, cujos elementos e principais peças e actores eu conhecia vagamente e de que só agora passei a dispôr de mais detalhes através do site http://mariolaima.dk/site/evora/evora.htm , endereço que a revista divulga e onde sobressai o título “Universidade de Évora. Palco de Injustiça e Incompetência”. Um caso que mais tarde ou mais cedo será efectivamente esclarecido….
HAF
terça-feira, dezembro 25
segunda-feira, dezembro 24
9915º Dia
Festas Felizes para todos os estudantes, colegas e funcionários da Universidade de Évora , para os discípulos da academia, velhos amigos/irmãos e colegas da UC e para os leitores deste diário. Lembro-me de todos mas é um dia no qual gosto de andar às voltas com as memórias familiares, dos grandes natais na casa avoenga (Chiumbo, Angola) , muitos filhos e filhas, muitas noras e genros, e muitos, muitos netos, uma mesa sem fim, muita sueca e uma matinal descida de quase todos às perdizes. E conservo e cultivo este espírito do velho avô Dias, um artesão de Ovar, fundador de vilas e povoações. Deixou-nos há 30 anos, nas vésperas de um natal, muito velho e acima de tudo atormentado pelo frio de um país a que forçado a regressar sempre o conheci a não querer a ele pertencer, tal como a “secula” Gracinda que com ele esteve casado décadas e décadas. Vendo-o daqui, devolveu-nos o seu espírito trabalhador, honesto, forte e inventivo pois outras fortunas, que nunca quis ter (e podia ter tido….) não nos pôde legar. Ficamos com o melhor.
HAF
HAF
domingo, dezembro 23
9914º Dia
Dia Branco e reunião de toda a família.
Uma vista de olhos sobre Peter N. Stearns: European Society in Upheaval: Social History since 1750, Macmillan New York (1975) e a nota de leitura que Orland Figes (Historiador, U. Londres) publicou sobre “Young Stalin” a recente biografia escrita Simon Sebag Montefiore, o escritor-jornalista-historiador que em 1993 publicou: Stalin The Court of Red Kzar (1993). Entre os dois livros parece existir uma característica comum: uma retórica histórica (narrativa) com uma dimensão de novela (estimulante , imaginativa, sedutora, diabólica), ou como alguém escreveu a propósito do livro dedicado ao jovem Estaline; “as a narrative, this book reads more like a list of facts than a ‘story.’”, que parece violar alguns dos principios básicos do actual paradigma da escrita profissional da História. Seja como for dois livros indispensáveis.
Uma vista de olhos sobre Peter N. Stearns: European Society in Upheaval: Social History since 1750, Macmillan New York (1975) e a nota de leitura que Orland Figes (Historiador, U. Londres) publicou sobre “Young Stalin” a recente biografia escrita Simon Sebag Montefiore, o escritor-jornalista-historiador que em 1993 publicou: Stalin The Court of Red Kzar (1993). Entre os dois livros parece existir uma característica comum: uma retórica histórica (narrativa) com uma dimensão de novela (estimulante , imaginativa, sedutora, diabólica), ou como alguém escreveu a propósito do livro dedicado ao jovem Estaline; “as a narrative, this book reads more like a list of facts than a ‘story.’”, que parece violar alguns dos principios básicos do actual paradigma da escrita profissional da História. Seja como for dois livros indispensáveis.
sábado, dezembro 22
sexta-feira, dezembro 21
9912º Dia
I.
09.00-13.00: Discussão de trabalhos de seminário e provas orais de exames especiais.
14.00-18.00: Tutoria /Desenho de tese de mestrado EHE (Recrutamento e destino social dos Estudantes da EMCFunchal (1836-1910)
II.
As noticias que me chegam sobre a administração económica e o funcionamento recente de alguns orgãos (como o Senado e a Assembleia Estatuinte) são aterradoras. Se juntarmos isto e o resto que se vai conhecendo, parece-me comprovado/instalado um preocupante desvario na liderança.
HAF
09.00-13.00: Discussão de trabalhos de seminário e provas orais de exames especiais.
14.00-18.00: Tutoria /Desenho de tese de mestrado EHE (Recrutamento e destino social dos Estudantes da EMCFunchal (1836-1910)
II.
As noticias que me chegam sobre a administração económica e o funcionamento recente de alguns orgãos (como o Senado e a Assembleia Estatuinte) são aterradoras. Se juntarmos isto e o resto que se vai conhecendo, parece-me comprovado/instalado um preocupante desvario na liderança.
HAF
quinta-feira, dezembro 20
9911º Dia
9.00-16.00: preparação sessão de Mestrado
17.00-20.00: sessão HCTN-HE.
21.30: Shooting Dogs. Testemunhos de Sangue. O drama africano na reconstrução cinematrográfica de uma história real (1994) ruandesa (África Central).
HAF
17.00-20.00: sessão HCTN-HE.
21.30: Shooting Dogs. Testemunhos de Sangue. O drama africano na reconstrução cinematrográfica de uma história real (1994) ruandesa (África Central).
HAF
quarta-feira, dezembro 19
9910º Dia
09.00-11.30: exames HPC
14.00-18.30:Reunião na UNL- consórcio de programa doutoral em História-Esp. História Contemporânea (UNL+UC+UÉ+UP).
21.00-23.00: jantar anual dos “homens bons”(este ano mais ampliado em comensais). É sempre um pitéu. O que varia é o picante. Contei a extraordinaria história do cão e do plágio (não é a do canino que plagiou). E ouvi uma interessantíssima história sobre contratações de “grandes especialistas” estrangeiros pela “porta do cavalo”, como diz o povo ignorante e sempre insensível à retórica dos pregadores das boas práticas. É claro que vou voltar a este assunto com os poucos detalhes que conheço. O que não há dúvida é que este tipo de matérias está sempre associada à gente “que interessa” , aquela que é capaz de listar muitos princípios (eleitorais, claro), tudo com um ar muito moderno, muito avançado, muito profissional, muito simplex em suma, o novo modo português da cunha e do abominável amiguismo. Secundária será , mas não irrelevante, a pergunta : de onde sai o dinheiro que paga estes estes devaneios clintelares.
HAF
14.00-18.30:Reunião na UNL- consórcio de programa doutoral em História-Esp. História Contemporânea (UNL+UC+UÉ+UP).
21.00-23.00: jantar anual dos “homens bons”(este ano mais ampliado em comensais). É sempre um pitéu. O que varia é o picante. Contei a extraordinaria história do cão e do plágio (não é a do canino que plagiou). E ouvi uma interessantíssima história sobre contratações de “grandes especialistas” estrangeiros pela “porta do cavalo”, como diz o povo ignorante e sempre insensível à retórica dos pregadores das boas práticas. É claro que vou voltar a este assunto com os poucos detalhes que conheço. O que não há dúvida é que este tipo de matérias está sempre associada à gente “que interessa” , aquela que é capaz de listar muitos princípios (eleitorais, claro), tudo com um ar muito moderno, muito avançado, muito profissional, muito simplex em suma, o novo modo português da cunha e do abominável amiguismo. Secundária será , mas não irrelevante, a pergunta : de onde sai o dinheiro que paga estes estes devaneios clintelares.
HAF
9910º Dia
09.00-11.30: exames HPC
14.00-18.30:Reunião na UNL- consórcio de programa doutoral em História-Esp. H. contemporânea ( UNL+UC+UÉ+UP).
21.00: jantar anual dos “homens bons” (este ano mais ampliado em comensais). Ouvi uma interessantíssima história sobre contratações de “grandes especialistas” estrangeiros pela “porta do cavalo”, como diz o povo ignorante e sempre insensível à retórica dos pregadores das boas práticas. É claro que vou voltar a este assunto com os poucos detalhes que conheço. O que não há dúvida é que este tipo de matérias está sempre associada à gente “que interessa” , cheia de muitos princípios (eleitorais, claro), tudo muito moderno, muito avançado, muito simplex e muito reforma prá-frentex , que parece ser o novo modo português da cunha e do amiguismo. Secundária será , mas não irrelevante, a pergunta : de onde sai o dinheiro que paga estes estes devaneios clintelares.
HAF
14.00-18.30:Reunião na UNL- consórcio de programa doutoral em História-Esp. H. contemporânea ( UNL+UC+UÉ+UP).
21.00: jantar anual dos “homens bons” (este ano mais ampliado em comensais). Ouvi uma interessantíssima história sobre contratações de “grandes especialistas” estrangeiros pela “porta do cavalo”, como diz o povo ignorante e sempre insensível à retórica dos pregadores das boas práticas. É claro que vou voltar a este assunto com os poucos detalhes que conheço. O que não há dúvida é que este tipo de matérias está sempre associada à gente “que interessa” , cheia de muitos princípios (eleitorais, claro), tudo muito moderno, muito avançado, muito simplex e muito reforma prá-frentex , que parece ser o novo modo português da cunha e do amiguismo. Secundária será , mas não irrelevante, a pergunta : de onde sai o dinheiro que paga estes estes devaneios clintelares.
HAF
terça-feira, dezembro 18
9909º Dia
8.00-10.00: aula de HIGSPC
10.00-11.30: Correspondência académica
15.00-17.30: Reunião no ICS sobre programa de doutoramento em História com participação do DHUE
21.00: Guerra Colonial (Episódio 9; Programa da RTP): dedicado ao início da luta de Libertação em Moçambique
HAF
10.00-11.30: Correspondência académica
15.00-17.30: Reunião no ICS sobre programa de doutoramento em História com participação do DHUE
21.00: Guerra Colonial (Episódio 9; Programa da RTP): dedicado ao início da luta de Libertação em Moçambique
HAF
segunda-feira, dezembro 17
9908º Dia
08.00-16,30: o interconhecimento entre os europeus (Secs XVII-XX). Organização de dados e roteiro de aula.
17.00-20.00: Seminário HE18-20_ESE
HAF
17.00-20.00: Seminário HE18-20_ESE
HAF
domingo, dezembro 16
9907º Dia
1.Os Comissários e a UÉ
Há dois anos a esta parte na UÉ passou a ser frequente a reitoria nomear Comissários para o exercício de missões especial e/ou temporárias. Na última semana foram nomeados mais dois. Esta proliferação indicia que o mecanismo está a dar bons resultados. É pena os mesmos não serem devidamente divulgados.
2. A Irene Flunser Pimentel, do IHC.UNL, recebeu o Prémio Pessoa. O Júri considerou que se trata de “uma das figuras notáveis da actual historiografia”. E considerou muito bem e o prémio é merecidíssimo. As notas biográficas tem dado particular ênfase aos seus livros sobre as organizações femininas do Estado Novo, a “A História da Pide” e a “Os Judeus em Portugal Durante a II Guerra Mundial”. Falta a sua contribuição num outro livro, de que é co-autora (com João Madeira e Luís Farinha): As Vítimas de Salazar. Estado Novo e Violência Política , onde como principal congtribuição assina 8 dos 17 capítulos, centrando-os na Censura, Escutas Telefónicas e Violações de Correio, os Informadores da Pide-DGS, a Tortura, os julgamentos políticos, as medidas de segurança e , finalmente, “os Estudantes na mira do Estado Novo”. Dá ainda uma ajuda no capítulo 16, Mortes Violentas, onde narra alguns dos casos apresentados.
3.Universidades, Revisão Estatutária e Imprensa
O “Público” de ontem incluía uma noticia de cerca de ¼ de página com o seguinte título: “Universidades têm até dia 10 para decidir se serão fundações”. E adianta: “para já a única resposta que é conhecida” é a da UTL, cujas listas vencedoras (professores e alunos) são contra o modelo fundacional. Depois refere a ainda ausência de decisão nnas U.Lisboa, U.N.L , U. Aveiro e U. Coimbra. Pelos vistos a jornalista que assina a notícia ingnora que existem mais Universidades Públicas no país e que algumas delas já tem aquela questão superada. Espero que a “ignorância” seja apenas da dia senhora.
4. O Tratado de Lisboa, pode ser um bom instrumentos político para a governabilidade da UE. Se houvesse um referendo eu votaria sim, claramente. Mas também acho que deveria haver um referendo, e não me parece tolerável em democracia o argumento do torpedo. Também é verdade que a minha condição de europeu já deveria estar inscrita no Bilhete de Identidade mas ele limita-se a ser apenas um “Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional / Carte d`Identité de Citoyen National / Card of National Citizen”.
HAF
Há dois anos a esta parte na UÉ passou a ser frequente a reitoria nomear Comissários para o exercício de missões especial e/ou temporárias. Na última semana foram nomeados mais dois. Esta proliferação indicia que o mecanismo está a dar bons resultados. É pena os mesmos não serem devidamente divulgados.
2. A Irene Flunser Pimentel, do IHC.UNL, recebeu o Prémio Pessoa. O Júri considerou que se trata de “uma das figuras notáveis da actual historiografia”. E considerou muito bem e o prémio é merecidíssimo. As notas biográficas tem dado particular ênfase aos seus livros sobre as organizações femininas do Estado Novo, a “A História da Pide” e a “Os Judeus em Portugal Durante a II Guerra Mundial”. Falta a sua contribuição num outro livro, de que é co-autora (com João Madeira e Luís Farinha): As Vítimas de Salazar. Estado Novo e Violência Política , onde como principal congtribuição assina 8 dos 17 capítulos, centrando-os na Censura, Escutas Telefónicas e Violações de Correio, os Informadores da Pide-DGS, a Tortura, os julgamentos políticos, as medidas de segurança e , finalmente, “os Estudantes na mira do Estado Novo”. Dá ainda uma ajuda no capítulo 16, Mortes Violentas, onde narra alguns dos casos apresentados.
3.Universidades, Revisão Estatutária e Imprensa
O “Público” de ontem incluía uma noticia de cerca de ¼ de página com o seguinte título: “Universidades têm até dia 10 para decidir se serão fundações”. E adianta: “para já a única resposta que é conhecida” é a da UTL, cujas listas vencedoras (professores e alunos) são contra o modelo fundacional. Depois refere a ainda ausência de decisão nnas U.Lisboa, U.N.L , U. Aveiro e U. Coimbra. Pelos vistos a jornalista que assina a notícia ingnora que existem mais Universidades Públicas no país e que algumas delas já tem aquela questão superada. Espero que a “ignorância” seja apenas da dia senhora.
4. O Tratado de Lisboa, pode ser um bom instrumentos político para a governabilidade da UE. Se houvesse um referendo eu votaria sim, claramente. Mas também acho que deveria haver um referendo, e não me parece tolerável em democracia o argumento do torpedo. Também é verdade que a minha condição de europeu já deveria estar inscrita no Bilhete de Identidade mas ele limita-se a ser apenas um “Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional / Carte d`Identité de Citoyen National / Card of National Citizen”.
HAF
sábado, dezembro 15
9906º Dia
Com o portátil ausente em testes prossegue o tempo de novas (e inadiáveis) leituras e de outras pequenas coisas. Mas o essencial ficou por dois trabalhos interessantes: o Orvar Lofgren [On Holiday: A History of Vacationing (1999)] e de Ellen Furlough [“Maing Mass Vacation:Tourismand Consumer Culture in France, 1930s to 1970s” CSSH 40(1998)]
HAF
HAF
9905º Dia
Uma manhã à volta dos pedidos de equivalências (2º Ciclo EHE, e assunto encerrado) e dos programas de doutoramento e uma tarde para uma ida a Badajoz.
Sobrou ainda tempo para acabar António Graça de Abreu: Diário da Guiné. Lama, Sangue e Água Pura (2007), um registo pessoal que situado entre 23.06.72 e 17.04.1974 cobre praticamente os últimos dois anos da “última guerra colonial”do século XX
Começo a ler com mais atenção as análises internacionais mais frias sobre os resultados concretos da cimeira Europa-África. E parece que a Europa fica em dificuldade. Mas ando sem paciência para o resto, em particular para a treta da retórica institucional.
HAF
Sobrou ainda tempo para acabar António Graça de Abreu: Diário da Guiné. Lama, Sangue e Água Pura (2007), um registo pessoal que situado entre 23.06.72 e 17.04.1974 cobre praticamente os últimos dois anos da “última guerra colonial”do século XX
Começo a ler com mais atenção as análises internacionais mais frias sobre os resultados concretos da cimeira Europa-África. E parece que a Europa fica em dificuldade. Mas ando sem paciência para o resto, em particular para a treta da retórica institucional.
HAF
quinta-feira, dezembro 13
9904º Dia
I
8.00-13.00. : leitura tese de doutoramento sobre a resistencia namarral (Tese dout, em curso, LM)
10.00-10.30: conversa com JAGM sobre programas de doutoramento
10.30-11.30: tese sobre a meritocracia em Portugal: discussão de aspectos Metodológicos (JF)
13,00-14.00. almoço com FN..
14.30-17.00: cont. leitura tese de doutoramento…
14.00-1630: conversa com MSC sobre programa de doutoramento
18.00-20.00: leituras…[ ABBINK Jon , Mirjam de Bruijn and Klaas van Walraven: Rethinking Resistance Revolt and Violence in African History, Brill, Leiden, 2003]
II. O Presidente do Técnico e da Universidade Técnica e as boas práticas.
O Público de ontem noticiava que o presidente do Instituto Superior Ténico, tendo falhado o propósito da “ criação de uma fundação no Instituto” e perante o fracasso da “lista que apoiou” nas eleições para a Assembleia Estatuinte da UTL , “ fez o que deveria fazer: pôs o seu lugar à disposição e reclamou uma moção de confiança “ . Pois fez. E fez muito bem.
HAF
8.00-13.00. : leitura tese de doutoramento sobre a resistencia namarral (Tese dout, em curso, LM)
10.00-10.30: conversa com JAGM sobre programas de doutoramento
10.30-11.30: tese sobre a meritocracia em Portugal: discussão de aspectos Metodológicos (JF)
13,00-14.00. almoço com FN..
14.30-17.00: cont. leitura tese de doutoramento…
14.00-1630: conversa com MSC sobre programa de doutoramento
18.00-20.00: leituras…[ ABBINK Jon , Mirjam de Bruijn and Klaas van Walraven: Rethinking Resistance Revolt and Violence in African History, Brill, Leiden, 2003]
II. O Presidente do Técnico e da Universidade Técnica e as boas práticas.
O Público de ontem noticiava que o presidente do Instituto Superior Ténico, tendo falhado o propósito da “ criação de uma fundação no Instituto” e perante o fracasso da “lista que apoiou” nas eleições para a Assembleia Estatuinte da UTL , “ fez o que deveria fazer: pôs o seu lugar à disposição e reclamou uma moção de confiança “ . Pois fez. E fez muito bem.
HAF
quarta-feira, dezembro 12
9903º Dia
I
Um dia sempre “centrado” no seminário de HCTNeHE. A sessão de hoje foi dedicada ás formas da comparação em História. Um debate que vai continuar.
II- Programas de doutoramento
Da reunião da comissão científica do grupo de História o mais interessante foi a informação e debate sobre o programa de doutoramento interinstitucional a ser negociado com duas instituições lisboetas de escala diferente. Dois modelos se desenham: o modelo da cooperação e o modelo subordinação.
O extraordinário na discusssão é haver quem pense que um Departamento com vinte e poucos doutorados deve prescindir da possibilidade de ter um doutoramento em História como condição para participar num programa inter-institucional.
Um dos argumentos é que o Departamento consegue captar poucos doutandos. Mas o departamento poderia algum dia captar doutorados sem ter um Mestrado em História cientificamemente digno e enraizado? É é num momento em que há sinais de que é possivel recuperar a capacidade de recrutamento de 2º e 3º ciclos que nós prescindimos da possibilidade de ter um doutoramento em História ? Que neutralizamos os trajectos de académicos com trajectos e obra sólida? Isto ocorre em alguma instituição sensata? Alguma Universidade a sério poderá estar disposta a elimiar aquela possibilidade a favor de um acordo interinstitucional que apenas encaixa a agenda de um instituto de investigação de outra universidade . Claro que não. Porque é que isto acontece: falta de cultura institucional , muito cultura clientelar, muito provincianismo, e medo, muito medo de competir a sério. Tal cenário prejudica-me? Nada, absolutamente nada, mas prejudica muito outros colegas com um trajecto académico sério. É indispensável evitar este cenário e sensatamente encontrar um modelo de cooperação que não limite radicalmente os interesses estratégicos do Departamento.
II. A Biblioteca Digital do Alentejo
Assim baptizei um dos projectos que em Maio de 2005, a seu pedido, apresentei ao Presidente da Fundação Alentejo Terra Mãe, Dr. Flamínio Roza, falecido no passado mês de agosto. Constituido o Centro de Divulgação da História e da Sociedade do Alentejo (CEDISA) iniciou-se de imediato um programa de compilação e divulgação on-line de alguns textos cientificos e literários dedicados ao Alentejo. A Base Bibliográfica era também para avançar. Em estudo passou a estar uma ideia mais ambiciosa, e essencial: a criação da BDA. Superadas as dificuldades iniciais da selecção e adaptação, no início de 2006 ficou dconstituida a equipa base que eu coordenaria: a drª Ana Rita Costa (como bolseira), a Drª Maria Helena Aldinha Chaminé, como estagiária (IEFP); em Abril ou maio de 2006 passamos a contar também com o apoio do Duarte.
Entre Janeiro e Abril de 2006 ficou desenhado o programa editorial da BDA, para cuja importância foi possível desde logo atrair a atenção da Prof. Fernando Oliveira Baptista e a direcção do Instituto Superior de Agronomia e de imediato obtivemos a permissão para digitalizar muitos dos relatórios de tirocínio e teses apresentadas ao ISA. Foi ainda possível envolver no desenho do programa editorial dezenas de bibliotecas municipais e mais tarde, não sem dificuldade, a BPE. A inclusão dos periódicos antigos existentes na BPE teve dois propósitos: em primeiro lugar, como Utilizador / Historiador / orientador de investigação histórica e durante a minha fugaz passagem pela posição de Director da BPE tinha um bom conhecimento do estado desta documentação ( e do resto) que não deveria continuar em consulta directa por muito mais tempo; em segundo lugar, estavamos como estamos nas vésperas do centenário da 1º República. Muitos dos principais jornais regionais do periodo da 1ª República entraram no nosso programa editorial. É pena ainda não os ver disponíveis, mas também reconheço as dificuldades técnicas adicionais que a sua edição digital implica.
O desenho do projecto foi acompanhado do estudo das soluções técnicas. A incansável Ana Rita analisou a experiência da BN em matéria de documentação digital, contactamos a equipe daquela instituição, e analisámos outras soluções. O Eng josé Roza ajudou-nos nestas escolhas. Acabamos por adoptar uma solução “autómona” mas o mercado oferecia soluções mais evoluídas e interessantes. Isso notar-se-á a longo prazo. O projecto ficou montado e orçamentado. Caro, muito caro: nesta área só assim se alcançam coisas úteis e duradouras.
Candidatado o projecto ao POSI e definido já como um projecto estruturante da actividade da Fundação, passamos à fase da aquisição do equipamento e da preparação da equipe para a execução do projecto. Foi o que se fez em maio de julho de 2006. A equipe estava preparada para executar o projecto.
A partir daqui as coisas tornaram-se desinteressantes para eu prosseguir. Ficou uma excelente equipe que teve o mérito adicional de, com os recursos mobilizados, executar o projecto que hoje publicamente foi apresentado. Falto a aulas por razões excepcionais: a apresentação pública do projecto BDA que eu imaginei e desenhei como programa editorial não se me afigura com tal.
Seja como for é a estes trabalhos que ficam para o futuro – de arranques longos, de dificil operacdionalização e de uma prolongada invisibilidade – que as instituições culturais nacionais e regionais se devem dedicar. Este em concreto, é um pequeno tijolo na construção da sociedade do conhecimento. Mas é um tijolo, e por isso essencial. Resta uma boa mão cheia de projectos urgentes por começar. E, como escreveu o sevilhano,
“Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar. “
(Antonio Machado, Poesias Completas, 1973)
HAF
Um dia sempre “centrado” no seminário de HCTNeHE. A sessão de hoje foi dedicada ás formas da comparação em História. Um debate que vai continuar.
II- Programas de doutoramento
Da reunião da comissão científica do grupo de História o mais interessante foi a informação e debate sobre o programa de doutoramento interinstitucional a ser negociado com duas instituições lisboetas de escala diferente. Dois modelos se desenham: o modelo da cooperação e o modelo subordinação.
O extraordinário na discusssão é haver quem pense que um Departamento com vinte e poucos doutorados deve prescindir da possibilidade de ter um doutoramento em História como condição para participar num programa inter-institucional.
Um dos argumentos é que o Departamento consegue captar poucos doutandos. Mas o departamento poderia algum dia captar doutorados sem ter um Mestrado em História cientificamemente digno e enraizado? É é num momento em que há sinais de que é possivel recuperar a capacidade de recrutamento de 2º e 3º ciclos que nós prescindimos da possibilidade de ter um doutoramento em História ? Que neutralizamos os trajectos de académicos com trajectos e obra sólida? Isto ocorre em alguma instituição sensata? Alguma Universidade a sério poderá estar disposta a elimiar aquela possibilidade a favor de um acordo interinstitucional que apenas encaixa a agenda de um instituto de investigação de outra universidade . Claro que não. Porque é que isto acontece: falta de cultura institucional , muito cultura clientelar, muito provincianismo, e medo, muito medo de competir a sério. Tal cenário prejudica-me? Nada, absolutamente nada, mas prejudica muito outros colegas com um trajecto académico sério. É indispensável evitar este cenário e sensatamente encontrar um modelo de cooperação que não limite radicalmente os interesses estratégicos do Departamento.
II. A Biblioteca Digital do Alentejo
Assim baptizei um dos projectos que em Maio de 2005, a seu pedido, apresentei ao Presidente da Fundação Alentejo Terra Mãe, Dr. Flamínio Roza, falecido no passado mês de agosto. Constituido o Centro de Divulgação da História e da Sociedade do Alentejo (CEDISA) iniciou-se de imediato um programa de compilação e divulgação on-line de alguns textos cientificos e literários dedicados ao Alentejo. A Base Bibliográfica era também para avançar. Em estudo passou a estar uma ideia mais ambiciosa, e essencial: a criação da BDA. Superadas as dificuldades iniciais da selecção e adaptação, no início de 2006 ficou dconstituida a equipa base que eu coordenaria: a drª Ana Rita Costa (como bolseira), a Drª Maria Helena Aldinha Chaminé, como estagiária (IEFP); em Abril ou maio de 2006 passamos a contar também com o apoio do Duarte.
Entre Janeiro e Abril de 2006 ficou desenhado o programa editorial da BDA, para cuja importância foi possível desde logo atrair a atenção da Prof. Fernando Oliveira Baptista e a direcção do Instituto Superior de Agronomia e de imediato obtivemos a permissão para digitalizar muitos dos relatórios de tirocínio e teses apresentadas ao ISA. Foi ainda possível envolver no desenho do programa editorial dezenas de bibliotecas municipais e mais tarde, não sem dificuldade, a BPE. A inclusão dos periódicos antigos existentes na BPE teve dois propósitos: em primeiro lugar, como Utilizador / Historiador / orientador de investigação histórica e durante a minha fugaz passagem pela posição de Director da BPE tinha um bom conhecimento do estado desta documentação ( e do resto) que não deveria continuar em consulta directa por muito mais tempo; em segundo lugar, estavamos como estamos nas vésperas do centenário da 1º República. Muitos dos principais jornais regionais do periodo da 1ª República entraram no nosso programa editorial. É pena ainda não os ver disponíveis, mas também reconheço as dificuldades técnicas adicionais que a sua edição digital implica.
O desenho do projecto foi acompanhado do estudo das soluções técnicas. A incansável Ana Rita analisou a experiência da BN em matéria de documentação digital, contactamos a equipe daquela instituição, e analisámos outras soluções. O Eng josé Roza ajudou-nos nestas escolhas. Acabamos por adoptar uma solução “autómona” mas o mercado oferecia soluções mais evoluídas e interessantes. Isso notar-se-á a longo prazo. O projecto ficou montado e orçamentado. Caro, muito caro: nesta área só assim se alcançam coisas úteis e duradouras.
Candidatado o projecto ao POSI e definido já como um projecto estruturante da actividade da Fundação, passamos à fase da aquisição do equipamento e da preparação da equipe para a execução do projecto. Foi o que se fez em maio de julho de 2006. A equipe estava preparada para executar o projecto.
A partir daqui as coisas tornaram-se desinteressantes para eu prosseguir. Ficou uma excelente equipe que teve o mérito adicional de, com os recursos mobilizados, executar o projecto que hoje publicamente foi apresentado. Falto a aulas por razões excepcionais: a apresentação pública do projecto BDA que eu imaginei e desenhei como programa editorial não se me afigura com tal.
Seja como for é a estes trabalhos que ficam para o futuro – de arranques longos, de dificil operacdionalização e de uma prolongada invisibilidade – que as instituições culturais nacionais e regionais se devem dedicar. Este em concreto, é um pequeno tijolo na construção da sociedade do conhecimento. Mas é um tijolo, e por isso essencial. Resta uma boa mão cheia de projectos urgentes por começar. E, como escreveu o sevilhano,
“Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace camino
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar. “
(Antonio Machado, Poesias Completas, 1973)
HAF
terça-feira, dezembro 11
9902º Dia
8.00-10.00: aula de HIGSPC.
11.00-13.00: burocracia e novidades do programa de doutoramento ICS-UE-ISCTE. Agenda 2008.
14.00-20.00: preparação seminário HCTN_HE.:
22.0o- “Guerra Colonial” (RTP)
23.00-25.00: Biografia de Teixeira Gomes (Urbano Rodrigues, 1946)
HAF
11.00-13.00: burocracia e novidades do programa de doutoramento ICS-UE-ISCTE. Agenda 2008.
14.00-20.00: preparação seminário HCTN_HE.:
22.0o- “Guerra Colonial” (RTP)
23.00-25.00: Biografia de Teixeira Gomes (Urbano Rodrigues, 1946)
HAF
segunda-feira, dezembro 10
9901º Dia
I
8.00-12.00: preparação da sessão HE19-20ESE
14.00-16.00: textos de HC
16.00-17.00: Reunião corpo docente MT
17.00-20.00: sessão HE19-20ESE
II Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH/UDHR)
Ouvi uma comentadora de política internacional afirmar que hoje se comemoravam os 60 anos da adopção da Declaração Universal dos Direitos Humanos (UDHR). Errado. Na verdade comemoram-se apenas 59 anos já que a adopção da UDHR pelos paises que compunham então a Assembleia Geral ds ONU data de 10 Dezembro de 1948 (resolução 217, aprovada com a abstenção da Arábia Saudita, África do Sul e os seis paises comunistas) . Foi aprovada con la Resolución 217 Na ocasião “ all the countries in the UN, including the UK, committed themselves to promoting the human rights of everyone whoever they are, wherever they are “ (lord Lord Malloch-Brown ) . Portugal não teve essa honra.
A propósito da efeméride a Alta Comissária para os Direitos Humanos (Louise Harbour) declarou, há um ano atrás, o seguinte: "By tackling poverty as a matter of human rights obligation, the world will have a better chance of abolishing this scourge in our lifetime. Poverty eradication is an achievable goal." A pobreza foi então apresentada como o mais grave desafio actual em matéria de HU: “ Fighting Poverty: a Matter of Obligation, not Charity” . No ano que agora acaba Portugal nada progrediu, se não retrogrediu , em tal matéria.
Tem início hoje uma campanha de um ano no sentido de promover os direitos humanos. Ela concluir-se com a comemoração dos 60 anos da UDHR em 2008. Sobre o assunto escreveu há dois anos atrás o cientista político Roberto Papini (Secretário Geral do IIJM e professor da LUMSA): “¿Hasta qué punto la Declaración de 1948 constituye la visión de una determinada época histórica? A la vista del 60º aniversario de la Declaración Universal en el 2008, ¿no sería oportuno que comenzáramos a pensar hoy en un texto universal, a medida de todas las civilizaciones?” (cf. RP, La declaración universal de los derechos del hombre. Génesis, evolución y problemas actuales: 1948-2008 . Conferência II Jornadas del Instituto Argentino “Jacques Maritain”, Cordoba, Argentina, 2006)
HAF
8.00-12.00: preparação da sessão HE19-20ESE
14.00-16.00: textos de HC
16.00-17.00: Reunião corpo docente MT
17.00-20.00: sessão HE19-20ESE
II Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH/UDHR)
Ouvi uma comentadora de política internacional afirmar que hoje se comemoravam os 60 anos da adopção da Declaração Universal dos Direitos Humanos (UDHR). Errado. Na verdade comemoram-se apenas 59 anos já que a adopção da UDHR pelos paises que compunham então a Assembleia Geral ds ONU data de 10 Dezembro de 1948 (resolução 217, aprovada com a abstenção da Arábia Saudita, África do Sul e os seis paises comunistas) . Foi aprovada con la Resolución 217 Na ocasião “ all the countries in the UN, including the UK, committed themselves to promoting the human rights of everyone whoever they are, wherever they are “ (lord Lord Malloch-Brown ) . Portugal não teve essa honra.
A propósito da efeméride a Alta Comissária para os Direitos Humanos (Louise Harbour) declarou, há um ano atrás, o seguinte: "By tackling poverty as a matter of human rights obligation, the world will have a better chance of abolishing this scourge in our lifetime. Poverty eradication is an achievable goal." A pobreza foi então apresentada como o mais grave desafio actual em matéria de HU: “ Fighting Poverty: a Matter of Obligation, not Charity” . No ano que agora acaba Portugal nada progrediu, se não retrogrediu , em tal matéria.
Tem início hoje uma campanha de um ano no sentido de promover os direitos humanos. Ela concluir-se com a comemoração dos 60 anos da UDHR em 2008. Sobre o assunto escreveu há dois anos atrás o cientista político Roberto Papini (Secretário Geral do IIJM e professor da LUMSA): “¿Hasta qué punto la Declaración de 1948 constituye la visión de una determinada época histórica? A la vista del 60º aniversario de la Declaración Universal en el 2008, ¿no sería oportuno que comenzáramos a pensar hoy en un texto universal, a medida de todas las civilizaciones?” (cf. RP, La declaración universal de los derechos del hombre. Génesis, evolución y problemas actuales: 1948-2008 . Conferência II Jornadas del Instituto Argentino “Jacques Maritain”, Cordoba, Argentina, 2006)
HAF
domingo, dezembro 9
9900º Dia
8.00-12.00: preparação de aulas, sessões de seminário e leitura de relatórios.
12.00…...... Uma tarde (quase) branca…
HAF
12.00…...... Uma tarde (quase) branca…
HAF
sábado, dezembro 8
9899º Dia
I
Gary Cross: Time and Money. The making of Consumer Culture, NY 1993; “Consumerism”,EESH, 2001.
II.
Chegou o nº 23 da Revue Éuropéenne d´Histoire Sociale.
“Plus d´un siècle après le vote des grandes lois fondatrices de la protection des travailleurs, prés de 30% des salaries européens estiment que leur senté est en danger. Selon des résultats de la derniére enquête sur les conditions de travail menée par la Fondation de Dublin, les contraintes de pénibilité physique, les nuisances ou les risques toxiques dans le travail n`ont pas disparu.(…) Et la dégradation de la santé et de la sécurité au travail s`accompagne d`une aggravation des inégalités sociales et sexuelles et de disparités nationales fortes. Ainsi la santé au gtravail este devenue une question centrale dans nos societés contemporaines.“ É á historia comparada da saúde no trabalho na Europa que a REHS 23 dedica um dosssier (La “longue marche” pour la santé au travail), uma agenda que interessa muito pouco aos historiadores portugueses
Se tem alguma curiosidade pela legislação portuguesa dos últimos dois séculos dedicada a este assunto pode começar por Graça, Luís (1999) - Evolução Histórica da Legislação Portuguesa sobre a Saúde e o Trabalho, no Contexto do Processo de Modernização do País: Sinopse (1801-2000) [doc on-line: http://www.ensp.unl.pt/lgraca/historia1_legis_laws.html]
II. O Poder canalha e a batota: O Ministério da Educação (ME) e o concurso dos Titulares (2007)
Há quatro meses atrás fechou o período de reclamação individual de classificação por parte dos candidatos ao concurso de acesso à categoria de professores titulares do Ministério da Educação. Um concurso todo ele marcado por irregularidades consecutivas que arrazam qualquer manual básico de boas práticas, como o Provedor de Justiça em tempo teve oportunidade para acentuar.
Segundo o regulamento, alguêm (uma equipe inacessível?será mesmo?) nomeado pelo Ministério para coordenar o concurso deveria ter respondido individualmente no prazo de 90 dias às reclamações apresentadas. Não faço a menor ideia de quantas foram as reclamações mas isso não tem a menor relevância. Com as irregularidades cometidas, com a completa anarquia na operacionalização dos critérios de classificação, com as enormes arbitrariedades cometidas no âmbito das comissões de certificação (a história absolutamente miserável de uma comissão que podia ser composta por individuos directamente interessados no concurso como candidatos) , foram seguramente muitas as reclamações. Tudo somado, foi mais um momento de batota, no País da Batota.
Dizia há dias o ex-presidente da RTP que no país a meritocracia não existe. O Estado tornou-se um exemplo “canalha” daquela ausência e os seus “dirigentes”, eticamente desprovidos das boas regras e muitos dados ao obreirismo ( o termo português do reformismo…) , fomentam entre os seus servidores menos escrupulosos o mesmo padrão de conduta. Acontece que isto não tem que ser assim. Não vejo razão para cultivar sentimentos de desânimo , medo e/ou impotência face à “canalhada” do poder. Ela manifesta-se e recria-se em todo o lado porque num país com um baixo património em valores éticos firmes ela tem uma grande capacidade de reprodução. É preciso dar guerra a esta gente que manda e age “pequeno”. Ela não existe só no ME, claro que não.
HAF
Gary Cross: Time and Money. The making of Consumer Culture, NY 1993; “Consumerism”,EESH, 2001.
II.
Chegou o nº 23 da Revue Éuropéenne d´Histoire Sociale.
“Plus d´un siècle après le vote des grandes lois fondatrices de la protection des travailleurs, prés de 30% des salaries européens estiment que leur senté est en danger. Selon des résultats de la derniére enquête sur les conditions de travail menée par la Fondation de Dublin, les contraintes de pénibilité physique, les nuisances ou les risques toxiques dans le travail n`ont pas disparu.(…) Et la dégradation de la santé et de la sécurité au travail s`accompagne d`une aggravation des inégalités sociales et sexuelles et de disparités nationales fortes. Ainsi la santé au gtravail este devenue une question centrale dans nos societés contemporaines.“ É á historia comparada da saúde no trabalho na Europa que a REHS 23 dedica um dosssier (La “longue marche” pour la santé au travail), uma agenda que interessa muito pouco aos historiadores portugueses
Se tem alguma curiosidade pela legislação portuguesa dos últimos dois séculos dedicada a este assunto pode começar por Graça, Luís (1999) - Evolução Histórica da Legislação Portuguesa sobre a Saúde e o Trabalho, no Contexto do Processo de Modernização do País: Sinopse (1801-2000) [doc on-line: http://www.ensp.unl.pt/lgraca/historia1_legis_laws.html]
II. O Poder canalha e a batota: O Ministério da Educação (ME) e o concurso dos Titulares (2007)
Há quatro meses atrás fechou o período de reclamação individual de classificação por parte dos candidatos ao concurso de acesso à categoria de professores titulares do Ministério da Educação. Um concurso todo ele marcado por irregularidades consecutivas que arrazam qualquer manual básico de boas práticas, como o Provedor de Justiça em tempo teve oportunidade para acentuar.
Segundo o regulamento, alguêm (uma equipe inacessível?será mesmo?) nomeado pelo Ministério para coordenar o concurso deveria ter respondido individualmente no prazo de 90 dias às reclamações apresentadas. Não faço a menor ideia de quantas foram as reclamações mas isso não tem a menor relevância. Com as irregularidades cometidas, com a completa anarquia na operacionalização dos critérios de classificação, com as enormes arbitrariedades cometidas no âmbito das comissões de certificação (a história absolutamente miserável de uma comissão que podia ser composta por individuos directamente interessados no concurso como candidatos) , foram seguramente muitas as reclamações. Tudo somado, foi mais um momento de batota, no País da Batota.
Dizia há dias o ex-presidente da RTP que no país a meritocracia não existe. O Estado tornou-se um exemplo “canalha” daquela ausência e os seus “dirigentes”, eticamente desprovidos das boas regras e muitos dados ao obreirismo ( o termo português do reformismo…) , fomentam entre os seus servidores menos escrupulosos o mesmo padrão de conduta. Acontece que isto não tem que ser assim. Não vejo razão para cultivar sentimentos de desânimo , medo e/ou impotência face à “canalhada” do poder. Ela manifesta-se e recria-se em todo o lado porque num país com um baixo património em valores éticos firmes ela tem uma grande capacidade de reprodução. É preciso dar guerra a esta gente que manda e age “pequeno”. Ela não existe só no ME, claro que não.
HAF
sexta-feira, dezembro 7
9898º Dia
I
09.00--13.00.Relatórios de equivalência nos EHE. Programas de doutoramento. ideias “centralistas” e outros cenários
II
Um telefonema antecipou a visita a um mecânico do corpo facto que mudou o rumo do dia e, entre outras coisas, proporcionou um encontro com uma grande amiga de outro continente, colega de ofício. Ganhei a tarde.
Começo de novo a tomar o pulso, mais ao país do que à minha instituição, onde de relevante “no pasa nada”. Quanto ao país parece que perdi apenas a polémica do historiador/colunista/crítico literário e o jornalista/romancista. Bom…. A verdade é que , de útil, terei perdido a minha amiga Cristina Araújo a dissertar sobre as invasões francesas e os afrancesados num programa que a RTP terá dedicado ao tema: se bem a conheço fez um trabalho de historiador, sem contrabando.
HAF
09.00--13.00.Relatórios de equivalência nos EHE. Programas de doutoramento. ideias “centralistas” e outros cenários
II
Um telefonema antecipou a visita a um mecânico do corpo facto que mudou o rumo do dia e, entre outras coisas, proporcionou um encontro com uma grande amiga de outro continente, colega de ofício. Ganhei a tarde.
Começo de novo a tomar o pulso, mais ao país do que à minha instituição, onde de relevante “no pasa nada”. Quanto ao país parece que perdi apenas a polémica do historiador/colunista/crítico literário e o jornalista/romancista. Bom…. A verdade é que , de útil, terei perdido a minha amiga Cristina Araújo a dissertar sobre as invasões francesas e os afrancesados num programa que a RTP terá dedicado ao tema: se bem a conheço fez um trabalho de historiador, sem contrabando.
HAF
quinta-feira, dezembro 6
9897º Dia
I
09.00--13.00 : parecer no âmbito de um processo de candidatura Pós-Doc (FCT). Processos sempre complexos que devem ser visto com grande pormenor. Ficaram ainda detalhes pendentes para a tarde.
14.30-17.00 : constituição de júris e relatórios de equivalência nos EHE
18:00-20.00: Pesquisa Bibliográfica (Questia) e “english training” (Teresa)
20.30-.. Jantar do Curso de História. Já não tem o mesmo “encanto” de antigamente mas não gosto de faltar a estas coisas. Amanhã devem restabelecer-se algumas rotinas.
II
"Ditosa" escola que parece incutir nos alunos o nosso tradicional espírito de "desistir". E o mundo avança.
HAF
09.00--13.00 : parecer no âmbito de um processo de candidatura Pós-Doc (FCT). Processos sempre complexos que devem ser visto com grande pormenor. Ficaram ainda detalhes pendentes para a tarde.
14.30-17.00 : constituição de júris e relatórios de equivalência nos EHE
18:00-20.00: Pesquisa Bibliográfica (Questia) e “english training” (Teresa)
20.30-.. Jantar do Curso de História. Já não tem o mesmo “encanto” de antigamente mas não gosto de faltar a estas coisas. Amanhã devem restabelecer-se algumas rotinas.
II
"Ditosa" escola que parece incutir nos alunos o nosso tradicional espírito de "desistir". E o mundo avança.
HAF
quarta-feira, dezembro 5
9896º Dia
07.00--13.00 “The Social Mobilty in Portugal (1860-1960): Operative Issues and Trends” [ for C&C, CUP, finished]
17.00-20.00- Sessão HCTN_HE (sobre as formas de escrita da História da Europa)
22.00-25.00- deixo lidas algumas coisas pendentes sobre a História Social da Europa como História do Controle Social (loucos, asilos, psiquiatria, etc, etc…)
HAF
17.00-20.00- Sessão HCTN_HE (sobre as formas de escrita da História da Europa)
22.00-25.00- deixo lidas algumas coisas pendentes sobre a História Social da Europa como História do Controle Social (loucos, asilos, psiquiatria, etc, etc…)
HAF
terça-feira, dezembro 4
9895º Dia
08.00-10.00- Aula de HIGSPC
11.00--22.00 “The Social Mobilty in Portugal (1860-1960): Operative Issues and Trends” [ for C&C, CUP, finishing] ( e a virose em regressão)
HAF
11.00--22.00 “The Social Mobilty in Portugal (1860-1960): Operative Issues and Trends” [ for C&C, CUP, finishing] ( e a virose em regressão)
HAF
9895º Dia
08.00-10.00- Aula de HIGSPC
11.00--22.00 “The Social Mobilty in Portugal (1860-1960): Operative Issues and Trends” [ for C&C, CUP, finishing] ( e a virose em regressão)
HAF
11.00--22.00 “The Social Mobilty in Portugal (1860-1960): Operative Issues and Trends” [ for C&C, CUP, finishing] ( e a virose em regressão)
HAF
segunda-feira, dezembro 3
domingo, dezembro 2
9893º Dia
07.30-21.00
“Social Mobility, Operative Issues and Trends: the Portuguese Experience (1870-1970)” [ for C&C, CUP, in progress] ( e uma virose a crescer…)
“Social Mobility, Operative Issues and Trends: the Portuguese Experience (1870-1970)” [ for C&C, CUP, in progress] ( e uma virose a crescer…)
sábado, dezembro 1
9892º Dia
07.30-23.00
“Social Mobility, Operative Issues and Trends: the Portuguese Experience (1870-1970)” [ for C&C, CUP, in progress]
“Social Mobility, Operative Issues and Trends: the Portuguese Experience (1870-1970)” [ for C&C, CUP, in progress]
Subscrever:
Mensagens (Atom)